Psicologia
Por: Diego123cristian • 30/3/2015 • Trabalho acadêmico • 2.298 Palavras (10 Páginas) • 180 Visualizações
São Paulo
2014
I – INTRODUÇÃO
O psicólogo possui em sua base uma responsabilidade social muito grande, pois sua profissão consiste em entrar em contato com o que há de mais íntimo em um ser humano – seus medos, suas aflições, angústias, desejos – tudo o que tange sua subjetividade. Diante deste olhar, é imprescindível para que essa atuação seja assertiva, que esse profissional se conheça em seu íntimo, e explore todas suas angústias e desejos inconscientes. Além disso, assim como toda profissão, é muito importante que ele busque o aprimoramento de sua prática profissional e pessoal. Assim a terapia surge como uma fonte de autoconhecimento capaz de propiciar o reconhecimento de nossos sentimentos mais subjetivos e nos torna capazes de lidar com nossos problemas internos e assim, melhora nossa atuação como um profissional em psicologia contribuindo no equilíbrio entre o que se aprende de teoria e o que se sabe do dia-a-dia da atuação profissional.
É cediço entre a grande maioria dos profissionais da área de psicologia que a terapia pessoal nos ajuda a ter uma atuação mais assertiva e mais competente, por assim dizer. Durante toda nossa vida acadêmica na área de psicologia ouvimos comentários e sugestões que nos indicam que fazendo uma terapia vamos nos tornar profissionais melhores, ou ainda sugestões mais duras que frisam que não há possibilidade de se tratar alguém sem antes nos conhecer profundamente, justamente pra evitar as questões de relações transferenciais e contra-transfrenciais.
Segundo o que está previsto no item IV dos Princípios Fundamentais do Código de Ética profissional, o psicólogo, em seu trabalho, procurará sempre desenvolver o sentido de sua responsabilidade profissional, através de um “contínuo aprimoramento profissional” que se subentende como um constante desenvolvimento pessoal, científico, técnico e ético. Com isso, podemos “diagnosticar” a importância da psicoterapia neste âmbito técnico e pessoal que, aliada a responsabilidade social que vem junto com o nosso diploma, nos leva a crer que sem essa conscientização de aprimoramento constante não poderemos realizar um trabalho que respeite a dignidade e a integridade do ser humano.
Sabendo o quanto é importante e valoroso para o crescimento como profissional e pessoa, nos perguntamos: Quantos alunos será que realmente levam a sério essa afirmação? Quantos acreditam que seja importante? Quantos discordam? Quantos já realizam algum tipo de terapia buscando esse autoconhecimento? Quantos pretendem? Então partimos pra mais questionamentos acerca das condições das pessoas como, por exemplo: Em que semestre se busca essa terapia? Em que semestre se motiva mais a buscar o autoconhecimento? Qual área de especialidade influencia mais os alunos? Quais as dificuldades em se fazer a terapia?
Com esses questionamentos, montamos então os nossos objetivos primários e secundários para essa pesquisa, que são:
- Mapear entre os alunos do curso de Psicologia da Universidade Anhembi Morumbi, período noturno, quantos estão realizando algum tipo de terapia pessoal;
- Levantar dados sobre quais terapias eles fazem, a quanto tempo realizam, em que semestre começaram e o que levou eles a procurarem a terapia;
- Questionar quais as futuras áreas de atuação que estes que fazem terapia pretendem trabalhar. E também os que não fazem terapia, quais as áreas que pretendem atuar.
- Entender os motivos que levam o aluno a não se interessar pela psicoterapia.
O presente trabalho se baliza nesses questionamentos e objetivos, e se propõe também a fazer a conclusão final com alguma indicação de melhora no incentivo à psicoterapia pessoal dos alunos.
I.I- Justificativa Social
A partir do que foi explorado no tópico anterior, podemos dizer que escolhemos trabalhar com este tema, que é tão pouco explorado, diga-se de passagem, por sua importância não só pessoal, mas profissional. Ora, se quisermos ser respeitados como profissionais, devemos nos portar como profissionais; se causamos danos ou espalhamos más atuações comprometeremos não só nós mesmos, mas toda a profissão. Assim como cita o Código de Ética, temos a responsabilidade de nos manter em contínuo aprimoramento, buscando sempre lidar com os pacientes de forma respeitosa e honesta; então, a psicoterapia indiretamente irá propiciar uma melhora no atendimento a eles.
Cientificamente falando, o principal instrumento de trabalho do psicólogo é a sua pessoa, portanto o investimento em si torna-se imprescindível (Boris, 2008; Ferreira Neto e Penna, 2006 apud KICHLER, SERRALTA, 2012). Então se justifica esse estudo como uma preocupação de como irão ser os profissionais futuros de psicologia e o que já podemos fazer hoje em dia para que possamos melhorar nossa profissão. Novamente, subentende se que a psicoterapia pode ser considerada um aprimoramento pessoal, que se adéqua aos princípios fundamentais do Código de Ética, que por sua vez, rege a profissão; portanto, o aprimoramento leva a um profissional mais preparado e capaz de lidar com as situações que futuramente encontrarão no decorrer do exercício da profissão, seja qual for a área escolhida de atuação.
Acreditamos que a investigação dessas percepções dos estudantes sobre a psicoterapia pessoal pode levantar dados importantes para futuras pesquisas que visem uma intervenção mais direta, e também que se possa levantar bons questionamentos que levem a mais pesquisas.
I.II – METODOLOGIA
Para o presente trabalho, foram levantadas pesquisas que tinham os objetivos similares, ou seja, visavam o levantamento de dados de estudantes de psicologia que faziam ou não psicoterapia, ou que simplesmente relacionavam alguma informação sobre “Estudantes de psicologia e a psicoterapia”. Foram pesquisados trabalhos de até 14 anos até o dia de hoje. Chegou-se a cinco artigos que serão assim utilizados como textos bases para o desenvolvimento deste trabalho, e também assim como sua aplicação prática, isto, pois, acreditamos que os resultados encontrados nos artigos estão próximos do que esperamos verificar.
Com a literatura definida, fundamentaremos o problema (já no tópico seguinte) apresentando os resultados obtidos em outras pesquisas e o que esperaremos obter com a nossa própria pesquisa. Em suma, a parte teórica do trabalho é composta pela pesquisa
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