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Psicologia Do Ensino

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Por:   •  11/6/2014  •  4.409 Palavras (18 Páginas)  •  351 Visualizações

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ETAPA 1 : Quem foi Sigmund Freud e suas contribuições para a Educação ?

Médico neurologista e fundador da psicanálise, Freud apresentou ao mundo o inconsciente e explorou a mente humana. Sigmund Freud ficou conhecido como um dos maiores pensadores do século XX e o pai de muitas das teorias psicanalistas aplicadas atualmente. Freud explorou a psique, desenvolveu uma teoria de personalidade, estudou histeria, neuroses e sonhos, entre tantos trabalhos.

No esforço de compreender melhor seus pacientes, Freud iniciou um difícil processo de auto-análise. Freud trabalhou com introspecção e interpretação de seus próprios sonhos.

Freud acreditava que histeria era uma forma de manifestação da neurose, na qual emoções reprimidas levariam aos sintomas da histeria. Estes sintomas poderiam desaparecer se o paciente conseguisse expressar as emoções reprimidas que lhe impediam de lidar com uma vida normal. Ele desenvolveu a livre associação; uma técnica psicanalítica onde o paciente fala tudo que lhe vem à mente e ao falar surge sentimentos e memórias reprimidas. Freud acreditava que a outra forma de penetrar no inconsciente seria através dos sonhos.

Em 1899, Freud publicou "A interpretação dos Sonhos". Freud acreditava que os sonhos eram uma manifestação de nossos desejos e trabalhando com eles se podia chegar às memórias e sentimentos profundamente reprimidos. Segundo Freud, outra manifestação de desejos reprimidos surge através de lapsos de língua e esquecimentos. Freud explorou o conceito de que existe um conflito dentro das pessoas. O conflito seria de um instinto animal, que não seria aceito pela sociedade, causando então uma resistência da pessoa ao instinto.

Em 1905 Freud publicou os "Três Ensaios sobre a Sexualidade". Freud afirmava a importância do impulso sexual, ou libido, vivido nos primeiros quatro ou cinco anos de vida. As descobertas colocam a sexualidade no centro da vida psíquica e é desenvolvido o segundo conceito mais importante da teoria psicanalítica: a sexualidade infantil. Estas afirmações tiveram profundas repercussões na sociedade puritana da época pela concepção vigente de infância "inocente".

"Os principais aspectos destas descobertas são:

1. A função sexual existe desde o princípio de vida, logo após o nascimento e não só a partir da puberdade como afirmavam as idéias dominantes.

2. O período da sexualidade é longo e complexo até chegar a sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção de prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher. Esta afirmação contrariava as idéias predominantes de que o sexo estava associado, exclusivamente a reprodução.

3. A libido, nas palavras de Freud, é a "energia dos instintos sexuais e só deles".

Foi no segundo dos "Três ensaios de sexualidade" das obras completas, que Freud postulou o processo de desenvolvimento psicossexual. Freud argumentava que os humanos nascem "polimorficamente perversos", no sentido de que uma grande variedade de objetos possam ser uma fonte de prazer, sem ter a pretensão de se chegar à finalidade última, ou seja, o ato sexual. O desenvolvimento psicosexual ocorreria em etapas, de acordo com a área na qual a libido está mais concentrada: a etapa oral (exemplificada pelo prazer dos bebês ao chupar a chupeta, que não tem nenhuma função vital, mas apenas de proporcionar prazer); a etapa anal (exemplificada pelo prazer das crianças ao controlar sua defecação); e logo a etapa fálica (que é demonstrada pela manipulação dos órgãos genitais). Até então percebe-se que a libido é voltada para o próprio ego, ou seja, a criança sente prazer consigo mesma. O primeiro investimento objetal da libido, segundo Freud, ocorreria no progenitor do sexo oposto, esta fase caracterizada pelo investimento libidinal em um dos progenitores se chama (complexo de Édipo).

Em 1923, quase com setenta anos, em seu estudo clássico "O Ego e o Id", completou a revisão de suas teorias. Formulou um modelo estrutural da mente como constituída de três partes distintas, mas que interagem entre si. Essas partes são o id, o ego e o superego. O id é o inconsciente, o superego é o consciente e o ego é o mediador entre o id e o superego. Essa é considerada a teoria de Freud da personalidade humana.

Freud procurou uma explicação à forma de operar do inconsciente, propondo uma estrutura particular. No primeiro tópico de sua teoria ele estava preocupado em estudar o que levava à formação dos sintomas psicossomáticos (principalmente a histeria, por isso apenas os conceitos de inconsciente, pré-consciente e consciente eram suficientes). Quando sua preocupação se virou para a forma como se dava o processo da repressão, passou a adotar os conceitos de id, ego e superego.

O id representa os processos primitivos do pensamento e constitui, segundo Freud, o reservatório das pulsões, dessa forma toda energia envolvida na atividade humana seria advinda do id. Inicialmente, considerou que todas essas pulsões seriam ou de origem sexual, ou que atuariam no sentido de auto-preservação. Posteriormente, introduziu o conceito das pulsões de morte, que atuariam no sentido contrário ao das pulsões de agregação e preservação da vida. O id é responsável pelas demandas mais primitivas e perversas.

O ego, permanece entre ambos, alternando nossas necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais. É a instância na que se inclui a consciência. Um eu saudável proporciona a habilidade para adaptar-se à realidade e interagir com o mundo exterior de uma maneira que seja cômoda para o id e o superego.

O superego, a parte que contra-age ao id, representa os pensamentos morais e éticos internalizados. Freud estava especialmente interessado na dinâmica destas três partes da mente. Para entender o Dr. Sigmund Freud, temos que primeiramente buscar na sua história e analisar todo o caminho percorrido por ele, até se tornar o pai da psicanálise. Um caminho longo é verdade, mas, não tão longo como os próprios caminhos que a teoria freudiana percorreu e ainda percorre por todos os cantos do mundo, em conferências, seminários, debates, palestras, pesquisas; enfim, dentro e fora das academias o pensamento freudiano se encontra vivo, justamente porque foi somente ele que teve a coragem de levar pra dentro dos círculos intelectuais de uma Europa mergulhada na Era Vitoriana, a questão da sexualidade em todos os seus sentidos e principalmente cogitar a influencia que os instintos sexuais atuam em nossos problemas, angústias,

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