Psicologia e Comunidade
Por: 2737 • 21/8/2016 • Trabalho acadêmico • 995 Palavras (4 Páginas) • 407 Visualizações
FACULDADE PITAGORAS DE JUNDIAI
PSICOLOGIA E COMUNIDADE
Ariela Julio – Bruna Moraes – Pamela Fortolan
Rayssa Thamiris – Verônica Azevedo
“A partir da história de João, desenvolva um texto crítico explorando as violências vividas pela criança e problematizando as possíveis consequências no desenvolvimento de sua personalidade”.
Casos de maus-tratos contra crianças estão cada vez mais presentes nos noticiários, o que nos deixa muito assustados sobre a questão da violência doméstica no país.
Em média, 18 mil crianças são vítimas de violência doméstica por dia no Brasil. Os dados, apresentados pela Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância (Sipani), representam 12% das 55,6 milhões de crianças menores de 14 anos.
A violência contra crianças é uma forma cruel de corrigir ou “educar”, como é dito por vários agressores constantemente, sendo que esses agressores em muitas vezes são as pessoas que a criança mais confia, como por exemplo, pais ou parentes próximos. Gerando diferentes tipos de traumas para essa criança. A mãe é o primeiro contato com o conhecimento da palavra confiança, advinda da proteção, amparo, cuidados, entre outros, e se esses vínculos são quebrados, esta criança sofrera as consequências e reflexos de tal situação até sua vida adulta, acarretando em serias dificuldades de enfrentamento do individuo quanto à sociedade.
Em certos casos, a criança acaba se considerando merecedora de tais punições não compreendendo o motivo das agressões atribui a culpa para si.
Se a criança que provêm de um lar violento não tem base para saber como seria ter um lar diferente e em muitas vezes, carrega esse comportamento violento para a sua vida adulta, gerando assim sofrimentos futuros.
A violência varia desde aspectos físicos, como castigos agressivos, tapas, murros, chacoalhões, onde adultos covardemente violentam a integridade física de uma criança até os mais variados tipos de violência psicológica e emocional, considerando as ameaças de abandono, xingamentos de baixo calão, utilização de vocabulário de inferiorização, hostilidade verbal, negligencia, o abandono físico e emocional, a rejeição, o desprezo e a crítica excessiva.
Em alguns casos, o adulto pode ate não ter a intenção de ferir, mas acaba cometendo o fato por descontrole emocional do momento, o que normalmente é acarretado por motivos banais do mundo infantil, como derrubar ou quebrar algum objeto, desobedecer alguma ordem, brigar com irmãos.
Combater a agressão infantil não é nada fácil, considerando que muitas vezes a criança ou o jovem não tem coragem de contar que está sendo violentada por razões associadas ao medo, à vergonha ou à dúvida. Sendo assim, reforça-se a importância dos adultos estarem atentos e vigilantes a quaisquer sinais de mudança de comportamento, tristeza ou abatimento.
Infelizmente tais atos violentos são repetitivos e sua severidade tende a aumentar a cada nova agressão. Muitas crianças portam consigo sequelas físicas que não chegam ao conhecimento das autoridades, pois são encobertas pelos próprios pais ou tutores, que muitas vezes julgam estas atitudes sendo normais, ou que fazem parte da educação. A forma mais comum de se justificarem é a alegação de que seus pais também foram violentos com eles, e que se tornaram “bons adultos” sendo educados dessa forma.
Definitivamente bater não é a melhor solução. O diálogo com a criança ainda é considerado o mais eficaz. Explicar para a criança as consequências de seus atos e como os pais ou responsáveis se sentem decepcionados com isso, do que bater nela, além de melhorar o relacionamento com a criança, esse tipo de atitude acaba evitando que ela se torne um agressor no futuro.
A solução dos problemas e conflitos pela força ou pelo grito só forma adultos inseguros, doentes e infelizes dentro de vários aspectos.
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