Psicodiagnóstico Interventivo Livro
Por: Thaina Souza • 27/2/2021 • Artigo • 450 Palavras (2 Páginas) • 580 Visualizações
RESENHA: Visita domiciliar: a dimensão psicológica do espaço habitado
O capítulo tem como temática principal a visita domiciliar, a autora relata que existem visitas domiciliares quando o paciente não pode deslocar-se até o consultório por conta de alguma enfermidade ou deficiência. Alguns autores criticam a prática desta visita pois acreditam que pode existir uma alteração dos comportamentos familiares e que além disso o paciente pode sentir uma “invasão” em relação ao espaço da família. Porém o capítulo ressalta que a visita domiciliar busca conhecer os papeis de integração da família em seu ambiente, além do clima emocional da casa. As visitas deverão ser realizadas após o contato com os pais e a criança, e deve ser previamente comunicada e concordada pelos pais e criança.
A autora diz que não a necessidade de definir um tempo para a visita, mas é necessário ficar na casa apenas o tempo útil para coletar as informações importantes. A visita deverá ocorrer de acordo com o desejo dos moradores da casa, além disto é importante que todos ou a maioria, dos membros da família estejam presentes no dia da visita. A autora diz que não devemos fazer anotações escritas, tudo que iremos ver deve ser guardado apenas na memória, pois as que anotações escritas podem atrapalhar o percurso da entrevista.
O capitulo diz que tudo deve ser observado, mesmo que seja bem possível que a família faça uma limpeza na casa para a recepção do psicólogo, a autora fala que certas marcas da casa ficam mesmo após a limpeza. Mesmo sabendo a forma com que os objetos de cada cômodo devem ser compostos, é necessário observar cada detalhe de todos, porque cada um conta ao seu modo a história da casa e da família. É importante também observar como a família age durante a visita, os papeis que cada um ocupa na casa e só fazer intervenções quando necessário, caso o contrário devemos deixar para falar com a família sobre o assunto no momento de terapia.
Concluindo o capitulo nos conta que a visita domiciliar é bem mais que reparar na organização da casa, é necessário observar o clima emocional da casa, a identidade psicossocial da família e a expressão em um ambiente definido pelas pessoas que habitam o local. O ambiente em que moramos diz muito sobre como é a nossa forma de estar no mundo, a maneira como organizamos nosso espaço externo está intimamente ligada com a nossa subjetividade. Logo pode-se dizer que a etapa de visita domiciliar pode ser grande uma aliada para o psicólogo que deseja entender mais sobre o contexto familiar de seus pacientes.
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