Psicologia Social
Por: Priscila Leme • 29/9/2015 • Trabalho acadêmico • 918 Palavras (4 Páginas) • 159 Visualizações
DOLLY
A empresa Dolly do Brasil Refrigerantes Ltda., fabricante da marca de refrigerantes Dolly, desenvolveu campanha publicitária com comerciais televisivos dirigidos à criança, com o objetivo de promover a venda de seus produtos, especificamente os da linha Dolly guaraná.
A empresa faz o uso de um personagem mascote, animado graficamente, uma mini garrafa do refrigerante Dolly que tem voz e expressões assemelhadas a uma criança.
A propaganda desenvolvida possui grande apelo infantil: animações gráficas, cenários fantasiosos, linguagem e músicas próprias do universo infantil, justamente com intuito de atingir esse público e torná-lo cada vez mais consumista.
“Eu sou o Dollynho, seu amiguinho”
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Ninguém nasce consumista, o consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou uma das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconsequente.
No Brasil, a publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado para a persuasão do público infantil, que cada vez mais cedo é chamado a participar do universo adulto quando é diretamente exposto às complexidades das relações de consumo sem que esteja efetivamente preparado para isso.
As crianças são um alvo importante, não apenas porque escolhem o que seus pais compram e são tratadas como consumidores mirins, mas também porque impactadas desde muito jovens tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é praticamente imposto, elas vivenciam uma fase de peculiar desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves consequências relacionadas aos excessos do consumismo, como a obesidade infantil, por exemplo.
Obesidade Infantil
A obesidade infantil atinge de forma alarmante as crianças, e por consequência, segundo especialistas, teremos uma geração obesa. Ela está em todos os lares do mundo, onde a alimentação artificial e industrializada encontra-se cada vez mais presente, originando grandes problemas as condições de vida e saúde da sociedade.
Atualmente, a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde pública no mundo.
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É um fator seríssimo, que desencadeia doenças como: diabetes tipo II, doenças cardiovasculares, hipertensão, doenças renais e pulmonares. Ocasiona estresse, câncer, artrite, trombose, colesterol alto, cansaço, dores nas pernas, problemas na visão, na audição, doenças nos membros inferiores, podendo sofrer amputações.
Alguns dos especialistas, atribui a obesidade á falta de atividade física, aos brinquedos cada vez mais voltado para a tecnologia, as crianças que passam horas assistindo televisão. A televisão aumenta drasticamente o risco da obesidade por desviar a criança da atividade física, e ao mesmo tempo está sendo induzida a ingestão de alimentos altamente calóricos, devido á quantidade de comerciais atrativos que anunciam doces, balas, chocolates, refrigerantes, como “o amiguinho dollynho”, e outros alimentos com alto índice de gordura e açúcar. O problema se tornou tão sério que as crianças não reconhecem as frutas e legumes, mas se deslumbram com as formas e sabores dos alimentos industrializados.
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As empresas, que por sua vez, estão preocupadas somente com as questões que são rentáveis, investem fortemente e apelativamente em propagandas, marketing e brinquedos que atraiam o público infantil.
As famílias que se deixam ceder pelos caprichos dos filhos, onde o mais importante “não é ser, é ter”. A perda de valores familiares, onde as pessoas não se reúnem mais na mesa para se alimentar, esses valores foram extraídos pelos computadores e pelos aparelhos de televisão que tomaram conta do dia a dia da sociedade, alimentando-se somente de uma indústria de massa, fortemente atrativa.
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