Os Primórdios da Psicologia Social
Por: Luan Leitão • 3/4/2022 • Trabalho acadêmico • 709 Palavras (3 Páginas) • 140 Visualizações
Quando estamos falando dos primórdios da Psicologia Social é importante ressaltar que diversos movimentos influenciaram o surgimento desse campo de pesquisa. Esse termo vem sendo utilizado desde 1908 e vem se consolidar principalmente no período pós-guerra. A revolução industrial e a Revolução francesa fazem parte dos movimentos que influenciaram o surgimento da psicologia social, pois estes acarretaram em diversas transformações econômicas, politicas, sociais e culturais. A pesquisa cientifica por fenômenos de massa principiou-se em um contexto europeu tomado por tumultos urbanos que são característicos desse período. Um ponto importantíssimo também para a psicologia cientifica das massas no século XIX foram as observações feitas através das reivindicações dessas massas, em sua grande maioria pelo proletariado, que trazia a tona o sofrimento dos trabalhadores e trabalhadoras diante a maquina de exploração capitalista. Esses movimentos começaram a ser observados por pesquisadores nessa época. Alguns pensadores como Gustave Le Bon e Gabriel Tarde, são conhecidos por usar dessas teorias psicossociais como um instrumento de exploração, um instrumento ideológico, a serviço da exploração da classe trabalhadora, com ideias racistas e com um olhar biologicista e burguês diante do trabalhador e dos povos do sul global. Já o pensador Emile Durkheim ele vai estudar as massas na perspectiva do estudo da sociedade, em como a religião enquanto fenômeno social e não algo individual e vai estabelecer referencias para cultura e para sociedade, observando a sociedade como um todo, e olhando para as relações e representações sociais. Entendendo esses aspectos podemos compreender o papel da psicologia social para contribuir com a manutenção das relações humanas. A psicologia social vai trazer à tona a importância do olhar para as massas, e tentar entender como o comportamento se modifica conforme a mudança de ambiente. Tendo em vista todo esse contexto, é indispensável o nome de Wilhelm Wundt, considerado por muitos o Pai da Psicologia, ele tinha como objetivo firmar a Psicologia como ciência, utilizando métodos em ambientes controlados, onde a ideia era que o pesquisador tivesse o controle intencional de todo o processo. Ao lado desse interesse ele também publica a Psicologia dos Povos que se trata de 10 volumes sobre cultura, religião, mitos, costumes e outras questões das massas. Nessa publicação ele vai entender que a mente, esse fenômeno que ele tentava investigar no laboratório, também é um fenômeno histórico, cultural e linguístico, ou seja, que ela não podia ser explicada somente por processos laboratoriais com olhar positivista. Logo Wundt implica que haveria uma relação intima entre a mente e a cultura. Conforme Farr (1999) aponta, existiam várias semelhanças entre Wundt e Durkheim mas uma das maiores diferenças era o a forma positivista que Durkheim se debruçava. A partir disso a psicologia social se divide em duas perspectivas. Essa mais ligada a linguagem, a historia, a cultura, que seria chamada de Psicologia Social Sociológica e que tem sua ligação ao foco da experiência social que o individuo adquiri através da participação nos diferentes tipos de grupos sociais. E também outro tipo de Psicologia Social, chamada Psicológica, que está mais ligada ao individuo, e que tenta explicar os pensamentos, o comportamento, entre outros fenômenos, a partir de um viés
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