Psicologia dos bebes
Por: karinafcoelho • 20/6/2017 • Projeto de pesquisa • 2.684 Palavras (11 Páginas) • 241 Visualizações
Desenvolvimento de 0 a 2 anos
Biológico/ Físico/ Motor | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Sistemas Corporais
Segundo o princípio Cefalocaudal, o desenvolvimento ocorre da cabeça para a cauda, já que a cabeça desenvolve-se muito mais do que o restante do corpo. Com 1 ano, o cérebro do bebê tem 70% do seu peso adulto, já o corpo conta apenas com 10% a 20%, desse modo, a cabeça apenas torna-se proporcionalmente menor à medida que a criança desenvolve as outras partes de seu corpo. Já no princípio próximo-distal, o crescimento e o desenvolvimento motor ocorrem de dentro para fora, ou seja, no útero, a cabeça e o tronco se desenvolvem antes dos braços e pernas, que por usa vez, se desenvolvem antes das mãos, dos pés e dos dedos. Nesse sentido, nos primeiros anos de vida, os membros continuam se desenvolvendo mais rapidamente que os pés e do que as mãos, desenvolvendo sempre primeiramente as partes superiores dos braços e das pernas.
Para as mães que tem a possibilidade da amamentação, esse ato é tanto emocional quando físico, sendo de extrema importância não apenas para a própria alimentação, mas também pelo vínculo emocional de mãe e filho criado nesse processo. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Cognitivo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Condicionamento clássico: Permite que os bebês prevejam um evento ante de ele acontecer, estabelecendo associação entre estímulos que regularmente ocorrem juntos. Os recém-nascidos podem ser classificamente condicionados com muita facilidade quando a associação entre os estímulos tem um valor de sobrevivência. O aprendiz é passivo, absorvendo e automaticamente reagindo aos estímulos. Condicionamento Operante e Memória do Bebê: Nesse caos, o bebê age ou opera sobre o ambiente, aprendendo a dar certa resposta a um estímulo ambiental para produzir um efeito (sorrir para que os pais deem atenção). Esse tipo de estudo, têm sido utilizado para testar a memória dos bebês. Segundo os behavioristas, os bebês aprendem através do condicionamento clássico e operante, baseando-se na associação do comportamento com suas consequências.
Os testes de desenvolvimento são os mais precisos para predizer o futuro QI de bebês com deficiências ou problemas pré-natais, principalmente se elas forem criadas em ambientes não-estimulantes. Porém o ser humano tem uma forte tendência autocorretiva, ou seja, em um ambiente favorável, os bebês seguem padrões de desenvolvimento normais, a menos que tenha sofrido algum dano grave. Dessa forma, muitas crianças com deficiência fazem grande progresso na inteligência. A ambiente no qual a criança está inserida, tem grande influência e pode afetar a inteligência da mesma. Em ambientes domésticos prejudiciais as crianças, a intervenção precoce é necessária, sendo um processo sistemático de serviços terapêuticos e educacionais a famílias que necessitam dessa ajuda para entender as necessidades do desenvolvimento da criança. Os testagem de Inteligência em bebês são de difícil medição As Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil Possuem 3 seções: Escala mental: mede as habilidades como percepção, memória, aprendizagem e vocalização. Escala Motora: mede habilidades motoras gerais, incluindo coordenação sensório-motora. Escala de classificação do comportamento: preenchida pelo examinador.
Enquanto os Psicometristas medem as diferenças individuais na quantidade de inteligência que crianças possuem, Piaget observou o modo como o pensamento das crianças desenvolvia-se durante a infância e a adolescência e propôs sequencias universais de desenvolvimento cognitivo. O primeiro dos 4 estágios cognitivos é o senso motor, dividido em 6 subestágios. O estágio inicial de desenvolvimento cognitivo para Piaget é o estágio sensório-motor, no qual os bebês aprendem sobre si mesmos e o mundo mediante atividades sensoriais e motoras. Os bebês passam de seres que respondem por meio de reflexos a crianças orientadas.
