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RESENHA: SÉCULO XX

Por:   •  26/1/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.666 Palavras (11 Páginas)  •  223 Visualizações

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No início do século XX os testes psicológicos eram usados nas mais diversas áreas nas quais a Psicologia aplicava. Na década de 40 com a chegada de Emílio Myra y Lopes ao Brasil tem-se a criação do Instituto de Seleção e Orientação Profissional (Isop). Este abre caminho para que a profissão de psicólogo seja regulamentada, na década de 60. Com isso os testes psicológicos perdem a força nos anos seguintes, devido o pensamento humanista e o questionamento das ideias tecnicistas que voltam a tona nesse período.

No ano de 1907 surge no Brasil o primeiro laboratório de psicologia, no Hospital Nacional de Alienados, como consta na reportagem “No início, tudo eram testes...”. Foi nesse mesmo laboratório que foi utilizado pela primeira vez o teste de inteligência de Binet-Simon, pelo pediatra Fernandes Figueira.

Segundo a professora Regina Helena de Freitas Campos, da UFMG, que fez parte da reportagem: “No início, tudo eram testes...”, “o objetivo dos laboratórios era o estudo de características psicológicas da população atendida pelo sistema de saúde mental ou pelo sistema educacional”, na maioria das vezes a palavra “laboratório” se associava a atividades de psicologia aplicada.

Albertina Mitjáns relata na reportagem: “No início, tudo eram testes...”, que não existe uma forma padrão de se fazer uma avaliação psicológica, pois cada indivíduo é único, nenhum é igual ao outro, não se repetem, e ela diz que o que definirá a forma de avaliação “é a complexidade e a singularidade do processo e do sujeito”.

Num debate com a revista Diálogos alguns psicólogos propuseram a criação de um lugar que seria a Câmara Interinstitucional de Avaliação Psicológica, porém essa ideia não teve um bom resultado, pensou-se então em procurar uma equipe técnica para recolher e analisar os instrumentos em circulação. Mas, isso seria muito custoso para o CRP (Conselho Regional de Psicologia), foi criado então a Resolução CRP Nº 025/2001, que definiria os critérios de qualidade e também estabeleceu que todas as editoras ficariam responsáveis por apresentar seus testes para avaliação.

Queriam que o CRP impedisse a comercialização dos testes, tendo em vista a sua natureza e a sua finalidade, pois quando o CRP não avaliasse tal teste significaria que ele não estava devidamente correto e não poderia ser usado, ocorrendo isso poderia trazer lesões ao seu consumidor.

Essa comissão criou o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos, o Satepsi, o qual está disponível no site e todos podem acessar.

Em 16 de dezembro de 2003 foi divulgado por esta comissão a primeira lista de testes psicológicos em condição de uso no Brasil.

Um dos maiores desafios segundo José Carlos Tourinho do debate Psicólogos cortam na própria carne, da reportagem: “No início, tudo eram testes...”, é qualificar os psicólogos para a área de avaliação psicológica, nada adianta se ter bons testes, mas estes estarem em mãos erradas e serem mau aplicados. Os testes em geral foram construídos mais com a ajuda da estatística do que com a da psicologia. Contudo é necessário construir mais testes e melhorar sua qualidade, é preciso reconstruir a história, reconstruir os instrumentos e melhorar a imagem dos psicólogos.

A procura por testes psicológicos é muito grande, abrange um público bem extenso devido ao fato das pessoas acharem que um teste psicológico é mágico, que através deles poderá ser descoberto coisas que às vezes seria difícil uma pessoa revelar. Os testes psicológicos são denominados muitas vezes como “bolas de cristal”, de acordo com o artigo “A banalização de diagnósticos”, na qual os mistérios poderão ser desvendados ou então algo do futuro será mostrado através desses.

Os testes são proibidos de serem publicados, seja em revistas, jornais, dessa forma as revistas que ofertam como entretenimento, principalmente para adolescentes e jovens, pegam testes sem autor que circulam na internet e não tem um resultado, um fundamento confiável. Isso tudo somente pelo fato da revista ou jornal vender mais por oferecer este atrativo, porém esse fato trás muitas consequências negativas para as pessoas que se utilizam desses testes, pois elas o consideram como testes psicológicos e na verdade eles não são, são apenas mais um atrativo para que a revista venda mais.

Existem alguns testes que foram montados a partir de outros testes psicológicos científicos sérios, o que causa mais uma catástrofe, pois além da pessoa que utilizar do teste ser prejudicada, quem montou o teste também será esse grupo para chegar ao teste final deve ter se apropriado de pesquisas, até mesmo de campo, sendo assim o teste original perderá seu valor e todo trabalho será perdido, ele não poderá mais ser utilizado como um teste científico.

Há testes que circulam por ai que para mostrar o resultado terá que ser feito um pagamento, mais uma prova que ele não se trata de um teste psicológico científico, utilizado por um psicólogo profissional. Mas, a culpa disso tudo é dos cursos de graduação de Psicologia, os quais alguns nem possuem a matéria, outros passam rapidamente pelos testes, algumas instituições diminuíram a carga horária da matéria e outras nem sequer ensinam a elaborar o relatório que deve ser feito após a aplicação do teste.

Alguns acadêmicos de Psicologia e mesmo psicólogos não se importam com a aplicação dos testes, o material que utilizam não são é apropriado, e sim improvisado, o que fará com que o resultado seja comprometido, não sendo confiável, podendo trazer grandes prejuízos as pessoas que passaram por eles. Contudo não trás consequência negativa somente para a pessoa que foi testada, mas também o profissional que pode ser acusado de dar um diagnóstico errado e dependendo da acusação pode ir parar na justiça.

Numa entrevista da revista Cara a Cara, com alguns profissionais eles afirmam que a avaliação psicológica é muito importante, onde buscam informações sobre o funcionamento psicológico das pessoas em questão para o teste. O aplicador do teste, no caso o psicólogo, deve saber que haverá uma relação que será construída entre ele e seu paciente. Esses profissionais consideram a avaliação psicológica como parte fundamental para um profissional psicólogo.

O teste psicológico e a avaliação psicológica é para Maria Clotilde Rossetti Ferreira, professora da USP é algo específico do psicólogo, e é isso que ainda o mantem no mercado de trabalho. Porém, alguns profissionais dessa área acabam confundindo as coisas e achando que tem o poder em suas mãos. De acordo com o artigo “A banalização de diagnósticos”, na regulamentação da Lei

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