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Psicologia Política e Cidadania

Por:   •  7/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  492 Palavras (2 Páginas)  •  284 Visualizações

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 Psicologia Politica e Cidadania

A psicologia como a ciência que estuda o homem, seus estados mentais e comportamentais, deve também atentar seu olhar para as relações sociais que o sujeito estabelece e seus significados. Ademais, é preciso interessar-se pelas construções sociais e culturais que são criadas.

Em seu texto, Jesus (2012), discorre sobre como os movimentos sociais tem forte influência na construção histórica do regime democracia e da cidadania no Brasil. Muitos desses movimentos trazem em si a busca pela igualdade, ou pelo rompimento das desigualdades existentes no meio cultural, social e econômico.

Coimbra (2001), discorre sobre o trajeto histórico da tortura no Brasil, que segue intrínseca a construção da sociedade e da marginalização de alguns grupos. Apesar de sofrer algumas modificações no seu modo de existir e de mudar do caráter explicito, que apresentava agressões físicas, para uma violência menos estruturada, ela ainda está presente no cotidiano de muitos. Principalmente aqueles que pertencem a grupos de minorias.

Inicialmente a tortura era predominante aos escravos negros, índios e àqueles que eram considerados como perigosos a sociedade. Durante a ditadura militar (1964-1985), com a instituição do Ato Institucional n° 5 (AI-5) em dezembro de 1968, registra-se vários casos de violações de direitos, torturas e desaparecimentos.

Hoje a tortura, ainda existe em alguns contextos, principalmente naqueles em que tem como objetivo recuperar indivíduos que tiveram uma conduta incompatível com as aceitas socialmente. Como exemplo têm-se o sistema prisional e algumas unidades que ofertam tratamento aos tidos como louco.

Apesar de ao longo dos anos a tortura passar a ser recriminada, quando a violência é dirigida ao grupo de pessoas que se encontram a marginalização da sociedade, pessoas negras, pobres, criminosos, mulheres, homossexuais, entre outros, ela muitas vezes é simplesmente ignorada, quando não apoiada.

Em busca de romper com as diferenças e lutar em busca da igualdade, surgiram-se diversos movimentos sociais ao longo dos anos.

Esses, atuam através do envolvimento e participação dos sujeitos, buscando a emancipação social e que os resultados possam favorecer a maioria e principalmente a quem mais precisa. É dar espaço para aqueles que se encontram a margem do sistema tenham voz e oportunidades para falar.

Segundo Gohn (2010) eles “representam forças sociais organizadas, aglutinam as pessoas não como força-tarefa de ordem numérica, mas como campo de atividades e experimentação social, e essas atividades são fontes geradoras de criatividade e inovações socioculturais. ”

Com isso em um papel importantíssimo no empoderamento desses sujeitos e na construção de um sujeito ativo na sociedade que luta por aquilo que acredita, que busca romper com padrões impostos e trabalhar em prol da equidade de direitos.

REFERÊNCIA

COIMBRA, C. M. B. Tortura ontem e hoje: resgatando uma certa história. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 6, n. 2, p. 11-19, jul./dez. 2001.

GOHN, M. G. O que é movimento social e por que seu estudo é importante. Revista Brasileira de Educação. v. 16, n. 47. maio-ago. 2011.

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