OS DESAFIOS DO PSICÓLOGO JURIDICO
Por: Fernanda Oliveira • 29/5/2022 • Trabalho acadêmico • 493 Palavras (2 Páginas) • 142 Visualizações
ANÁLISE COMPARATIVA
Através da observação do filme-documentário “A Casa dos Mortos” e da reportagem
“Presídios” do programa Profissão Repórter, foi possível traçar um comparativo entre
diversos pontos que se atravessam no que tange a vivência ou sobrevivência das pessoas
privadas de liberdade no Brasil.
“...cenas que, por si sós, deveriam envergonhar os ditames legais
das processualísticas penais e manicomiais; mas, aqui é a
realidade manicomial!”
A casa dos mortos, 2008
Poesia de Bubu
As adversidades visíveis e, principalmente, as invisíveis, devido a um modelo
médico-psiquiátrico de tratamento de pessoas com desordem mental, foram escancaradas
no documentário “A casa dos mortos” inspirado no poema de Bubu. De forma lamentável
percebe-se que o referido modelo ainda é praticado no Brasil, causando tantas mortes ainda
em plena vida.
Como mazelas visíveis, presentes no documentário e na reportagem do programa
Profissão Repórter, citam-se: a falta de limpeza do ambiente, descaso com a saúde física e
mental dos cidadãos que habitam esses ambientes, alimentação precária, a violência, a falta
de fiscalização e segurança em relação aos internos – o que facilita os suicídios, a ausência
de infraestrutura geral do manicômio – falta de móveis e de funcionários, a falta do devido
processo legal e acompanhamento dos casos, como fica nítido na situação de Almerindo.
Entre as mazelas invisíveis pode-se citar a descapacitação dos funcionários no trato
com os internos, que com frequência são desrespeitados e/ou ridicularizados, demonstrando
sentimentos de desânimo na recuperação do paciente, bem como estigma ou percepção
negativa do adoecimento; a solidão, acorrentados às suas mesas em silêncio e com
expressões perplexas, trazendo à consciência da própria morte em vida, como Almerindo.
No que se refere à reportagem do Profissão repórter:
a questão da saúde dos internos há uma incidência de doenças como a tuberculose e
o vírus da Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida (AIDS) também é
constante nas penitenciárias, não havendo sérios trabalhos de controle ou prevenção
de tais doenças entre os presos (MACHADO, 2013).
Traçando um paralelo entre o Hospital de Custódia e Tratamento apresentado
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