REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Por: Rita Grunewald • 27/2/2020 • Exam • 5.154 Palavras (21 Páginas) • 226 Visualizações
FACULDADE MÁRIO QUINTANA (FAMAQUI)[pic 1]
NÚCLEO MÉDICO PSICOLÓGICO
ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROPSICOLOGIA- AVALIAÇÃO E REABILITAÇÃO (2ª ED)
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
[pic 2]
RITA DE CÁSSIA GRÜNEWALD DA CUNHA
Porto Alegre
Novembro, 2018[pic 3]
FACULDADE MÁRIO QUINTANA (FAMAQUI) [pic 4]
NÚCLEO MÉDICO PSICOLÓGICO
ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROPSICOLOGIA- AVALIAÇÃO E REABILITAÇÃO (2ª ED)
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
RITA DE CÁSSIA GRÜNEWALD DA CUNHA
ORIENTADORA: Prof. Dra. Regina Maria Fernandes Lopes
Monografia apresentada à Faculdade Mário Quintana (FAMAQUI) como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Especialização em Neuropsicologia- Avaliação e Reabilitação.
Porto Alegre
Novembro, 2018[pic 5]
FACULDADE MÁRIO QUINTANA (FAMAQUI) [pic 6]
NÚCLEO MÉDICO PSICOLÓGICO
ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROPSICOLOGIA- AVALIAÇÃO E REABILITAÇÃO (2ª ED)
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Monografia apresentada à Faculdade Mário Quintana (FAMAQUI) como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Especialização em Neuropsicologia- Avaliação e Reabilitação.
APROVADO EM ____/____/____
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Aluna: Rita De Cássia Grünewald Da Cunha
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Orientador: Prof. Dra. Regina Maria Fernandes Lopes
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Professor Avaliador
Porto Alegre
Novembro, 2018[pic 7]
REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Rita De Cássia Grünewald Da Cunha
Regina Maria Fernandes Lopes
Resumo
O Transtorno do espectro autista (TEA), classificado como transtorno do neurodesevolvimento, traz prejuízos clinicamente significativos principalmente no funcionamento social, profissional. As funções executivas estão relacionadas à habilidade de um indivíduo em engajar-se em comportamentos orientados e dirigidos a uma meta, quando o indivíduo está frente a situações novas ou condições que exigem flexibilidade para as demandas do ambiente. O objetivo deste estudo foi fazer uma revisão bibliográfica sobre a reabilitação neuropsicológica das funções executivas nesta patologia. Foram discutidos os critérios de diagnóstico do TEA, o desenvolvimento de crianças com autismo em seus aspectos sensório-motor, da linguagem e das funções executivas. Foram apresentadas as bases da reabilitação neuropsicológica no TEA, principalmente no que diz respeito às funções executivas.
Palavras-chave: transtorno do espectro autista; reabilitação neuropsicológica; funções executivas.
Introdução
As primeiras considerações de Autismo feitas sob a concepção moderna surgem em 1946, quando Ritvo relaciona-o a um déficit cognitivo e considera-o um distúrbio do desenvolvimento. Antes disso, Leo Kanner o classificava como “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”, um conjunto de sinais que, para ele, representavam uma doença específica relacionada a fenômenos da linha esquizofrênica (Assumpção Jr & Pimentel, 2000). Praça (2011) ressalta que Kanner destacou a dificuldade de interação das crianças com os outros, percebendo que elas apresentavam inaptidão para desenvolver atividades em grupo e estabelecer relações de amizade.
No DSM-IV, o autismo era considerado um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID), como também o Transtorno de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno de Asperger e Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (Incluindo Autismo Atípico) (APA, 1995). O uso do termo ‘invasivo’ relaciona-se com a consideração de que há um intenso impacto dos comprometimentos nas áreas da interação social recíproca, das habilidades de comunicação (verbal e não-verbal) e de interesses/atividades estereotipadas, no processo de desenvolvimento (Rutter, 1996 citado em Leon, 2002).
No DSM-5, o autismo faz parte da sessão de “Transtornos do Neurodesenvolvimento”, classificado como F84, expandindo os critérios de diagnóstico, com a inclusão de casos subliminares.Estes transtornos tipicamente se manifestam cedo no desenvolvimento, em geral antes da criança ingressar na escola. Os sintomas podem estar presentes precocemente, mas podem não se tornar plenamente manifestos até que as demandas sociais excedam as capacidades limitadas ou podem ser mascarados por estratégias aprendidas mais tarde na vida. Os sintomas causam prejuízos clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Pode estar associado (ou não) a outras condições como comprometimento intelectual, comprometimento da linguagem, alguma outra condição médica ou genética conhecida ou fator ambiental (APA, 2014).
O autismo é também denominado Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo entendido como um distúrbio do comportamento, caracterizado por um “prejuízo persistente na comunicação social recíproca e na interação social [...] e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades [...]” (APA, 2014, p. 53). Desse modo, o transtorno compromete os comportamentos de comunicação utilizados para estabelecer uma interação e as habilidades para desenvolver, manter e compreender os relacionamentos. A intensidade destas limitações funcionais varia conforme especificidades do indivíduo e do ambiente que o envolve, como: a idade, o estágio de desenvolvimento, o acompanhamento médico e o apoio da família.
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