PSICOLOGIA PSICODINÂMICA DA FAMÍLIA
Por: DayaneDaniela • 28/9/2016 • Trabalho acadêmico • 622 Palavras (3 Páginas) • 295 Visualizações
FACULDADE UNIÃO DE CAMPO MOURÃO – UNICAMPO
PSICOLOGIA
PSICODINÂMICA DA FAMÍLIA
ESTUDO DIRIGIDO
Neuburger, em "O mito familiar", nos apresenta a existência dos mitos e a transmissão que ocorre entre as gerações. Sobre o texto, elabore as respostas.
- O que significa memória familiar?
A memória familiar é uma ferramenta da transmissão. Assim, a memória familiar é a transmissão de um conteúdo, mas igualmente, senão mais, uma gestão adequada do esquecimento, daquilo que convém esquecer para assegurar a continuidade familiar, apesar do choque e da ruptura de gerações, da descontinuidade fisiológica.
Esse processo de transmissão-seleção é a memória familiar, isto é, ligar os mortos aos vivos de um mesmo grupo. Portanto, a memória familiar é, essencialmente, um processo de seleção daquilo que convém esquecer para transmitir e manter o mito de um grupo familiar.
- O autor apresenta dois tipos de memória familiar, sendo a memória como depósito e a memória como processo. Diferencie-as.
A definição sobre o que é memória familiar implica na compreensão da distinção entre memória familiar depósito e a memória familiar processo. A memória familiar depósito representa todas as fontes potenciais de informações que dizem respeito à família, o que inclui o relato dos velhos, os símbolos familiares, os livros de lembranças, fotos, filmes, vídeos, objetos, túmulos, correspondências, registros e outros documentos genealógicos, e além desses, as regras de funcionamento da família reduzida e ampliada, assim como os ascendentes, que incluem não só regras de funcionamento internas e aquelas que regem a forma como uma pessoa pertencente à família deve se comportar no mundo exterior.
A memória familiar é também concebida como um processo, ou seja, um processo pelo qual se é autorizado ou não a dispor das informações, e a elas ter acesso, é um processo de seleção daquilo que será julgado bom, a ser transmitido pelos ascendentes, para assegurar a transmissão de acordo com sua expectativa.
- O que é o mito familiar?
O mito familiar é um conjunto de crenças sobre as supostas qualidades do grupo, uma espécie de saga desenvolvida conforme os aspectos do grupo nos quais seus membros investem ou deixam de investir. A família, essa unidade funcional constituída para oferecer a seus membros conforto, referência, identidade e segurança, necessita, para existir, desse conjunto de crenças que lhe proporcionem sua própria personalidade e identidade: o mito familiar. A partir destas crenças os indivíduos estabelecem regras de comportamento concernentes aos membros do grupo, o tipo de relações que devem estabelecer entre si, e igualmente o tipo de relação que devem estabelecer entre si, e igualmente o tipo de relação que se espera que cada um estabeleça com o mundo externo.
- Como a família pode desenvolver patologia baseado no mito?
Os mecanismos de reparação correspondem aos dois eixos do mito, a saber, o “seja diferente” e o “conforme-se!”. O trabalho de reparação pelo esquecimento pode se referir a eventos que são considerados, por determinado grupo, incompatíveis com uma norma próxima da norma social. Em outros grupos, esse trabalho consistirá em levar a esquecer que o grupo, na verdade, nada tem de extraordinário, para preservar um mito de excepcionalidade.
A hipótese que Neuburger apresenta no texto é que há patologia no caso em que uma só das duas mensagens está atuando no processo de transmissão: “seja diferente!” ou “seja igual”, esqueça as suas diferenças!. Constata ainda que nos dois casos esses mecanismos são ainda mais patogênicos quando a percepção autorizada em nada corresponde à realidade fenomenológica do grupo.
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