POLITICAS PULBLICAS
Por: Liliany Pessoa • 20/11/2018 • Resenha • 264 Palavras (2 Páginas) • 153 Visualizações
O artigo estudado fala da crise na rede: SAMU no contexto da Reforma Psiquiátrica. Essa pesquisa investigou as práticas dos profissionais do SAMU no contexto dos atendimentos psiquiátricos, isso na cidade de Aracaju (SE), bem como possíveis articulações com a Rede de Atenção Psicossocial (CAPS).
No Brasil desde o final da década de 1970, que se desenrola uma luta pela reforma psiquiátrica. Porém sem outras alternativas disponíveis e caminhos bem tortuosos esse desfecho tem se delongado por anos. A atitude dos profissionais da saúde diante de uma pessoa em crise é a internação, sendo que isso acontece porque a rede de atenção psicossocial (RAPS) ao invés de acolher o indivíduo, encaminha-o para algum manicômio disponível, isto sem nenhuma discussão ou comunicação inter-redes, fazendo com que a lógica manicomial seja reforçada.
É nesse contexto que foi “diagnosticado” o aumento de internações em Hospitais Psiquiátricos, com o suporte do SUS. Onde a realidade que se observa são profissionais completamente despreparados para um possível acolhimento desse indivíduo, justificando assim a forma como eles tratam pacientes em crises: que é amarrando-os, contendo-os e encaminhando-os para Hospitais Psiquiátricos. Sem falar que um paciente em um surto psicótico, não tem prioridade ao atendimento, visto que, um asmático, por exemplo, terá prioridade em ser atendido. Tudo isso devido um misto de protocolos, diagnósticos e a padronização de um serviço que precisa ser rápido e medicamentoso.
E com isso a crise na saúde mental só tem piorado e os passos que dá rumo há uma desconstitucionalização manicomial são tímidos e burocráticos, ainda com resquícios de tradicionalismo e de uma cultura enraizada em medicamentos.
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