RESENHA CRÍTICA DO LIVRO QUARTO DE DESPEJO
Por: Antônio Maiara Moura • 12/11/2021 • Resenha • 1.272 Palavras (6 Páginas) • 262 Visualizações
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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RAIMUNDO SÁ
CURSO DE PSICOLOGIA - PERÍODO 2021.2
DISCIPLINA: PSICOLOGIA LATINO-AMERICANA E COMUNITÁRIA
DOCENTE: MA. JANAINA OLIVEIRA ROCHA
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO QUARTO DE DESPEJO
DISCENTES:
MAIARA DE SOUSA MOURA
NOVEMBRO- 2021
PICOS, PI
Carolina Maria De Jesus, conhecida como “Cinderela Negra”
No quarto de despejo o diário de uma favelada e na capa já diz sendo um diário, contando o cotidiano, contendo uma leitura pesada por conta do tema retratado no diário, mais sendo leve porque a autora narra fatos engraçados em alguns momentos, no livro como já falei, é um diário escrito por uma favelada na década de 50 na favela do Canindé, uma das primeiras favelas do estado de são Paulo essa favela ficava localizada na marginal do rio tiete, era uma favela bem típica, bem pobrezinha com casas de madeira, com condições péssimas, em que ela teria que acordar cedo todos os dias para ir buscar água, com balde, a barraca não tinha banheiro, vivendo em condições precárias, o intuito de Carolina em escrever esse diário, era denunciar tudo aquilo que acontecia na favela, então a ideia da autora era fazer um levantamento de tudo que acontecia na favela e publicar o livro, o interessante que me chamou atenção em que a Carolina fazia retratos em que a autora fazia dos vizinhos dela, e todas as coisas que os vizinhos faziam e ela não gostava ela sentava e escrevia algo sobre aquele vizinho dando nome aos protagonistas e tudo mais, foi tanto que quando Carolina veio a publicar o livro em que ela chamava seu livro de diário, ela teve problemas com seus vizinhos da época porque eles não aceitavam a forma que a Carlina tinha falado deles, lembrando que Carolina começou a escrever esse diário 1955 sendo que a última passagem de ano escrita no livro foi de primeiro de janeiro de 1960, existindo algumas lacunas, de 55 a 58 e no prefácio do livro o editor vai falar que resolveu optar por cortar algumas entradas por serem repetitivas, segundo o editor ele vai dizer que alguns dos temas tratados no livro era a questão da fome, existindo muitas entradas da Carolina contando para os leitores que os filhos dela não tinham o que comer, que ela precisava buscar o lixo dos açougues que eram aqueles ossos com restinhos de carne para poder cozinhar e fazer uma sopa para os filhos, então segundo esses editores, existiam muitas entradas muito parecidas por isso foram retiradas do diário(livro), e percebemos ao continuar lendo o livro, mesmo que boa parte do livro ter sido editadas e retirados do diário dela pra publicação do livro de Carolina, mesmo assim ainda existem muitas senas repetitivas no livro, e como é obvio, iremos acompanhar o dia-dia de Carolina, mãe de três filhos em que cada um desses filhos são de pais diferentes, ela tem uma filha pequena contendo cerca de 5 ou 6 anos de idade eu acho, porque no início da história existem trechos da Carolina narrando em algum momento em que a filha consegue contar tudo que ela viu para gente, tudo que aconteceu no dia dela ela consegue contar direitinho pra gente, ou seja, tudo que aconteceu no dia dela ela consegue falar tudo direitinho para gente, percebemos que Carolina não diz a idade dos filhos, lembro também que tem um filho dela que eu acho ser o filho mais velho, supondo que ele deve ter em torno de 13 a 14 anos, sendo um garoto muito travesso, sempre se metendo em brigas chegando a ser encaminhado a um juizado de menores por várias vezes e o filho do meio sendo um filho mais bonzinho, mais amável, meigo e que sempre está lá com sua mãe, e ela continua narrando as histórias de seus filhos, ela conta também as doenças que eles tiveram, como, resfriados problemas com vermes e coisas do tipo, os problemas que os filhos dela tinha com os vizinhos, porque segundo a autora, Carolina, os vizinhos sempre implicavam com seus filhos, e uma coisa em que mais me incomodou se é que eu possa falar assim, é que as pessoas em que viviam na favela viviam sempre arrumando confusão umas com as outras por nada, chegando ao ponto de algumas vizinhas jogarem fezes nos filhos de Carolina, fazendo com que entendamos que exista tipo que uma inveja da vizinhança com ela(Carolina) por ser uma mulher independente por não ter marido, sendo que o pai da filha dela aparecia às vezes na casa de Carolina pra deixar algum dinheiro, só que devido, Carolina ser uma mulher independente ela não que mais nenhum homem, até que ela encontra, como alguns de seus vizinhos que querem namorar ela segundo Carolina, mais ela não quer por querer sua liberdade, sua independência e também por ser uma mulher que estudou apesar de ter sido pouco, ela estudou apesar te ter sido pouco, somente os dois primeiros anos do ensino fundamental, por isso ela relata em seu diário que ela(Carolina) não consegue dormir sem ler um pouco e escreve também, e por Carolina ter pouco estudo, a grafia dela é um pouco ruim, ou seja, ela escreve um pouco errado, por isso os editores no prefácio falam que mudaram um pouco a grafia por a escrita da autora não ser compreensível, mais acaba que deixando alguns errinhos pra o livro parecer original da autora, e pra mostrar que ela viveu realmente nessas condições de pobreza, e um erro ortográfico que percebemos ao ler é que ela escreve “cansado” com cedilha (ç), fora as passagens muito triste, as brigas com a vizinhança, com as crianças que passam fome na favela em que Carolina mora, e com essa realidade vivida ele fala muito em suicídio, ela convida as crianças para cometerem o suicídio fazendo que fique muito triste ter que ler esse relato, mais tem horas que as histórias contada por Carolina faz com que as historias fiquem leves pela vida simples que a autora leva, como em um de seus relatos Carolina fala que não entende as pessoas que tem preconceito por serem negros, porque no seu diário ela fala que gosta de ser negra e gosta da cor da pele dela, falando que, “se realmente reencarnação existisse ela queria voltar como negra”. Eu acho muto bonito pessoas que se amam e gostam de ser como são apesar das dificuldades vivida, inclusive ela brinca até com o cabelo dela, porque os brancos falam que o cabelo dela é ruim e ela fala que não pensa isso, porque enquanto o cabelo dela passa o dia certinho o dos outros não, porque saem tudo do lugar. E a única forma negativa que ela tem é em relação ao ambiente em que a única esperança da autora é sair daquele ambiente hostil com os filhos, é muito triste quando a Carolina retrata a violência e a mortes das crianças. O fato que me chamou atenção é que devido ela ler livros ela tem um pensamento mais rebuscado, descrevendo o amanhecer dela como sendo o sol um “astro rei”, por ser uma pessoa inteligente ela também comenta sobre os políticos daquela época, em que ela comenta que os políticos só estão lá visitando a favela e abraçando crianças e querer somente o voto deles e depois de tudo isso os políticos somem. Enfim, o diário de Carolina só é descoberto quando um jornalista adentra aquela favela “Canindé” retratar o cotidiano das pessoas que ali vivem e fica animado quando descobre o diário de Carolina e que nesse diário estaria a história real do povo que ali vivia e sendo o responsável pela publicação do diário de Carolina.
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