Abordagem do processamento de informações: Se concentra nos processos envolvidos na percepção, aprendizagem, memória e resolução de problemas. Procura descobrir o que as pessoas fazem com as informações antes de utiliza-las. Segundo os teóricos do processamento de informação, bebês aprendem pela habituação. Abordagem da neurociência cognitiva: Examina o sistema nervoso central. Ela procura identificar que estruturas cerebrais estão envolvidas em aspectos específicos da cognição, desenvolvendo a antiga crença de Piaget de que a maturação neurológica é um fator importante no desenvolvimento cognitivo. Segundo essa abordagem, determinadas estruturas do cérebro são responsáveis por certas funções cognitivas. A maturação do hipocampo e o desenvolvimento de estruturas corticais coordenadas pela formação do mesmo, por exemplo, torna possível a memória de maior duração. O córtex pré-central e circuitos associados desenvolvem a capacidade para a memória do trabalho (armazenamento de curto prazo de informações que estão sendo processadas), que surge entre 6 e 12 meses. A memória explicita (lembrança consciente ou intencional) e a memória implícita (recordação de hábitos e habilidades) estão localizadas em estruturas distintas. Desenvolvimento da linguagem A linguagem é um sistema de comunicação baseado em palavras e na gramática. Uma vez conhecidas as palavras, a criança pode usá-las para representar objetos e ações. O desenvolvimento da linguagem ocorre em algumas etapas. A primeira etapa diz respeito a fala pré-linguística (balbucio, choro, arrulho e imitação). Antes de falar as crianças apontam. Existem gestos sociais convencionais (dar tchau, inclinar a cabeça para assentir), gestos representacionais mais elaborados e gestos simbólicos. As primeiras palavras vêm entre 10 e 14 meses e as primeiras sentenças entre 18 a 24 meses. Abordagem Psicossocial: examina os aspectos ambientais do processo de aprendizagem, principalmente o papel dos pais e outros cuidadores. A participação guiada de um adulto nas atividades das crianças ajuda na estruturação e aproxima a compreensão da criança e do próprio adulto. Atividades compartilhadas ajudam a criança a aprender habilidades, conhecimentos e valores importantes em sua cultura. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Afetivo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Emoções: São reações subjetivas do indivíduo, formados desde muito cedo, sendo elemento básico da personalidade O choro, o sorriso, são os primeiras sinais de emoção do ser humano, sendo possível a percepção desde os recém-nascidos. Tais sinais são de extrema importância para o desenvolvimento da criança, pois eles percebem as reações que ocorrem em sua volta, dependendo de suas ações. Antigamente, o desenvolvimento psicossocial era apenas associado a convivência com a mãe, atualmente, o estudo aumenta para todo o convívio familiar, assim como as características da família e sua cultura. Tais interações sociais diferenciam-se dependendo da cultura de cada lugar do mundo. Deve-se ser então, em testes e comprovações do desenvolvimento psicossocial, muitas vezes julgados naturais, são na verdade de cunho cultural. Nos países desenvolvidos, ou em desenvolvimento, famílias nas quais o pai não está presente crescem cada vez mais, modificando a criação da criança, que cresce com um dos pais, em vez dos dois Mãe: A alimentação não é a coisa mais importante que os bebês recebem da mãe. Conforto do contato íntimo. Pai: Comprometimento emocional assim como a mãe, entretanto, o papel do pai é bem menos presente na vida diária dos filhos. Pesquisas comprovam que interação pai-filho tem uma forte influência no desenvolvimento cognitivo Confiança e apego Confiança básica x Desconfiança básica: Formação de relacionamentos íntimos x proteção Quando a confiança é maior, os relacionamentos entre a família e a própria sociedade ocorre de forma bem mais fácil, já quando a desconfiança predomina, as crianças verão o