PLANTÃO PSICOLÓGICO NA DELEGACIA DA MULHER
Monografias: PLANTÃO PSICOLÓGICO NA DELEGACIA DA MULHER. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ci_fernandes • 5/6/2014 • 9.524 Palavras (39 Páginas) • 417 Visualizações
PLANTÃO PSICOLÓGICO NA DELEGACIA DA MULHER
São Paulo
2010
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 5
2. OBJETIVO 7
3. DIFERENÇAS 7
4. A QUEM SE DESTINA 7
5. PARA QUE SERVE O PLANTÃO PSICOLÓGICO 7
6. METODOLOGIA 8
7. ATRIBUIÇÕES DOS ESTAGIÁRIOS/PLANTONISTAS 9
8. ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR CLÍNICO 10
9. PERSPECTIVA WINNICOTTIANA 11
10. A ESCOLHA DO CÔNJUGE 13
10.1 O INCONSCIENTE E A MEMÓRIA EMOCIONAL 15
10.2 ESCREVENDO A PRÓPRIA HISTÓRIA 15
10.3 ATRAÇÃO SELETIVA 16
10.4 O VALOR SIMBÓLICO DO OBJETO ELEITO 16
10.5 O CASAMENTO SONHADO 16
10.6 NOVAS PARCERIAS 17
11. OS CINCO PASSOS DA CONSULTA TERAPÊUTICA BREVE EM SITUAÇÃO DE CRISE DENTRO DA PERSPECTIVA FENOMELÓGICA E WINNICOTTIANA 17
11.1 PRIMEIRO PASSO 18
11.2 SEGUNDO PASSO 19
11.3 TERCEIRO PASSO 19
11.4 QUARTO PASSO 20
11.5 QUINTO PASSO 20
12. O USO DA BALANÇA 20
13. CICLO DA VIOLÊNCIA 21
13.1 INCIDÊNCIA 21
13.2 CRESCIMENTO DA TENSÃO 21
13.3 MAQUIAGEM 21
13.4 CALMA 21
14. O QUE É O ABUSO? 22
14.1 QUEM SÃO OS AGRESSORES? 23
15. FASES DO CICLO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 23
15.1 FASE DE “ACUMULAÇÃO DE TENSÃO” 23
15.2 FASE DE “EXPLOSÃO VIOLENTA” 23
15.3 FASE DA “LUA-DE-MEL” 23
15.4 FASE DE “ESCALADA E REINÍCIO DO CICLO” 24
16. LEI MARIA DA PENHA 24
17. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 28
18. OS POSSÍVEIS SENTIDOS DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA NA VIDA DAS MULHERES ATENDIDAS 30
19. CRIME PASSIONAL 31
19.1 O AMOR 31
19.1.1 AMOR PLATÔNICO 31
19.1.2 AMOR AFETIVO OU AMOR-AFEIÇÃO 32
19.1.3 AMOR SEXUAL 32
19.2 O CIÚME 32
19.3 A EXECUÇÃO DO CRIME 33
20. CIÚME 34
21. CO-DEPENDÊNCIA 38
22. AUTOESTIMA, AUTOIMAGEM E AUTOCONCEITO 39
23. PERFIL DE VÍTIMAS E AGRESSORES 40
24. CONCLUSÃO 42
25. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
RESUMO
Este projeto visa à implantação do plantão psicológico enquanto uma modalidade de atendimento clínico-social à mulher vítima da violência conjugal e nos conflitos intra-familiares e demandas extrajudiciais.
ABSTRACT
This project want the implementing of psychological shift as a clinical-social attendance modality to women victims of husbandly violence and others familiar conflicts that not necessarily depend on lawsuit.
1. INTRODUÇÃO
Intervir em situações de violência não é tarefa exclusiva dos operadores do Direito e da polícia, mas é também da área de saúde mental, pois gera inevitavelmente sofrimentos psicoemocionais e adoecimentos que acometem as vítimas de violência alterando, portanto a sua saúde física e mental.
Teremos como foco de trabalho neste projeto o campo da violência contra a mulher e/ou intra-familiar, considerando a sua significativa freqüência com importantes repercussões para os direitos humanos e o processo de saúde/adoecimento das pessoas. Vale dizer que, atender mulheres que sofrem violência doméstica é zelar também pelos Direitos Humanos e valorizar no espaço clínico/saúde, a realização e a promoção desses direitos.
Em nosso projeto, ao levarmos a cabo uma prática claramente marcada pela interpenetração entre o espaço clínico e os aparelhos jurídicos e policiais, emerge diante de nós, pouco a pouco, um campo de Saúde Mental orientado não mais pelas dicotomias saúde/doença, normal/patológico, adaptado/desviante, mas sim, pelo acompanhamento atento da mulher sob o impacto dos efeitos contundentes da violência doméstica pelo não acesso as experiências de cidadania e dos Direitos Humanos, acompanhando a sua passagem de oprimida pelos ditames territoriais masculinos ao pertencimento de cidadã de direito.
Neste projeto, ampliamos o conceito de saúde mental e as intervenções clínicas a partir do conceito de cidadania. Trabalhamos na construção de uma cidadania que assegure os direitos com respeito ao gênero, ao empoderamento da mulher, às relações familiares, aos conflitos intra-conjugais, à promoção de uma mudança cultural a partir da disseminação de atitudes igualitárias e valores éticos de irrestrito respeito às diversidades e de valorização da paz, a erradicação da violência de gênero, a desconstrução de estereótipos e representações de gênero, além de mitos e preconceitos em relação à violência contra a mulher, não como um benefício simplesmente, mas como um aumento do conceito de humanidade.
Neste projeto ampliam-se o sentido e o alcance de saúde mental, abrangendo a questão da existência para além do alívio dos sintomas
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