O cisne negro
Por: 080166 • 13/7/2017 • Resenha • 730 Palavras (3 Páginas) • 392 Visualizações
PROFESSORA: Anne Emanuelle Cipriano
DATA: 11.03.2017
Rute Ferreira da Silva
RESENHA DO FILME: CISNE NEGRO
Cisne Negro (título no Brasil e em Portugal; no original em inglês Black Swan) é um filme de suspense e drama psicológico estadunidense dirigido por Darren Aronofsky e estrelado por Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassel, Barbara Hershey e Winona Ryder. Estreia: 04/02/2011 Duração: 107 min. Origem: Estados Unidos Direção: Darren Aronofsky Roteiro: Andres Heinz, Mark Heyman Distribuidor: Fox Filmes Classificação: 16 anos Ano: 2010.
Trata-se de um filme onde Nina Sayers (Natalie Portman) é bailarina de uma companhia nova-iorquina de balé. Sua vida, como a de todos nessa profissão, é inteiramente consumida pela dança que busca a perfeição da técnica; ela é o Cisne Branco ideal, pois representa a inocência, a pureza e a doçura que a personalizam. Por outro lado, ela é radicalmente controlada, disciplinada e reprimida; mora com a mãe, Erica (Barbara Hershey), bailarina aposentada que incentiva a ambição profissional da filha. Mas diretor artístico da companhia Thomas Leroy (Vincent Cassel), decide substituir a bailarina principal, Beth MacIntyre (Winona Ryder), na apresentação de abertura da temporada, e ele escolhe Nina porque sabe que em algum ponto de sua alma está presente o Cisne Negro, símbolo da sexualidade, da sedução e do mal.
Enquanto no Lago dos Cisnes duas irmãs gêmeas disputam o príncipe que traz consigo a libertação de um feitiço que as mantêm cativas nos corpos de dois cisnes, o branco, que traduz a luz de uma, e o negro, que simboliza as sombras que habitam a alma da outra, as mesmas forças se confrontam no interior de Nina, que luta desesperadamente para permitir que sua face sombria se manifeste. A única forma que ela encontra de extravasar seus sentimentos é através da automutilação; quando seu corpo sangra, as emoções jorram de sua alma como se finalmente uma porta fosse aberta. Ao mesmo tempo, ela entra em conflito com sua mãe, o que intensifica ainda mais seu desgaste psíquico, e passa a projetar seus medos mais primitivos em outra bailarina, Lily, interpretada por Mila Kunis, que se destaca como coadjuvante. Ela não tem uma técnica apurada, mas apresenta a naturalidade e a sensualidade que Nina mais deseja expressar. Quando as duas se aproximam, a mente da protagonista imediatamente a identifica como sua principal rival, na verdade uma personalização de sua sombra. As duas desenvolvem uma amizade conflituosa, repleta de rivalidade. Nina começa a conhecer o seu lado mais sombrio, prejudicando seu equilíbrio psicológico. Em sua busca pelo seu lado obsceno, Nina acaba causando um conflito dentro de sua conturbada mente, e nessa obsessão em criar um cisne negro, ela pode acabar destruindo sua sanidade.
E o que se vê na tela é a essência da arte, um jogo de sedução e fascinação, e cenas que beiram o mais profundo terror psicológico. Esta inusitada combinação provoca um impacto único e inesquecível no público, pois toca as profundezas do inconsciente humano, seus abismos mais sombrios, e prova que a alma humana é tecida por luzes e sombras. E nessa simbiose de cenários, espelhos, cores, personagens, a trajetória de Nina atesta através de seus dos olhares e por sua perspectiva que é impossível qualquer possibilidade de crescimento emocional sadio quando esta esfera mental é simplesmente desprezada e reprimida.
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