O Treinamento Cerebral E Arthur Zanetti
Artigo: O Treinamento Cerebral E Arthur Zanetti. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: drizen • 4/12/2014 • 1.926 Palavras (8 Páginas) • 640 Visualizações
Introdução
Campeão mundial e medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres em 2012 nas argolas, o ginasta Arthur Zanetti diz que recebe auxílio da psicologia para conseguir tranquilidade numa competição. Afirma que: "_É de grande importância ter uma psicóloga, porque, como você já treinou o ano todo, o corpo e o físico estão preparados. Na hora, é o psicológico que pega. Algumas vezes, quem tem o lado psicológico fraco acaba errando e a gente trabalha isso de forma intensiva."
É sobre esse trabalho psicológico citado pelo Arthur Zanetti que a presente pesquisa busca simplificadamente decorrer.
Quem é Arthur Zanetti.
Arthur Zanetti nasceu em 1990, é um ginasta brasileiro da ginástica artística, o único a conquistar uma medalha de ouro num esporte onde a tradição de conquistas pertence a países como a Rússia e EUA e China. Juntamente com o também brasileiro Sergio Sasaki, chegou ao patamar de um dos melhores do mundo na ginástica.
Arthur Nabarrete Zanetti nasceu em São Caetano do Sul. O ginasta já tinha participado de uma competição Universitária de 2011, na China, na qual ganhou a medalha de ouro nas argolas. No mesmo ano, participou do mundial, sendo vice-campeão. Na ocasião, o chinês Chen Yibing foi campeão.
Arthur Zanetti foi vice-campeão novamente participando dos Jogos Pan-americanos de Guadalajara. A medalha de ouro nas olimpíadas de Londres, em 2012, foi sua maior conquista. Foi o primeiro ginasta a ganhar na ginástica artística na modalidade argolas.
Em 2016, Zanetti é a grande esperança do Brasil nas argolas e devido aos últimos resultados, o menino de ouro sabe que a pressão vai aumentar, mas o trabalho de psicologia que recebe faz com que ele lide com tranquilidade. "_Essa pressão vai existir e cada ano que passar a pressão vai aumentar. Temos um trabalho de psicologia para conseguir isolar o pensamento no momento da competição." Declara Zenetti
Preparo mental e partes do cérebro bem desenvolvidas também formam vencedor
Para chegar ao único ouro brasileiro na ginástica artística, nas Olimpíadas de Londres, em 2012, Arthur Zanetti passou por uma preparação além dos esforços físicos e técnicos. A psicóloga Maria Cristina Nunes Miguel se orgulha de fazer parte da conquista, já que trabalhou oito anos preparando o atleta. “Um campeão tem de se manter sempre em total disciplina e, na ginástica, ele deve aprender a lidar com medo, risco, atenção e concentração, define.
O trabalho mental nas atividades de alto rendimento pode ser a diferença entre quem chega ao topo de um pódio e quem “amarela” diante de uma decisão. “O Arthur tinha um comportamento quando começamos a trabalhar e agora tem outro. Passou a ter disciplina, seguiu as orientações de todos que o acompanham, tem foco e, unindo todos os fatores, chegou aonde está”, define a psicóloga. .
A diferença entre Zanetti e um atleta comum, porém, ultrapassa os exercícios aplicados pela equipe técnica. De acordo com Carlos Bernardo Tauil, mestre em neurologia pela Universidade Católica de Brasília, o cérebro responde a estímulos externos e acaba desenvolvendo áreas específicas. .
O planejamento dos movimentos para quem apenas faz uma caminhada, por exemplo, é involuntário, e a parte do cérebro responsável por isso, o cerebelo, trabalha sozinho, estabelecendo o movimento e a pressão da pisada. “O atleta que treina a concentração conseguirá medir melhor o movimento e, assim, tem a área mais desenvolvida”, explica Tauil. A região é a mesma responsável por manter o equilíbrio, fundamental em ginastas. .
A ideia de um “treinamento cerebral”, para desenvolver qualidades de atletas, ainda é recente e pouco explorada. Um estudo conduzido pela Universidade de Harvard levou à criação do livro The Winner’s Brain (O cérebro do campeão), dos neurocientistas Jeffrey Brown e Mark J. Fenske. Na pesquisa, os autores mostram oito passos para ser um campeão em qualquer área, inclusive no trabalho. Isso envolve conceitos muito explorados pelos psicólogos do esporte: concentração, autoconhecimento, foco, controle de emoções e memória são alguns deles. .
A ideia é explorada pelo psicólogo esportivo Maurício Marques. “A principal diferença dos vencedores é que eles conseguem manter o foco principalmente no treino, já que a competição é apenas um pedaço da rotina”, analisa. Para tornar os pacientes campeões, Marques usa técnicas psicológicas para trabalhar a concentração, controlar ansiedade e deixar os atletas motivados. .
O segredo dos campeões
Os estudos mais avançados da neurociência demonstram que o caminho para a vitória está na cabeça. Saiba como os esportistas estão condicionando o cérebro para melhorar o desempenho.
Concentração é uma forma de endurecer uma equipe, tornando-a mais resistente e, portanto, mais difícil de ser derrotada. Gritos e aplausos podem aumentar a motivação. Definir metas pode reduzir a ansiedade e estabelecer as bases para alcançar o sucesso. Mas construir o tipo de poder cerebral que influencia o desempenho atlético vai muito além das táticas psicológicas, que só arranham a superfície da verdadeira capacidade mental.
Há uma relação complexa entre pensamento e ação. Um exemplo: quando LeBron James, astro do Miami Heat, time de basquete da NBA, toma um toco (movimento em que o jogador abafa o adversário e dá um tapa na bola, geralmente impedindo sua progressão para a cesta) e, mesmo assim, consegue recuperar a bola para fazer um passe, sua mente e seu corpo trabalham em sinergia completa. Em uma fração de segundo ele é capaz de examinar a quadra e entregar um passe perfeito, ao mesmo tempo em que ilude os defensores. Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Harvard, que levou à criação do livro The winner’s brain (O cérebro do campeão), dos neurocientistas Jeffrey Brown e Mark J. Fenske, mostrou que a execução de cada movimento começa quando o cérebro estabelece uma meta: pegar a bola ou fazer o passe. Diferentes segmentos da mente entram em ação para ativar esse comando. Se há um problema ao longo
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