Projeto de Observação
Por: josipa • 16/10/2016 • Projeto de pesquisa • 960 Palavras (4 Páginas) • 297 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
De acordo com Morris e Maisto, (2003, p.220) linguagem é todo meio de comunicação que envolve símbolos, signos, ícones ou sinais, dos quais podemos expressar nossos “sentimentos, ideias e pensamentos.” Já a linguagem falada ou língua é um instrumento de comunicação estruturado com regras de funcionamento. Sua estrutura básica é constituída primeiramente por sons (os fonemas), e a unidade com sentido, que forma a palavra (morfema).
Sacks (2010) diz que a linguagem é uma forma de comunicação externa e interna, pois proporciona um diálogo interior e uma construção de identidade. Ela permite a organização do pensamento, pois possibilita a fixação e associação de ideias.
De acordo com Stemberg (2010, p.335 - 339) a linguagem começa desde os nossos primeiros anos de vida e a aquisição da fala compõem aptidões naturais e recebem influencias do ambiente.
É observado que, a aquisição de uma língua, é igual em todas as partes do mundo. Onde as crianças já, logo ao nascerem, se entrosam com o ambiente linguístico, por exemplo, os bebês respondem à voz da sua mãe.
Pesquisa realizadas comprovaram, também que crianças, por volta de 7 meses de idade já conseguem compreender comportamentos emocionais, como expressão facial e tom de voz.
Ele considera que as crianças passam por estágios na aquisição da língua.
1° Estágio: Arrulhamento; é a expressão oral dos bebês que explora a produção dos sons vocálicos, (primeiros meses). Acontece em todas as crianças de diferentes partes do mundo, inclusive em crianças surdas.
2° Estágio: Balbucio; expressões de sons vocálicos contendo a presença de vogais e consoantes (em torno de 6 meses). Exemplo: mámámá.
As crianças surdas não possuem essa habilidade.
3° Estágio: Expressões de uma única palavra, fala generalizada. Aos 18 meses a criança já possui um vocabulário de aproximadamente 100 palavras.
4° Estágio: Frases contendo duas palavras e fala telegráfica. (Entre 1 e 3 anos), as crianças começam a combinar, gradualmente, palavras individuais para expressar-se verbalmente com duas palavras. Inicia-se, deste modo, uma compreensão da sintaxe, porém de forma telegráfica. O vocabulário amplia de 300 palavras aos 2 anos para aproximadamente 1000 palavras aos 3 anos.
5° Estágio: Fala complexa com estrutura básica de sentenças de um adulto (a partir de 4 anos).
As crianças adquirem os fundamentos da sintaxe e da estrutura da língua de um adulto. Aos 5 anos de idade, a maioria das crianças, já aprendem e produzem construções de sentenças mais complexas.. Aos 10 anos, a linguagem das crianças é basicamente a mesma dos adultos.
Para Stemberg (2008, p. 339), a linguagem conforme disse Chomsky (1965 -1972), possui características inatas, onde nosso biológico já está configurado e predisposto à língua. A percepção da fala humana tem capacidade de processamento auditivo. Todas as crianças, de acordo com seus ambientes, adquirem a linguagem de maneira bem rápida. Inclusive as crianças surdas que aprendem a linguagem de sinais de forma muito parecido e no mesmo ritmo.
Nascemos com nossos sentidos; eles são “naturais”. É possível desenvolvermos sozinhos, naturalmente, as habilidades motoras, mas não podemos adquirir sozinha uma língua: essa capacidade insere-se numa categoria única. É inata, mas tem que ser ativada por outra pessoa que já possui capacidade e competências linguísticas. (SACKS, 2010, p. 59)
Sacks (2010) considera que a língua emerge biologicamente da necessidade do ser humano pensar e se comunicar, mas ela é também gerada e transmitida culturalmente, no ambiente em que vivemos, e que às crianças surdas (pré-linguísticos) deve-se oferecer a linguagem dos sinais, o quanto antes. Os sinais têm significados importantes e para a sua formação possuem alguns parâmetros importantes, como, por exemplo, a localização das mãos em relação ao corpo, a expressão facial, a movimentação que se faz ou não na hora de produzir o sinal, entre outros.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAIS
Relacionar a teoria estudada com a observação de crianças em processo de aquisição da
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