Quais são as principais causas da ansiedade durante a adolescência?
Por: Nathália Mussatto Rizzon • 24/4/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 1.091 Palavras (5 Páginas) • 461 Visualizações
1. Quais são as principais causas da ansiedade durante a adolescência?
Sentir-se ansioso é algo normal e que acontece a todos os indivíduos. O que caracteriza a ansiedade como um transtorno psicológico é a frequência e a intensidade desses sintomas, que podem variar de pessoa para pessoa e ser causados por diversos fatores.
Nos adolescentes a ansiedade tem sido encontrada com bastante frequência, o que pode estar relacionado ao fato de essa ser uma fase marcada por diversas mudanças, tanto as corporais como as mudanças que se dão na forma como nos relacionamos com a família, os amigos... lidar com essas mudanças pode trazer sentimentos de insegurança, medo e ansiedade. Além disso, também pode haver uma preocupação excessiva sobre as escolhas do futuro, como por exemplo, o que fazer quando terminar a escola. Outros aspectos como questões familiares, separações, relacionamentos afetivos, preocupação com provas, também podem provocar a ansiedade no adolescente.
É importante que, ao serem notados sintomas de ansiedade o adolescente comunique alguém de sua confiança, para que possa ser buscado um profissional e investigar se essas queixas se tratam de algo pontual ou de um possível transtorno psicológico, que deve ser diagnosticado e tratado.
2. Quais são os tratamentos mais eficientes?
As formas de tratamento para a ansiedade podem variar de acordo com a gravidade e as características de cada caso.
O tratamento para a ansiedade pode ser realizado por meio de psicoterapia; o psicólogo a realizar o tratamento pode ser de diferentes abordagens, dependendo do profissional escolhido, como a psicanálise e a TCC (terapia cognitivo-comportamental), entre outras.
Além disso, o tratamento pode envolver o uso de medicações, devendo nesses casos ser realizado o acompanhamento com o médico psiquiatra.
Terapias alternativas também podem complementar o tratamento para ansiedade realizado com psicólogo e psiquiatra, e trazer benefícios, pois elas buscam melhorar a qualidade de vida do paciente. São exemplos: a prática de meditação, yoga, acupuntura, atividades físicas...
3. Quais são os sintomas psicológicos? E os físicos?
Os transtornos da ansiedade, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM – 5), dividem-se em: Transtorno de Ansiedade de Separação, Mutismo Seletivo, Fobia Específica, Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social), Transtorno de Pânico, Agorafobia, Transtorno de Ansiedade Generalizada e Transtorno de Ansiedade devido a outra condição médica. Todos esses transtornos fazem parte de um grupo maior, chamado de Transtornos de Ansiedade, e contêm sintomas e características que são peculiares a cada um.
O que esses transtornos têm em comum e que os caracterizam como ansiedade são as características de medo e preocupação excessivos e a persistência desses sentimentos por um maior período (normalmente 6 meses ou mais). Outros sintomas psicológicos da ansiedade podem incluir pensamentos de perigo imediato e medo constante, preocupação excessiva com o futuro e a sua realidade, nervosismo, irritabilidade, dificuldades de memória e de concentração, dificuldade para dormir (insônia).
Já os sintomas físicos da ansiedade costumam incluir agitação motora, dores de cabeça ou estômago, enjoos, taquicardia, dor ou sensação de “aperto” no peito, tensão muscular, tonturas e falta de ar, que podem trazer uma sensação de desmaio, entre outros.
4. Onde a ansiedade é formada? Sabemos que os sentimentos são formados em uma parte específica do nosso cérebro, onde se encontra a ansiedade?
A ansiedade se forma no cérebro quando ele entende que há uma situação de perigo. Nos transtornos de ansiedade essa preocupação é excessiva, mesmo que o indivíduo não consiga descrever o que o deixa preocupado.
Uma parte do cérebro que está relacionada com a ansiedade é a amígdala cerebral, zona responsável pelas memórias emocionais. O problema da ansiedade está na conectividade da amígdala (já que é ela que medeia as respostas de medo) com outras partes do cérebro como a ínsula e o cingulado. Nos casos de ansiedade a amígdala recebe uma resposta equivocada e entra em estado de atividade, acionando um “estado de alerta” excessivo
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