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O Relatorio Psicológicos

Por:   •  5/5/2023  •  Relatório de pesquisa  •  1.082 Palavras (5 Páginas)  •  100 Visualizações

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RELATÓRIO PSICOLÓGICO[pic 1]

São Paulo, 28 de Abril de 2023.

I) IDENTIFICAÇÃO:

Nome: Enzo Bezerra Claudino da Silva, 9 anos (idade)

Nasc. 09/05/2013

Examinadora: Psicóloga Vanessa Cristina de Souza - CRP 06/67790

Interessado: Gastropediatra Dra. Mariana Deboni

Assunto: Acompanhamento Psicológico

II) DESCRIÇÃO DA DEMANDA:

No dia 05 de Agosto de 2021, Cibele e Julio (pais biológico) buscou espontaneamente atendimento psicológico para a criança, após sugestão do colégio e também pelas suas percepções, devido a mudança de comportamento observada e conflitos familiares relatados. Dentre as queixas principais, os pais afirmavam que a filho tem baixa socialização na escola, muito choro, tristeza, ciúmes, medos e episódios de agressividade no ambiente familiar.  A mãe acreditava que os episódios de tristeza e angústia do filho se intensificaram no período pandêmico.

A criança vem apresentando sintomas há mais ou menos 1 ano. É importância ressaltar que Enzo tem um quadro de saúde física bem delicado desde o nascimento, passando por diversas hospitalizações devido a problemas respiratórios. Porém, o principal motivo da busca por atendimento psicológico foi a suspeita de alguns especialistas do Transtorno de Encoprese, o qual vem sendo investigado desde de 2018 por diversos especialistas. Devido as mudanças recorrentes de plano de saúde e dificuldades de agendamento de consultas e exames, os pais relataram dificuldades na continuidade do tratamento.

Atualmente os pais, estão empenhados no tratamento e a criança está em acompanhamento contínuo com a equipe multidisciplinar (gastropediatra, nutricionista e psicólogo comportamental). Um outro fator importante, foi a constatação a doença Megacólon (caracterizado pela dilatação e alongamento do instestino grosso) após a realização do exame de Colonoscopia. Anteriormente, a este diagnóstico a criança foi submetida a vários procedimentos invasivos, os quais gerou sofrimento provenientes de traumas.

 

III) PROCEDIMENTOS:

Enzo foi submetido a avaliação psicológica sob meus cuidados, e foram realizadas diversas sessões, com frequência semanal, utilizando as seguintes fontes de dados: entrevista semi dirigida com os pais, com a criança, observação do comportamento, anamnese elaborada pela própria terapeuta, além de instrumentos complementares como: Escala Baptista de Depressão Infantil, Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes (CBCL), e Escala de Transtornos Relacionados à Ansiedade Infantil (SCARED), com a finalidade de avaliar sintomas de depressão e ansiedade.

IV) ANÁLISE:

A partir da coleta e análise dos dados, constatou-se que Enzo apresenta sintomas importantes relacionados a traumas e sintomas de Transtorno de Ansiedade social e conduta. Esses sintomas comprometem significativamente a qualidade de vida da criança e seu desempenho social. Nas entrevistas iniciais, Enzo se mostrou introspectivo, retraído e com dificuldades de expressar seus reais sentimentos, também foi observado medo de falhar, dificuldades de lidar com a frustração, desânimo e sem interesses no espaço lúdico.

No decorrer dos atendimentos, Enzo foi demostrando seus medos, e dificuldades de interação social, sempre atrelando a sua dificuldade com a Encoprese. Relata vergonha dos amigos em saber da sua condição e episódios de raiva contra a irmã mais velha, a qual fica o atormento com xingamentos maldosos devido ao seu mau cheiro em situações de escape de fecal. Relatou angústia e ansiedade em relação ao seu futuro. Manifestou vontade de ficar em casa com a mãe ao invés de ir para escola pois teme que algo de ruim aconteça.

Enzo apresenta pensamentos disfuncionais em relação a ele mesmo e aos outros e ao seu futuro, sendo estes, foco principal do tratamento atualmente. Crianças deprimidas apresentam anedonia, representada pelo interesse e/ou prazer diminuídos com relação a atividades anteriormente realizadas, além de apatia e desinteresse em passar algum tempo com os amigos. Com seu contato social reduzido, passam a experimentar sentimentos de solidão, isolamento e depressão, bem como a ser rejeitadas por seus pares. Tornam-se socialmente retraídas e inábeis frente a esses estressores interpessoais (Friedberg & McClure, 2004). Além disso, a baixa autoestima, os pensamentos relacionados à incapacidade de ajustar-se e as crenças sobre inadequação estão, muitas vezes, presentes nesses casos. Desta forma, caracteriza-se a importância da continuidade do tratamento. Os aspectos positivos observados, apontam para um bom vínculo terapêutico, engajamento nas atividades propostas, vontade de melhorar, e relatado prazer em ir para as sessões de psicoterapia.

No atual momento, Enzo já apresenta sinais motivacionais para frequentar a escola e melhoria nas suas interações sociais, principalmente com amigos no condomínio onde mora. Demonstra interesse em participar de atividades física, principalmente futebol.

V) CONCLUSÃO:

Com base nos sintomas apresentados e no prejuízo para criança, considera-se a importância da continuação do processo psicoterapêutico e do apoio escolar. Faz-se necessário incluí-lo nos grupos sociais, observando seu comportamento, realizar acolhimento, e estimular sua participação nas tarefas escolares e com o grupo.  

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