PORTIFÓLIO PSICOLOGIA DA FAMÍLIA
Por: leorgesds2 • 27/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.465 Palavras (6 Páginas) • 291 Visualizações
UFBA – Universidade Federal da Bahia[pic 1]
Instituto de Psicologia
IPSC26 – Psicologia da Família
Docente: Vania Bustamante
Discente: Leorge Souza da Silva
Portfólio Família
Salvador, 2017
Introdução
As pessoas costumam reproduzir um famoso ditado popular que fala que nossos familiares são iguais em qualquer parte do mundo, só muda o endereço, é engraçado, mas é interessante observar que ‘’família’’ é algo bastante complexo e que cada uma irá ter uma particularidade específica e que a diferencia das outras, seja na forma de se relacionarem, como interagem e equilibram questões afetivas, políticas e sociais.
Independente das características peculiares e instáveis que cada família apresenta, é importante ressaltar que ela representa um papel fundamental na formação e desenvolvimento dos indivíduos. Sobre esse desenvolvimento na família, Kreppner (2000, apud Dessen & Braz, 2005) ressalta que: “cada família e sua forma particular de manter a motivação e o significado entre seus membros pode ser interpretada como representando uma cultura particular, um tipo de unidade que produz modos peculiares para se comunicar com o mundo externo e para avaliar experiências” (p.121).
Nesse portifólio serão abordados os seguintes temas relacionados à família como: conjugabilidade e parentalidades, tendo em vista minhas origens. Para isso, irei utilizar como referências três gerações familiares tais como: meus avós maternos, meus pais e a minha família que ainda pretendo constituir.
Modelos familiares
Ao longo da história a instituição ‘’família’’ tem passado por diversas mudanças em sua estrutura, organização e suas funções. Tendo em vista a complexidade encontrada na vida em sociedade, percebe-se que os membros desta mesma família irão possuir subjetividades, características e papéis sociais bastante diversificados. Além disso, dada as mudanças históricas, religiosas e políticas conseguimos perceber a mudança de valores e funções familiares mudarem conforme as reivindicações sociais e revoluções acontecidas.
Sendo assim, é difícil estabelecer um único modelo de família, pois as mudanças sociais ocorridas corroboram pra uma adaptação e o surgimento de novos modelos. Conforme nos diz Zimmerman, dentre os novos modelos (2004, apud Capitão e Romaro, 2012) destaca que:
A tradicional família nuclear, constituída por pais, filhos e avós, tem cedido espaço a outras composições distintas e atípicas, tais como casais que se mantêm unidos, mas que vivem separados; alta freqüência de divórcios seguidos de novos casamentos, em que cada cônjuge traz seus filhos de casamentos anteriores; aumento do úmero de mães e pais adolescentes. Outro ponto que merece destaque diz respeito à união estável de casai homossexuais, inclusive compondo um grupo familiar com filhos adotivos (p.28).
Observando a realidade brasileira e o contexto em que o país foi colonizado, além da quantidade de variados povos que aqui chegaram, podemos observar o quão plural a sociedade brasileira é e se estruturou. A sociedade se adequou as realidades encontradas no país e com isso, o conceito de família vem se resignificando e apresentando novas estruturas. Sendo algumas delas:
Família nuclear conjugal: aquela família que é composta por um homem, a mulher e seus descendentes.
Família Monoparental: família que pode ser formada por qualquer um dos pais e seus descendentes. Ex: uma mãe solteira e seu filho
Família Anaparental: Prefixo Ana = sem. Ou seja, família sem pais, formada apenas por irmãos.
Família Mosaica ou reconstituída: pais que têm filhos e se separam, e eventualmente começam a viver com outra pessoa que também tem filhos de outros relacionamentos.
Família Homoafetiva: aquela família que é composta por membros (pais/mães) do mesmo sexo.
1º geração (avós maternos)
Minha avó materna Maria do Nascimento Souza e meu avô Benedito Souza se conheceram em Maragogipe, no recôncavo baiano, quando minha avó trabalhava na histórica fábrica de charutos Suerdieck. Na época, minha confeccionava charutos e meu avô também. Após se conhecerem, oficializaram a relação, minha avó já estava grávida de seu primeiro filho. Eles formaram uma família no modelo nuclear conjugal, ou seja, composto por uma mulher, um homem e seus descendentes.
2º geração (genitores)
Ivete Souza da silva e Antônio Jorge de Santana da Silva, também se conheceram em Maragogipe e começaram a namorar. Após isso, resolveram se casar e foram morar em salvador, onde Ivete já trabalhava como técnica de enfermagem e Antônio Jorge como bancário. Depois de casados, tiveram seu primeiro filho Jorge wagner e em seguida Leorge.
3° geração (minha família de procriação)
Eu pretendo ter a minha família no modelo que é definido como homoparental, ou seja, família que envolve uma ou mais pessoas que podem ser homossexuais ou bissexuais, além disso, pretendo ter filhos, seja adotado ou de procriação, barriga de aluguel ou inseminação, se possível.
Parentalidades
A chegada de um novo membro (filho) representa uma série de mudanças na dinâmica de uma família. Os indivíduos responsáveis por gerir esta família ( no caso pai e mãe) terão que se organizar e se adequarem para a chegada deste novo sujeito, e ainda se equilibrarem entre as tarefas domésticas e extra lar, para aqueles que além de serem pais, ainda precisam trabalhar e sustentarem suas famílias. Segundo Dessen e Braz (2005) “a principal tarefa desse período é avançar uma geração, cuidando da promoção do desenvolvimento da geração mais nova ou dos filhos pequenos” (p.115).
Conjugabilidade
A conjugabilidade pode ser entendida como uma relação que envolve duas pessoas, que se unem entre si, com propósito de vida em comum. De acordo com Minuchin (1982, apud Wagner, Tronco e Armani, 2011) “o subsistema conjugal é formado por duas pessoas adultas unidas entre si por laços afetivos e tem como característica principal a constituição de um par que se une com a finalidade de construir seu próprio sistema familiar” (p.24).
1° Geração (meus avós)
Após meses de união, ocorre a chegada de sua primeira filha (Iraci) e com isso estabelecem um subsistema parental, significando um período drásticas e conturbadas mudanças na vida do casal. Pois na época, apesar de ambos trabalharem, ainda passavam por dificuldades a estrutura a moradia em que viviam. Sem contar com a as dificuldades em se adequarem aos novos papéis de pais que se tornaram ainda muito jovens. Meus avós continuaram morando em Maragogipe após o nascimento de sua primeira filha, trabalhando e se dividindo entre o provimento do sustento e as responsabilidades familiares.
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