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Psicologia ANALÍTICA

Por:   •  23/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.554 Palavras (7 Páginas)  •  344 Visualizações

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É a máscara usada pelo indivíduo em resposta às solicitações da convenção e da tradição sociais e às suas próprias necessidades arquetípicas internas. É a personalidade pública, aqueles aspectos que ostentamos ao mundo ou que a opinião pública fixa no indivíduo.

Arquétipo (grego ἀρχή - arché: principal ou princípio e τύπος - tipós: impressão, marca) é o primeiro modelo ou imagem de alguma coisa, antigas impressões sobre algo.

imagem apriorística incrustada profundamente no inconsciente coletivo da humanidade, refletindo-se (projetando-se) em diversos aspectos da vida humana, como sonhos e até mesmo narrativas

Antes de começar a explicar os conceitos Junguianos, é preciso retomar o conceito de arquétipo.

Por arquétipo Jung define Padrões Psicologicos. Ou seja, fenômenos mentais recorrentes a toda a Humanidade. Seja no Japão, no Nepal, no Iraque, na Europa, na América, na Africa, em todo organismo humano estes padrões se apresentam na psique, por isso são arquétipos.

Jung deduz que as "imagens primordiais" - outro nome para arquétipos - se originam de uma constante repetição de uma mesma experiência, durante muitas gerações. Eles são as tendências estruturantes e invisíveis dos símbolos. Por serem anteriores e mais abrangentes que a consciência do ego, os arquétipos criam imagens ou visões que balanceiam alguns aspectos da atitude consciente do sujeito. Funcionam como centros autônomos que tendem a produzir, em cada geração, a repetição e a elaboração dessas mesmas experiências. Eles se encontram entrelaçados na psique, sendo praticamente impossível isolá-los, bem como a seus sentidos. Porém, apesar desta mistura, cada arquétipo constitui uma unidade que pode ser apreendida intuitivamente

Nenhum arquétipo pode ser reduzido a uma simples fórmula. Trata-se de um recipiente que nunca podemos esvaziar, nem encher. Ele existe em si apenas potencialmente e quando toma forma em alguma matéria, já não é mais o que era antes. Persiste através dos milênios e sempre exige novas interpretações. Os arquétipos são os elementos inabaláveis do inconsciente, mas mudam constantemente de forma. [JUNG, 2000. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Rio de Janeiro: Vozes]

Com intuito de proporcionar um entendimento mais prático da teoria de jung trouxe este material

sistemas dinâmicos autônomos

É como se através da experiência o organismo humano tivesse criado um padrão efetivo com intuito de produzir segurança psicológica, que é o que rege a existência na terra: Segurança. Só que o ser humano foi mais além, ele busca segurança também na esfera abstrata. Para garanti-la, ele criou e repete um padrão, comum a toda a humanidade. Neste padrão encontram-se os arquétipos que regem a consciência humana. Como interagir com o exterior e com outros seres é uma necessidade indiscutível, o ser humano desenvolveu uma espécie de tecnica psicologica que garante a repetição de um padrão como forma de proporcionar uma guia a vida do sujeito, o que na pratica, não garante segurança nenhuma, é claro.

Uma bola de isopor, decorada, que representa a Persona.

Nesta bola estará especialmente valorizado o olhar. Por que? Em alusão aos olhos azuis.

Pessoas com olhos azuis tem, desde pequenas, o ego inflado neste aspecto. Pois olhos azuis são menos recorrentes, e portanto, considerados de especial beleza. Se tivermos um olhar pratico a natureza, perceberemos que para os animais a cor dos olhos é coisa irrelevante.

Por dentro da persona haverá uma esfera menor, também capaz de abertura, que representará o Ego.

O ego é a esfera do pensamento. Um fenômeno arquétipo de funcionamento mecânico, que trabalha como uma calculadora, que pesa, mede, justifica, regula, etc, todas as ações do indivíduo. É o ego que dita as ações diárias. É ele que regula a segurança psicológica. Se no momento da interação algo parece desfavorável, o Ego agirá. O ego é um conjunto de valores, características, padrões de raciocínio que o indivíduo toma como sendo partes dele próprio. São coisas que somadas ele assume como sua personalidade, e através dela interage com o ambiente exterior. Podem ser alteradas, conforme se entende favorável.

- Se me reconheço como cristão, devo defender tudo que se associe ao cristianismo. [exemplo]

Por exemplo. Se lhe pergunto: “quem é você?” E você me diz: “Sou cristão, liberal, gosto de ir pra balada, e gosto de ler.”. Eu posso lhe dizer: Se nascesses no Afeganistão, dificilmente serias cristão, liberal, não reconhecerias uma balada, e talvez não soubesses ler. Quero saber o que tu realmente és,  e não as tuas caracteristicas culturais que te foram impostas ou aprendidas.”. Você entraria num dilema, não é?.

Por dentro do ego, haverá uma esfera que representará o mundo inconsciente. Ele estará encoberto, desconhecido, porque assim se encontra para a maioria das pessoas. Sua metade posterior será a sombra, e a metade anterior será o anima ou animus.

E por fim, dentro destes dois, estará o self, que será representado por uma encantadora bola de gude. Algo desconhecido, mas que representa o equilíbrio e a compreensão de toda a consciência, de modo a se viver da maneira mais sã e menos centrada em si próprio.

SOMBRA

Exprime o lado não aceito da personalidade assim como se constituiu, e portanto é, de um lado, o conjunto de tendências, características, atitudes e desejos inaceitáveis em relação ao complexo do “eu”; do outro, o conjunto das funções indiferenciadas ou fracamente diferenciadas em relação às funções psíquicas. Surge então a expressão “sombra do eu”, que indica especificamente o conjunto de modalidades e possibilidades de existência reconhecidas pelo sujeito como não próprias, seja enquanto negativas ou não-valores em relação a valores já codificados na consciência: considera-se que tais elementos fiquem alienados de si para defender e ao mesmo tempo constituir a própria identidade [FATOR DE SEGURANÇA PSICOLOGICA], embora com o risco de parar indefinidamente o devir da pessoa humana.

1. A projeção da sombra – alienação do sujeito em relação aos próprios conteúdos psíquicos negativos considerados penosos e incompatíveis, e a incorporação dos mesmos no “outro”. Tal dinâmica é posta como explicação das antipatias e idiossincrasias que nascem em cada sujeito, ao referir ao “outro” aquilo que existe de sombrio na própria personalidade;

2. A identificação com a sombra – o sujeito assume os próprios conteúdos negativos, razão pela qual adota todas as suas características. A energia psíquica dinamiza apenas os conteúdos negativos, por essa razão é considerada como ainda não elaborada sob forma de autocrítica;

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