mundo como hostil e imprevisível, tendo obviamente problemas nos relacionamentos É necessário então um equilíbrio: Alimentação Apego É um vínculo emocional entre o cuidador e o bebê, no qual, cada um contribui para a qualidade do relacionamento. Para os bebês, adapta suas necessidades psicossocial e físicas, variando pela cultura 2 primeiros meses: Os bebes respondem indiscriminadamente a qualquer pessoa 2 a 3 meses: Os bebes choram, sorriem e balbuciam mais para a mãe do que qualquer outra pessoa, mas ainda responde aos outros 6 ou 7 meses: Apego definido pela mãe. O medo do estranho aparece entre o 6 e 8 mês Desenvolvimento do apego pelos outros membros da família Padrões de apego: Apego seguro: Utilizam a mãe como base segura, deixando a mesma sair mas necessitando da mesma para se tranquilizar Apego evitativo: Evitam a mãe e não pedem sua ajuda. Não gostam de ser pegados no colo e odeiam mais ainda quando largados Apego ambivalente: Ficam ansiosos mesmo na presença da mãe, buscam seu afeto ao mesmo tempo que a negam. Apego desorganizado-desorientado: os bebes apresentam comportamento inconscientes e desorientados, parecem confusos e desorientados. Tende a ocorrer em bebes de mães solteiras ou que são insensíveis. Além do apego, interação mútua, estimulação, atitudes positivas, afetividade, aceitação e apoio emocional por parte dos pais, são de extrema importância para a construção do desenvolvimento da criança e sua possível personalidade na vida adulta e, posteriormente, o apego que terão com seus filhos. Ansiedade ante estranhos: Cautela com pessoas e lugares estranhos demonstrado durante a segunda metade do primeiro ano Ansiedade de separação: Angústia demonstrada por um bebê quando deixava por seu cuidador | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Social | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Senso de identidade Antes de assumir suas responsabilidades, é preciso que a criança se reconheça como indivíduo separado dos demais. A autoconsciência é o primeiro passo para o desenvolvimento de padrões de comportamento. O autoconhecimento físico tem seus primeiros sinais entre 18 a 24 meses de vida, dos 20 aos 24 meses, as crianças começam a utilizar pronomes em primeira pessoa. Autodescrição e auto avaliação, ou seja, o poder de descrever objetos, ações e pessoas, e de avaliação ocorrem entre os 19 e 30 meses, momento no qual o vocabulário se expande. Resposta emocional a más ações: Aborrecimento com certas desaprovações Autonomia O amadurecimento físico, cognitivo e emocional, faz com que crianças entre 18 meses e 3 anos, desenvolvam o segundo estágio do desenvolvimento da personalidade, ou seja, o processo de autonomia e autocontrole. Entretanto, liberdade ilimitada não é seguro, dessa forma, é necessário um novo equilíbrio Autonomia x vergonha e dúvida: A dúvida causa a percepção nas crianças de que, em algumas tarefas, ela não é totalmente autônoma, e precisa de ajuda. Já a vergonha, faz com que as ações das crianças sejam freadas pela sensatez. Os primeiros 2 anos de vida de uma criança são cruciais para o surgimento do pensamento de individualidade. Socialização A socialização é o processo pelo qual as crianças tornam-se membros responsáveis e produtivos da sociedade, iniciada pelos seus pais e seus modos de vida. Essa socialização, faz com que a criança entenda que, algumas ações não são corretas e nem aceitas na sociedade, dessa forma, aprendem a se socializar, demonstrando a autorregulação, sendo está a base da socialização. A autorregulação está em todas as áreas do desenvolvimento – físico, cognitivo, social e emocional. Contato com outras crianças Interesse por crianças fora do lar ainda nos primeiros meses, demonstrando afeto através de olhares e sorrisos. A partir de 1 ano e 6 meses, até seus 3 anos, as crianças demonstram interesse pelo que outras crianças fazem, compreendendo cada vez mais como lidar com elas. Creches |
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