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O Papel Do Sujeito Humano Na Dinâmica Social'

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Por:   •  23/10/2013  •  619 Palavras (3 Páginas)  •  2.787 Visualizações

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Resenha ‘O Papel do Sujeito humano na Dinâmica Social’

Eugène Enriquez

Eugène Enriquez (30/07/1931 )é sociólogo, professor emérito da Universidade Paris VII, pioneiro e um dos expoentes da psicossociologia e da sociologia clínica – disciplinas que estabeleceram pontes teóricas entre a sociologia e a psicanálise. Co-redator/editor da revista Nouvelle Revue de Psychosociologie, escreveu os livros "Da Horda ao Estado", "A organização em análise", dentre muitos outros, em co-autoria com psicossociólogos.

No texto o autor aborda o assunto de como as teses sobre a morte do sujeito e a história sem sujeito tem tido sucesso e contrapõe dizendo que o individuo tem papel importante na transformação da sociedade. O autor completa ainda dizendo que o fato de fazer desaparecer o sujeito, mesmo sem dizer, acaba sendo um determinismo absoluto dos processos sociais, fazendo com que o sujeito se torne um ser coagido, um ser falado e nunca um ser falante e nem um autor de seus atos. Um dos trechos bem interessante do texto e uma parte no qual o autor diz que todo individuo nasce em uma sociedade que já têm estabelecidas a sua cultura e que é impossível analisar um individuo sem antes analisar á conduta dos outros para com ele, a conduta social e cultural. Ou seja, o autor fala de como e impossível conhecer determinado individuo sem antes conhecer a sociedade em que este individuo esta inserido, suas relações culturais e sociais, e etc.

Enriquez ainda cita uma sociedade heterônoma, que só existe e só funciona no interior de um social dado, de uma cultural particular que lhe dita, em parte, sua conduta. Com indivíduos conformados a seus votos e seus ideais. Mas acrescenta que o individuo humano só é parcialmente heterônomo, que eles têm se tornando cada vez mais fundadores de si meso deixando de lado esse heterônimo quase fanático.

Outro trecho interessante é onde o autor fala que a individualização que tem sido objeto de tantas preocupações nos dias atuais se da porque o individuo deseja manifestar a sua singularidade em relação aos outros que estão submetidos as mesmas regras e costumes. Ou seja, o individualismo nasce de um desejo de sair um pouco da tradição, dos costumes, das regras.

O autor ainda fala sobre indivíduos conformados, os designados ‘zé-ninguém’ que funcionam segundo o comportamento que agradam à sociedade. Que se desfaz de sua liberdade de produção de ideias depositando seu destinos nas mãos de outros, que consideram grandes e melhores que si próprio. Do individuo que tem ‘aderido’ a idealização em troca de sua liberdade, pela segurança de manter seu narcisismo individual. Ou seja, o individuo acaba renunciando o seu próprio eu.

O autor descreve ainda o sujeito com um ser criativo. Um homem de sabedoria e loucura. Homem apto a recolocar em jogo sua vida e a correr riscos.

O autor conclui dizendo que da mesma forma que o individuo totalmente heterônomo não existe, o ser totalmente autônomo também não existe, simplesmente pelo fato de que o homem é um ser contraditório e de uma mistura inexplicável.

O autor foi bem feliz neste texto, pois abordar o assunto em uma perspectiva que nos faz refletir sobre o papel do individuo

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