RELATÓRIO ENTREVISTAS SOBRE PANDEMIA DO COVID-19
Por: Ana Paula Pereira • 23/8/2021 • Relatório de pesquisa • 4.726 Palavras (19 Páginas) • 209 Visualizações
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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA – 2º E 3º PERÍODOS
DISCIPLINA: Processos Psicológicos Básicos II
DOCENTE: Carla Mitsue Ito
DISCENTES: Adriana Alves Ribeiro Batistella
Ana Paula Pereira
Patrícia Gaby Vieira Rego
Marlúcio Lima Paes
Roberta Bento Tavares
RELATÓRIO SOBRE ENTREVISTAS REALIZADAS PARA COMPREENDER OS IMPACTOS DA PANDEMIA DE COVID19
Porto Velho – RO
Junho de 2021
- INTRODUÇÃO
Em dezembro de 2019 foram registrados os primeiros casos de uma doença misteriosa em um hospital de Wuhan, na China, e a maioria das vítimas eram frequentadores de um mercado atacadista de animais.
Em pouco tempo a doença foi se espalhando e os cientistas mapearam isolaram e estudaram o novo vírus que ficou conhecido como coronavírus e causa a doença respiratória aguda, a síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV2), e passou a ser definida como COVID-19.
Já em janeiro de 2020 a Organização Mundial de Saúde admite que o risco de epidemia da COVID-19 é alta, ocasionando o estado de alerta no mundo.
O Ministério da Saúde no Brasil em fevereiro de 2020 ampliou a lista de países em alerta para o coronavírus incluindo, Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã, Camboja e China. Ainda em fevereiro, surgiram os primeiros casos suspeitos no território brasileiro, sendo confirmado o primeiro caso, o paciente é um homem de 61 anos que viajou à Itália, e deu entrada no Hospital Albert Einstein.
No dia 11 de março de 2020, o Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pronunciou que a COVID-19 seria, a partir de então, caracterizada como uma pandemia. Poucos dias após o pronunciamento da OMS foi confirmado o primeiro óbito no Brasil, em São Paulo, e no mesmo dia dois pacientes com teste positivo para coronavírus também faleceram. Diante deste cenário, conforme orientação dos órgãos de saúde, a melhor medida para reduzir o número de contágio por coronavírus são os cuidados de higienização das mãos e rosto, e o isolamento social.
Esperava-se à época que a medida de isolamento social durasse poucos meses e, em algumas esferas governamentais, a gravidade da doença foi subestimada.
A consequência foi desastrosa, resultando em 482.135 mortes, segundo o Consócio de Veículos de Imprensa no Brasil, em 10.06.2021, bem como na economia. O Banco Mundial publicou uma matéria no dia 5 de maio de 2021 e relatou o seguinte:
A pandemia atinge a economia do Brasil de três formas: 1) um choque de demanda externa, causado pelo fechamento das economias de outros países, 2) um choque de demanda interna (principalmente no consumo privado), decorrente do fechamento da economia brasileira; e 3) um choque no preço do petróleo, que prejudica o Brasil em sua condição de exportador líquido de petróleo. O impacto combinado desses três choques empurrará a economia para uma recessão.
A junção desses fatores: isolamento social ocasionando bruscas mudanças na rotina, medo do adoecimento e de morte em decorrência da doença, possibilidade de desemprego e perda de renda, em outros casos introdução do home office, aulas remotas, e as incertezas de futuro, etc., ocasionaram grande impacto na vida das pessoas, propiciando outros adoecimentos, especialmente, os adoecimentos de ordem emocional/mental como depressão, ansiedade, crises de pânico, entre outros.
Dessa forma, o presente relato objetiva conhecer o impacto da COVID-19 na vida dos seis entrevistados participantes do estudo em tela e analisar as informações coletadas com a teoria trabalhada na Disciplina Processos Psicológicos Básicos II do Curso de Psicologia.
- OBJETIVOS
- Objetivo Geral
Conhecer o impacto da COVID-19 na vida dos seis entrevistados participantes do estudo em tela e analisar as informações coletadas com base na teoria trabalhada na Disciplina Processos Psicológicos Básicos II do Curso de Psicologia.
- Objetivos Específicos
- Compreender a percepção dos entrevistados sobre a pandemia de COVID-19 e a repercussão na sua saúde mental/emocional;
- Apreender sobre a implicação da ausência do ritual de despedida nos casos de perda de familiares para o COVID-19;
- Verificar se ocorreu mudança de comportamentos em decorrência da pandemia e das medidas de prevenção de COVID-19.
- JUSTIFICATIVA
Segundo o site Sanar Medicina a palavra pandemia, de origem grega, foi usada pela primeira vez por Platão com um sentido genérico, referindo-se a qualquer acontecimento capaz de alcançar toda a população, atualmente seu conceito relaciona-se à uma epidemia de grandes proporções, que se espalha a vários países, em mais de dois continentes, aproximadamente ao mesmo tempo, como foi a Gripe Espanhola, a Influenza H1N1 e, mais recente, do COVID-19. A maior mobilidade e o número de viagens realizado em todo o planeta são a principal causa pela qual uma pandemia pode ser desencadeada.
Segundo o Hospital Johns Hopkins até o dia 10/06/2021 no mundo há o total de 175 milhões de casos de COVOD-19 e 3,79 milhões de mortes. No Brasil são 17.296.118 casos e 484.235 mortes.
Um dos principais meios para prevenir a transmissão da COVID-19, o isolamento social produziu profundas mudanças no cotidiano das pessoas, bem como a adoção de hábitos como o uso massivo de máscaras, uso de álcool 70% e lavar às mãos com maior frequência. Entretanto, além da mudança do comportamento relacionado aos hábitos de higiene, ocasionou no agravamento de doenças mentais/emocionais como síndrome do pânico, depressão, ansiedade, etc.
Segundo o estudo de Camila Corsini da Universidade de São Paulo devido ao fato de que durante a pandemia, velórios e cerimônias estão proibidos por conta do risco de contaminação pelo novo coronavírus. Sendo, em geral, o caixão lacrado e levado diretamente ao túmulo ou à cremação acompanhado por poucos familiares — no máximo 10 pessoas.
Esse fenômeno, segundo Corsini gerou o que podemos chamar de perturbações nos processos de luto, dificultando a elaboração das perdas, intensificando o sofrimento e a adaptação à nova realidade sem o ente querido.
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