O Surgimento da Psicanálise: O final do século XIX

PSICANÁLISE:

O surgimento da psicanálise:

O final do século XIX é marcado por uma série de acontecimentos históricos significativos: Reflexos das transformações econômicos (Revolução Industrial); transformações políticas e sociais (Revolução Francesa).

-Na Alemanha, o efeitos dessas transformações são sentidas tardiamente, pois sua unificação ocorre tardiamente, com isso, há o investimento na produção de conhecimento cientifico especializado.

-A cidade de Viena, considerado o centro do império austro-húngaro, era um modelo que ditava formas de comportamento e modelos de conduta para toda população alemã. Foi nesse período que viveu Sigmund Freud.

A epistemologia:

A psicanálise vai se configurar como uma ruptura em relação ao positivismo e a Psicologia de Wundt.

-No entanto, por seu modelo de explicação causal e mecanicista (Complexo de Édipo), há influencia do positivismo em sua produção.

- FRANZ BRENTANO: Introduziu a discussão que a psicologia deveria lançar mão da observação e não da experimentação.

- No caso de seu objeto: O INCONSCIENTE o que se observa eram suas manifestações.

Um passeio pela teoria Psicanalítica:

-Sintomas não obedeciam as leis de funcionamento do corpo – tornava as pessoas “aberrações” Ex: histeria nervosa.

- Ao estudar os sintomas e atribuir-lhes um sentido, Freud propôs a existência de uma lógica psíquica.

- Desvendar o funcionamento psíquico, entender seus sentidos, suas leis e, assim, intervir sobre ele.

- Por meio de estudos da patologia (sintomas).

-Por meio dos estudos dos sonhos.

- No caso dos sintomas quando o paciente recordava do fato que provocou juntamente com o afeto que acompanhava o sintoma, ele desaparecia.

-Fatos, representações, ideias – ligados ao afeto.

- Afetos tem a capacidade de “desvincular” de sua origem e investir em outro conteúdo psíquico.

“HÁ UMA FORÇA, DENOMINADA AFETOM QUE SE MOVIMENTA PELAS REPRESENTAÇÕES, FATOS, COISAS, NOMES E CORPO.”

-Quando próxima da lembrança, aparecia uma força (resistência) que impedia, como se não quisesse lembrar, a recordação que gerou o sintoma.

-O psiquismo não quer sofrer. Faz tudo para evitar o sofrimento – funciona pelo principio do prazer. Tudo que vai contra este principio é esquecido.

-Freud propõe, então, lugares para os conteúdos psíquicos (consciente pré-consciente e inconsciente).

-As representações podem ser lembradas ou não, conforme o que gera para o sujeito: prazer/desprazer. No psiquismo nada se perde (nem energia/nem representações).

-Em relação ao sonhos, são parecidos com os sintomas, ambos não parecem fazer sentido algum. Compreender os sonhos pois todos sonham, faria com que houvessem a compreensão do funcionamento psíquico de uma maneira mais abrangente. O sonho apresenta dois tipos de conteúdo:

1- Manifesto: aquilo que é lembrado

2- Latente: aparece quando deixamos a mente vagar.

-Tanto no sonho quanto no sintoma, nenhuma imagem formada se liga a uma única representação: há uma rede de representações.

-Para Freud o sonho é a realização de um desejo.

-O bebe alucina uma situação que foi prazerosa tenta realizar esse desejo e não consegue.

-A falta/ausência faz com que o desejo exista.

-O incomodo só será eliminado pela satisfação externa (amamentação).

-A realização do desejo (satisfação imediata) não ocorre, então há de se considerar o principio da realidade.

“PARA OBTER ALGUMA SATISFAÇÃO [...], HÁ NECESSIDADE DE ADIAR, DE PERCORRER UM CAMINHO MAIS TORTUOSO”. FAZEM-SE NECESSÁRIAS INTERMEDIAÇÕES, NEGOCIAÇÕES, INTERVENCÇÕES NA REALIDADE. “FREUD.”

-Um adiantamento de um prazer imediato em troca de prazer possível é a proposta do principio da realidade.

-O sonho é a realização de desejo. O desejo se sacia de uma forma alucinada.

-O sonho também é um guardião do sono.

-O desejo que aparece realizado é um desejo inconsciente. Há algo que se opõe a ele. Mas porque se o psiquismo funciona pelo principio de prazer?

-Freud vai dizer que o que causa prazer para uma instância pode não causar para outra.

-Há uma força que mantém certos conteúdos recalcados.

-Sonhos e sintomas escondem alguma coisa, ao mesmo tempo anunciam algo que está por trás.

PRIMEIRA TÓPICA:

-Freud propõe que o aparelho psíquico funcione com o menor nível de energia possível. Quanto maior a excitação maior o desprazer.

-O recalque serve para expulsar/manter certos conteúdos que causariam desprazer afastados da consciência.

-Ele não garante, no entanto, que o representante pulsional deixe de existir e que crie “artimanhas” para conseguir satisfação.

-A representação/ideia pode ser recalcada, mas a energia ligada a ela não, e pode associar-se livremente.

-Catexia – investimento de energia.

- O sistema inconsciente: Consiste em representantes pulsionais (pulsão de vida e pulsão de morte) que procurar descarregar sua catexia (no inconsciente só existem conteúdos catexizados – investidos de energia). PROCESSO PRIMÁRIO – princípio de prazer – satisfação imediata.

- PROCESSO SECUNDÁRIO: (pré-consciente – principio da realidade) adia satisfação.

- Sistema pré-consciente/consciente: efetua censura, ligação com a realidade.

SEGUNDA TÓPICA:

-EGO: supervisiona todos os seus processos constituintes, entra em repouso na hora do sono, mas não deixa de agir. (Administra o desejo do id).

-É uma parte do ID que foi modificada pela influencia do mundo externo (parte do ego é inconsciente).

-Autocrítica e consciência moral são inconscientes.

-Resistência é inconsciente.

-Se constitui por identificações (modelos).

SUPEREGO: se constitui pela passagem pelo ÉDIPO. O superego é o herdeiro do complexo de Édipo e representa a normatividade social internalizada.

ID: Instância com forte energia pulsional. Fonte de energia psíquica e o aspecto da personalidade relacionada aos instintos.

GLOSSÁRIO PSICANALÍTICO: