Psicologia social
Por: Recpat • 1/10/2015 • Dissertação • 331 Palavras (2 Páginas) • 184 Visualizações
Antropologia é a ciência social que estuda as manifestações culturais dos grupos humanos, bem como a origem e a evolução das culturas. Surgiu com à expansão imperialista europeia sobre o continente africano. Nessa época, os relatos sobre outros povos, outras culturas eram registradas por viajantes e estudados pelos antropólogos através do método comparativo.
Em razão disso, os primeiros antropólogos exerceram o que chamamos de “Antropologia de gabinete”, ou seja, eles dispensavam o convívio direto com as outras culturas, preferindo julgá-las através do embasamento teórico obtido na literatura dos viajantes, longe da realidade dos povos, seus rituais e costumes.
A grande virada na pesquisa antropológica foi desenvolvida no fim do século XIX por Franz Boas que fez críticas contundentes a forma de pensar do evolucionismo, através de pesquisas pioneiras de campo, ele começa a perceber que o modo de construir uma sociedade depende dos valores e das relações e do modo que o homem compartilha as suas relações entre si, os mitos, as composições alimentares dependem do modo como o homem interage com o mundo. Nesse sentido ele conclui que a antropologia de gabinete deve ser banida porque ela se baseia na fala de um alguém sobre o que ele acha que é a cultura e não analisa o próprio sujeito, o próprio nativo e o que ele entende da sua própria cultura. Dessa forma o método comparativo é refutável, pois faz comparações entre culturas diferentes e estabelece qual a cultura verdadeira e qual deve ser considerada superior e determina quais as que são inferiores.
Assim, o estudo de outras culturas, observadas pelo próprio antropólogo, no campo de pesquisa, permite uma riqueza de percepções e peculiaridades mais próximas da realidade, contribuindo para a substituição do conceito de desigualdade social pelo conceito de diversidade cultural.
Por fim a análise antropológica ganha um aspecto particularista, isto é, as sociedades dever ser compreendidas nas suas especialidades, e não mais ditas estranhas ou exóticas como na análise universalistas dos evolucionistas.
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