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OS TÓPICOS PSICOLOGIA

Por:   •  27/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.518 Palavras (11 Páginas)  •  124 Visualizações

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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU                               [pic 1][pic 2]

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

DISCIPLINA:  TÓPICOS INTEGRADORES I

        

Av1

ALUNO

MATRÍCULA

DISCIPLINA

TÓPICOS INTEGRADORES I

DATA DA PROVA

PROFESSOR

TIPO DE PROVA

TURMA

 

CÓDIGO DA TURMA

 

NOTA

 

[pic 3]

A partir do vídeo sobre “O papel do Psicólogo no mundo contemporâneo” e dos textos, responda as questões abaixo.

1-Cite as principais ideias do texto sobre violência urbana, fazendo uma relação com a fala de Gunther no video (2,0 pontos)

 O texto aborda a violência urbana em muitas faces, o que passo a expor alguns dos pontos que se mostraram mais importantes.

É mostrado no texto que a violência é um fenômeno social e, ainda nas sociedades primitivas, promove os mais aptos para se tornarem os defensores do grupo, enquanto que nas contemporâneas consolida estruturas de poder, particularmente as fora da lei. Nas sociedades democráticas, ela reflete os limites jurídico-legais da ação determinada pelo pacto social e, quando a violência ultrapassa os parâmetros sociais, recebe as sanções correspondentes.  Essa violência é parte das relações que compõem a sociedade e é inerente às relações sociais, variando de acordo com a particularidade dessas relações.  Na visão do senso comum, a violência é abordada como um mecanismo que resulta da experiência diária das pessoas.

O texto também aborda o fenômeno do banditismo social, alegando que o comportamento social do indivíduo corresponde, na verdade, a um papel social atribuído a ele no drama da vida rural. O autor caracteriza isso como um fenômeno que se apresenta de forma uniforme e se baseia na agricultura, mobilizando principalmente camponeses e trabalhadores sem terras. Pode se manifestar através da figura de um ladrão nobre, um combatente primitivo que luta pela resistência ou também através de um vingador impiedoso que semeia o terror.

Também fala sobre a marginalidade nas sociedades urbano-industrial. Esses ditos marginais são vistos como criminosos pelo estado e, por conta disso, não podem permanecer na sociedade urbana por serem um risco à ordem institucional. Dentre as causas desse fenômeno, podemos citar a ausência de condições para se adaptarem ao processo trabalho-urbano-indústria, decorrentes de uma família desorganizada, educação precária, condições insuficientes de moradia e também da exclusão dessas pessoas do mercado de trabalho.

Em se tratando da violência institucional, ela se manifesta através do aparato policial, tendo como pressuposta uma ideia simplista de luta entre o bem e o mal. Um dos exemplos citados é o das milícias estaduais da década de 1960. Elas passaram a desempenhar o papel das policias militares por força do decreto-lei 667, de 2 de julho de 1969 e, dessa forma, adentraram ao sistema, trazendo junto a sua ideologia. Elas eram usadas para repressão da população e são, até hoje, instrumento de poder autoritário. Essa violência institucional também está presente nos presídios, lugar no qual a população carcerária, denominada de “reeducandas”, enfrenta péssimas condições onde estão confinadas. Essa denominação, inclusive, não é fiel ao que ocorre na realidade, uma vez que pode não se mostrar possível reeducar os presos no sistema vigente, sob as condições enfrentadas, preservando a saúde física e mental deles.

Outro local onde identificamos a violência urbana é no trânsito mas antes vamos antes entender o papel do veículo nas relações entre as pessoas. O veículo é tido como um símbolo social de extrema importância porque ele desempenha um papel especial no imaginário coletivo. Não é aquilo que objetivamente ele oferece, e sim o que ele representa: uma espécie de meta de vida. São várias as publicidades enaltecendo a ideia de se ter um veículo. O status social é tão importante na nossa sociedade atual que se torna quase inevitável a recusa de se ter um veículo, e o seu valor lhe confere um nível socioeconômico cada vez maior àquele que o possui. Toda essa valoração se dá através dos meios de comunicação. Durante anos, são expostos e consumidos elementos que atendem aos anseios da sociedade. Eles são poder, prestígio, sucesso, dentre outros. Os heróis da mídia são transformados em modelos de comportamento, assim como foi com Ayrton Senna, e são inúmeros filmes retratando uma espécie de culto a essa noção de velocidade com o seu veículo, em contraponto às medidas de controle do excesso de velocidade.

O autor também aborda a noção de que automóveis e motos não são meros transportes. O papel deles é o de dar status social, de serem símbolos sociais. Nessa dinâmica, os desejos da sociedade são homogeneizados, a ponto de que toda publicidade enaltece a posse de um veículo como sendo uma meta de vida da existência de todo ser humano. É uma noção de consumo alimentada pelo sistema vigente e baseada na posse do bem.

Diante do exposto, cabe relacionar o texto com as falas de Hartmut Gunther. Este assim preceitua no vídeo que as mudanças sociais podem e vão afetar os indivíduos que fazem parte desse meio e, dessa forma, é papel do psicólogo estudar e compreender isso. O texto aborda a violência urbana como estando presente ainda nas populações mais primitivas, no meio institucional e também no trânsito. Gunther aborda a violência presente em uma pesquisa feita com bichos em Galápagos. Aqueles animais com dentes afiados e com mais mecanismos para ferir o outro, tinham uma tendência a evitar conflitos. Diante disso, podemos entender que eles percebiam os riscos de uma disputa e por conta disso, a evitavam. Gunther também ressalta a importância de se ter cuidado no trânsito, ao comentar um acidente no qual o motorista estava ao celular quando atropelou e matou algumas pessoas. No passado, antes da invenção do automóvel, andavam a pé aqueles que não possuíam outros mecanismos e, no futuro, podem ocorrer mudanças que diminuam a presença de automóveis sendo utilizados. O trabalho vem sofrendo uma espécie de virtualização, colocando cada vez mais pessoas trabalhando em casa, o que pode reduzir os conflitos no trânsito. Outro ponto abordado por Gunther é o aumento dos conflitos pela internet, por não ter as barreiras físicas antes encontradas. Ele fala sobre um artigo que trata sobre a agressividade de certos animais em Galápagos. No texto, aqueles bichos possuidores dos dentes mais afiados e de mais mecanismos para ferir o outro, tinham uma tendência a evitar conflitos. Isso não podemos identificar com clareza nas relações virtuais, uma vez que a barreira física pode ser superada e substituída por uma relação sem muitos riscos. Por fim, ele afirma que a psicologia social é formada por processos históricos e sociais, e que estudar as origens, tanto da violência urbana como no trânsito ou qualquer outra, certamente ajudará o psicólogo na orientação da população acerca das mudanças que estas venham a enfrentar.

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