Psicologia comunitária
Por: JeeMunhoz • 25/3/2017 • Artigo • 1.247 Palavras (5 Páginas) • 380 Visualizações
TEMA: Psicologia comunitária
Titulo: Desafios e dificuldades enfrentados pelo psicólogo comunitário nas unidades básicas de saúde.
Problema: dificuldades enfrentadas nas práticas psicológicas no serviço público de saúde.
Hipotese: embora bastante contemporânea a inserção do psicólogo comunitário nas unidades básicas de saúde começa a se tornar frequente.
Justificativa: É pouco o conhecimento que temos sobre o profissional de psicologia comunitária e suas áreas de atuação.
Objetivo: o objetivo é refletir acerca do trabalho realizado pelos psicólogos nas Unidades Básicas de Saúde.
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Desafios e dificuldades enfrentados pelo psicólogo comunitário nas Unidades Básicas de Saúde.
Jéssica Letícia Munhóz[1]
Resumo: Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o trabalho realizado pelos psicólogos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Procurando entender o processo de origem, teorias e métodos da psicologia comunitária em trabalhos feitos em comunidades de baixa renda e os fatores que favoreceram sua inserção nos serviços públicos de saúde.
Palavras-chave: Psicologia comunitária. Unidades Básicas de Saúde. Comunidade. Baixa renda.
1 - Introdução
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a origem da psicologia comunitária e o trabalho realizado pelos psicólogos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Dada a complexidade do nosso objeto de estudo, a revisão bibliográfica incluiu, além da história de origem da psicologia social comunitária e suas características próprias, textos sobre a dificuldade de inserção desses profissionais em comunidades de baixa renda e na importância que isso tem para a subjetividade humana.
2 - Psicologia Comunitária
2.1 – Origem
A Psicologia Comunitária surge no Brasil em meados da década de 60 e vem com o objetivo de desilitizar a profissão e buscar a melhoria das condições de vida da população menos favorecida, utilizando teorias e métodos da psicologia em comunidades de baixa renda. Bairros populares, favelas, associações de bairro, foram os lugares que tiveram início as experiências de psicologia comunitária.
Mais recentemente a psicologia social comunitária procura desenvolver analises e intervenções para os novos problemas que se apresentam aos psicólogos, atuando assim em creches, postos de saúde, instituições de bem-estar social, ou setores do sistema judiciário voltados para o cuidado de famílias e menores, enfim em instituições públicas que visam promover o desenvolvimento social. O trabalho comunitário parte de um levantamento das necessidades e carências vividas pelo grupo, principalmente ás condições de saúde, educação e saneamento básico. Utiliza métodos e processos de conscientização procura trabalhar com grupos populares para que eles assumam seu papel de sujeitos de sua própria história, e conscientes de sua situação buscar soluções para os problemas enfrentados.
Góis apud Campos (1996, p.11) define a psicologia comunitária como
Uma área da psicologia social que estuda a atividade do psiquismo decorrente do modo de vida do lugar/comunidade; estuda o sistema de relações e representações, identidade, níveis de consciência, identificação e pertinência dos indivíduos ao lugar/comunidade e aos grupos comunitários. Visa ao desenvolvimento da consciência dos moradores como sujeitos históricos e comunitários, através de um esforço interdisciplinar que perpassa o desenvolvimento dos grupos e da comunidade. (...) Seu problema central é a transformação do indivíduo em sujeito.
2.2 – Atividades exercidas pelo profissional
Em trabalho realizado por Bomfim apud Campos (1996, p.12) sobre a situação da psicologia social no Brasil, observa-se o crescimento da área. Bomfim informa que
“As atividades são, em sua grande maioria, constituídas por atuações em equipes multidisciplinares que estabelecem procedimentos práticos de acordo com a demanda social e possibilidades de ação.”
As principais atividades de ação detectadas foram: reuniões com os moradores para análise das necessidades e possíveis soluções, incentivo a formação de grupos de autogestão e a formação de recursos humanos da própria comunidade, capazes de desenvolver e dar continuidade a projetos de melhoria da qualidade de vida. Neste sentido, o psicólogo atua mais como um analista-facilitador, que toma as iniciativas de solucionar os problemas. No campo da saúde, esse profissional atua como assessor e treinador de agentes de Saúde Mental. Para o psicólogo comunitário, o saber científico é relativizado diante do saber popular, sendo este uma importante via para o acesso à Saúde Mental da população.
2.3 – Dificuldades enfrentadas pelo psicólogo comunitário
As dificuldades encontradas pelos psicólogos para a realização da Psicologia nas Unidades Básicas de Saúde no país são consequência da inadequação da sua formação acadêmica para o trabalho no setor, do seu modelo limitado de atuação profissional, e da sua dificuldade de adaptar-se às condições de perfil profissional exigido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com Silva (1992) apud Dimenstein (1998, p.22),
Os métodos e as técnicas privilegiados na formação do profissional do psicólogo, em geral importados de outras realidades, têm sido pautados em valores sociais completamente diversos do das populações que se apresentam nas instituições públicas.
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