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Psicologia da Educação

Por:   •  27/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  247 Visualizações

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PROJETO DE INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA

1. INTRODUÇÃO

        Ouve-se muito acerca da necessidade de um serviço de psicologia dentro das escolas para atender suas demandas mais urgentes e indispensáveis. Infelizmente, esses são projetos escassos em muitos municípios do país. Para atender as exigências escolares e da educação, a Psicologia possui em seus estudos um ramo dedicado a esses critérios, ele é chamado de Psicologia Escolar/Educacional.

        Um dos inúmeros pontos abordados pela Psicologia Escolar/Educacional é a educação inclusiva que vê-se não somente como um direito dos portadores de necessidades especiais, mas também de educandos com necessidades socioeconômicas. A educação inclusiva vista sob o olhar da Psicologia, vai muito além de concepções diagnósticas, mas sim a integração de todos os educandos no meio escolar. Busca favorecer uma prática coletiva e colaborativa entre a família, equipe escolar e a Psicologia, em prol de melhor qualidade do processo de ensino-aprendizagem e a não limitação das possibilidades do aluno, independentemente de suas restrições educacionais ou físicas.

A psicologia escolar

        A Psicologia Escolar é um ramo da psicologia científica que nasceu das necessidades básicas da educação escolar que vivenciavam as crianças e os adolescentes no seu processo de aprendizagem e isso acontecia a nível de mundo.

        Seu surgimento era como uma prática clínica porque não havia nas universidades disciplinas que contemplasse esse contexto, portanto não possuindo um esclarecimento dessas necessidades enquanto demanda escolar. Já no seu nascimento, a psicologia Escolar trabalha no sentido de promover o educando como pessoa humana tanto os alunos comuns como aqueles portadores de alguma especialidade.

        Binet, Simon e Galton são citados na historia da psicologia escolar como seus criadores. Eles foram os primeiros estudiosos a se preocupar com o desenvolvimento da aprendizagem dos escolares. Binet, na França, juntamente com seu colaborador Simon, criadores da primeira escala métrica da inteligência infantil, dando origem a psicometria.  Galton, na Grã-Bretanha no surgimento da psicologia Escolar que está profundamente ligado à psicometria, isto é, a forma ou técnicas que se diagnóstica a capacidade psíquica do indivíduo e o diferencia do outro por suas capacidades mentais.

Na década de 70, chega ao Brasil às ideias produzidas nos Estados Unidos com a teoria da Carência Cultural, relatando a discrepância de aptidões das crianças carentes para as crianças de classe média. Sendo assim, as crianças carentes teriam que ter recursos de aprendizagem diferenciados. Nesse momento a psicologia tenta considerar os aspectos sociais dos problemas de aprendizagem (BULHÕES, 2012, s/p.).

        Atualmente a psicologia escolar está voltada para o campo, atuando junto aos professores, educadores, diretores, enfim envolvendo toda a escola inclusive funcionários e os pais/tutores dos alunos. Esse ramo da psicologia também está envolvido com a saúde mental das pessoas que estão implicadas na escola. Ela age de forma a abranger todo o campo escolar de modo a se preocupar com a saúde mental das pessoas como também do ambiente escolar.

O psicólogo que age e trabalha no espaço de vida e das relações da escola (em sentido amplo), com as tarefas principais de diagnóstico e soluções de problemas que aparecem, no âmbito da atividade escolar entre alunos e /ou professores (DORSCH, 2001 apud Almeida, 2011, s/p).

        Vale ressaltar que a psicologia escolar está presente na escola para contribuir com o seu desenvolvimento, ajudando a superar as dificuldades apresentadas tanto as do aluno, como a dos profissionais que estão implicados na instituição escolar.

A educação inclusiva na escola

Nos últimos anos, a inclusão tornou-se um tema frequente nas escolas à busca de favorecer todas as crianças com necessidades especiais. Nesse sentido, “a proposta da educação inclusiva é discurso pedagógico que está se desenvolvendo no Brasil, e que vem propor perspectiva de consideração das diferenças no ambiente escolar, onde caibam todos os mundos, com as peculiaridades aceitas” (SILVA, 2006 apud DE SOUSA CALDAS, 2014, p. 2).

 Silva e Aranha (2005, p.374) acrescentam que

O tema da educação inclusiva tem despertado no meio educacional, angústias e entusiasmos. A mudança de um sistema educacional, que se caracterizou tradicionalmente por ser excludente e segregatório, para um sistema educacional que se comprometa efetivamente a responder, com qualidade e eficiência, às necessidades educacionais de todos, inclusive às dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, exige um processo complexo de transformação, tanto do pensar educacional, como da prática cotidiana de ensino.

        Portanto, é interessante notar que esse assunto vem trazendo imensa reflexão, revisão e implantação de inúmeras práticas educacionais que visam uma educação regular para todos os alunos, incluindo os que apresentam algumas necessidades especiais. Assim, o trabalho da escola é fazer com que o aluno com necessidade especial, possa pertencer a um ambiente escolar acolhedor e adequado.

Nessa perspectiva, é notável a relevância da escola, para a participação da comunidade, alunos e pais, levando-os a compreender e praticar a inclusão dos alunos com necessidades especiais, entendendo quais os fatores que potencializa ou desfavorece o ensino e o aprendizado do aluno especial e suas interrelações.

Somando a isso, observa que só ocorrerá prática de educação inclusa ao passo que

 [...] as instituições reconhecerem suas responsabilidades com cada aluno, abolindo as discriminações e as preferências, oferecendo ao professor melhores condições de atuarem na inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais. Isto envolve capacitação, conscientização da comunidade escolar sobre deficiências e deficientes, material pedagógico, adaptação curricular, apoio técnico, entre outros (SOUZA, 2005 apud ANDRADE, 2009, p. 38).

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