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O alienista - resumo

Por:   •  17/11/2016  •  Resenha  •  662 Palavras (3 Páginas)  •  498 Visualizações

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Faculdade Anísio Teixeira

Discente: Ana Karoline Santana de Oliveira        5° semestre/ Matutino

Docente: Juliana Santos        

                                         

                                                        O Alienista

Em “O alienista”, a loucura é apresentada como  uma  patologia mental, muito  embora os  processos, que  a  identificam  dessa maneira,  sejam   sociais, isto   é,   os   indivíduos   que   destoam  de   um   comportamento,  socialmente instituído, são considerados loucos. A  loucura era percebida como  algo inseparável da imaginação e do sonho,  estando associada a  uma  maneira única de  perceber e  viver no o mundo. Na literatura o tema  da  loucura surge  como  revelação das  fraquezas e ilusões humanas. No conto o Alienista ,  também é feita essa  associação: a loucura humana  está   relacionada  a  faltas  morais,  a  transgressões  de   caráter,  sob formas  diferentes.

O sábio homem das ciências, Doutor Simão Bacamarte, do livro “O Alienista”, se dedicou ao estudo da loucura e da sanidade que ao final se descobriu o melhor indivíduo a ser estudado. Talvez se pudesse pensar que a necessidade que temos de traçar uma linha bem visível entre os “sãos” e os “loucos”, parte justamente da percepção inconsciente de que nós e eles não somos tão diferentes assim. Os tidos como loucos, são como um espelho que reflete tudo aquilo que nos assusta, e nos assusta justamente por que lá no fundo, descobrimos ser muito parecidos. Daí a necessidade de nos afirmarmos e reafirmarmos como possuidores de plenas capacidades mentais e, portanto, “muito” diferentes dos “insanos”. E assim, por muito tempo construímos grandes edifícios, com altos muros e poucas janelas, para manter os “loucos” bem distantes da nossa vista. Tais locais, sempre afastados das cidades, eram tidos como depósitos, onde as famílias e a sociedade jogavam todos aqueles que manchavam a fachada que a tanto custo se tentava manter.

É claro que a Casa Verde da história não se prestava a esse fim, ao contrário, o famoso médico realmente parecia ter intenções puramente científicas e mesmo nobres, uma vez que todos os seus atos justificavam-se (em suas palavras) pela vontade de “estudar profundamente a loucura, os seus diversos graus, classificar-lhe os casos, descobrir enfim a causa do fenômeno e o remédio universal”. Dr. Bacamarte percebe que a população de seu hospício está demasiado grande para que sua proposição acerca da loucura seja verdade. Ele resolve, então, dar alta a todos os seus pacientes e internar todos aqueles que inicialmente havia categorizado como sãos, ou seja, “se devia admitir como normal e exemplar o desequilíbrio das faculdades”. O tratamento dado pelo médico passa então a ser a tentativa de corromper todas as qualidades daqueles que não têm defeitos.

O Alienista cumpre um papel muito importante de questionar os conceitos de normalidade e loucura, e fala muito bem a respeito da necessidade de se questionar sempre a autoridade científica e como ela se relaciona com a sociedade em si. Uma caracterização adequada dos conceitos que o conto aborda é importante para o bem-estar de pessoas que realmente necessitam de tratamentos médicos, tirando o estigma de doenças mentais e de modo geral facilitando o acesso à saúde para todos.

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