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Psicologia no Trânsito

Por:   •  24/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.507 Palavras (7 Páginas)  •  282 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA NO TRÂNSITO

BEATRIZ FELIX VASCONCELOS

Rio de Janeiro

2015



UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA NO TRÂNSITO

BEATRIZ FELIX VASCONCELOS

Estudo Orientado para obtenção de nota de AV1, Curso de Psicologia, Campus Santa Cruz, da disciplina Seminários Avançados em Psicologia, ministrada pelo Prof. Jessé Silva.

Rio de Janeiro

2015

Psicologia do trânsito

A psicologia no Trânsito nasceu em 1910, pelo seu precursor Hugo Münsterberg, aluno de Wundt. Inicialmente se opondo à tendência americana de tirar a psicologia dos laboratórios e mostrar sua aplicabilidade na sociedade. Foi o primeiro psicólogo a submeter os motoristas dos bondes de Nova York a uma bateria de testes de habilidade e de inteligência.

O sucesso desses testes durante a Primeira Guerra Mundial facilitou a introdução das técnicas psicométricas (os chamados testes psicológicos) nas indústrias com o fim de diminuir os acidentes e aumentar a produtividade. Das indústrias, os testes psicológicos entraram no campo do trânsito, com o objetivo de diminuir os acidentes pela testagem dos candidatos a motorista, selecionando os indivíduos com capacidades atualizadas para desempenho intelectual, motor, racional e emocional necessário para transitar.

A psicologia do trânsito é uma área de conhecimento que tem a finalidade de estudar o comportamento humano no contexto do trânsito, a partir de uma investigação dos processos externos e internos, e os fenômenos conscientes e inconscientes que ocorrem nesse contexto.

        É uma psicologia que estuda o comportamento dos pedestres, motoristas, motoqueiro, ciclista, passageiro e motorista de coletivos, sejam eles de tráfego aéreos, marítimo, fluvial e ferroviário. No entanto se restringe ao comportamento dos usuários das rodovias e redes viárias urbanas.

        Para responder sobre pra que essa abordagem serve, devemos nos atentar a três aspectos: Em primeiro lugar, serve para conhecer os comportamentos neste tipo de situações, comportamentos individuais e sociais, contribuindo para um melhor conhecimento do homem. Em segundo lugar, estudos dos diversos fatores perceptivos, cognitivos e de reação podem contribuir para melhorar por um lado a situação da estrada e da sinalização rodoviária e urbana, e por outro lado pode aperfeiçoar os veículos, permitindo maior visibilidade e colocação mais eficiente dos comandos. Como conseqüência, a Psicologia do Transito pode contribuir para diminuir a enorme quantidade de acidentes nas estradas. Em terceiro lugar, ela pode dar as diretrizes educacionais, sugerindo recursos mais eficientes para o ensino; dirigir é aparentemente simples, mas um pequeno erro pode ter conseqüências seriíssimas. A Psicologia do Trânsito oferece contribuições para garantir a todo ser humano condições de maior segurança, diminuindo os riscos de acidentes e as ameaças de perder a vida.

Observando o caso da médica Kátia Vargas, suspeita de jogar o veículo contra uma moto e matar os irmãos Emanuel e Emanuele Dias, de 22 e 23 anos, o psicólogo André Doria diz que além das análises pontuais, que devem ser tratadas caso a caso, há um fenômeno comum a todos os acidentes, o de que o comportamento no trânsito reflete as características da sociedade.

"Para mim, o que fica mais latente é o seguinte: algumas pessoas argumentam que a pessoa que cometeu o crime era uma pessoa do bem, ilibada da sociedade. As pessoas chegaram publicar na internet 'e se fosse sua mãe'? Você teria a mesma reação? As pessoas te julgariam?'. O que está em jogo, na verdade, é que o trânsito nada mais é do que a representação da sociedade. O trânsito é onde as pessoas se encontram. O que fica marcado em uma fala como essa, 'se fosse sua mãe', é, na verdade, uma dificuldade em respeitar as leis, em lidar com as leis", avalia o especialista.

        A maioria das pessoas limita o papel da psicologia do trânsito à natureza instrumental da avaliação da personalidade e das habilidades do condutor e aos acidentes de trânsito. Porém deve-se ter em mente que a psicologia do trânsito não pode ser estudada singularmente, junto a ela, deve-se estudar a psicologia do ambiente, que se restringe mais à maneira como o ambiente material e vivo agem sobre o homem e como o comportamento do homem influencia esses ambientes.

        A Via é um ambiente de trânsito, onde indica ao condutor o que ele pode ou não fazer, o que deve ou não fazer. Porém, a circulação nas vias não flui com tranqüilidade e, apesar de serem sinalizadas para maior segurança, milhares de pessoas morrem todo ano no trânsito brasileiro, pois mesmo que a sinalização seja eficiente, não garante o controle dos comportamentos do individuo. Um comportamento particularmente importante: a tomada de decisão em condições adversas, inusitadas ou emergentes à situação de trânsito.

        No ambiente, há uma série de condições adversas que podem facilmente provocar acidentes, como: luz (luz solar intensa, ofuscamento à noite, a passagem de um ambiente de luz para um escuro), tempo (chuvas, alagamentos, ventos fortes, neblina e nevoeiro), a via (curvas fechadas, má sinalização, aclives e declives, pista escorregadia e/ou estreira e túneis), trânsito (engarrafamento, carros em alta velocidade) e condições do veículo no seu interior (nível de combustível, água, óleo, correias, freios, pneus, excesso de carga). Então o condutor, dentro de alguma dessas condições entra, em conflito com as características desse ambiente ao dirigir sob influência de alguma substância psicoativa, estressado, emocionado, cansado ou sonolento.

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