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RESUMO DO TEXTO: OS RISCOS DA INSENSIBILIDADE ( Edith Seligmann – Silva)

Por:   •  18/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.011 Palavras (5 Páginas)  •  1.414 Visualizações

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Disciplina: Psicologia

RESUMO DO TEXTO: OS RISCOS DA INSENSIBILIDADE ( Edith Seligmann – Silva)

As empresas e os profissionais de Recursos Humanos vêm se surpreendendo com uma deformação psicológica causada pelas transformações tecnológicas, o aumento da competitividade e maximização da qualidade. Trata-se da síndrome da insensibilidade, que possui outras designações, e tem modificado identidades sociais.

Perspectiva histórica

De acordo com o autor Martín Baró “a reconstrução do objeto da psicologia requer a recuperação da dimensão macrossocial do ser humano, sem com isso descartar a dimensão microssocial individual, assim como requer a elaboração das medidas históricas entre essas dimensões”.

A síndrome da insensibilidade está vinculada às vivências no trabalhos, sendo que procura-se compreender as perturbações que atingem a saúde psicossocial e a articulação entre fenômenos macrossociais, organizacionais e intersubjetivos. Ela também é um marco histórico de transformações econômicas, trabalhistas e o seu significado para o ser humano.

Conforme Polanyi a economia de mercado integra-se à antropologia social, onde se identifica que as crenças e as ilusões assumiram o poder penetrando as mentes humanas. Ele afirma que as relações humanas se dilaceraram antes que se instaurasse a economia de mercado, visto que o ser humano foi reduzido a força de trabalho, vive de forma estranha e falsa, como se fosse mercadoria.  Tais práticas fazem parte do cotidiano das organizações e se fortalecem com o aumento da competitividade.

As empresas estabelecem metas e fazem pressão sobre os indivíduos para que busquem a perfeição. Desse modo, as emoções e os sentimentos pessoais são vistos de forma negativa, sendo que apenas o entusiasmo pelo trabalho é visto como positivo. Mas atualmente a insegurança quanto à permanência dos empregados no seu posto de trabalho vem se alastrando.

A cultura do contentamento:

Segundo Galbraith essa cultura está impregnada na sociedade, sendo que as empresas valorizam o entusiasmo, a alegria, a agilidade e condenam as expressões de sofrimento dos trabalhadores. Assim, não se pode demonstrar tristeza ou raiva, apenas contentamento. Por este motivo, o mal-estar é escondido e mascarado. Esta é uma ideologia que busca fazer da empresa um mundo ideal onde todos devem estar sempre satisfeitos.

Aqueles que estiverem insatisfeitos são discriminados, já que não fazem parte do mundo de pessoas felizes. As manifestações de tristeza são vistas como problema de saúde mental. E diante disso muitos optam por esconder suas decepções e dores psíquicas ou físicas, os quais devem ser invisíveis. Mas estas circunstâncias levam ao uso de estimulantes, remédios, álcool e drogas.

Síndrome da insensibilidade:

A síndrome da insensibilidade também é chamada de alexitimia e trata-se de dificuldade em distinguir os próprios sentimentos ou ter afetividade. Os indivíduos afetados não conseguem analisar condições psicossociais relativas ao seu local de trabalho e praticamente se desligam das emoções. Porém, isso traz consequências como doenças cardíacas, problemas na circulação sanguínea e até morte súbita. As exigências no trabalho e a falta de controle das atividades desenvolvidas levam os indivíduos a experimentarem doenças coronarianas.

A pesquisadora Marianne Frankenhauser constatou que a falta de controle sobre as tarefas desempenhadas leva os trabalhadores ao embotamento da afetividade. Os processos de produção automatizados criam superestimulação e amortecimento mental, além da deterioração da afetividade. Os indivíduos tornam-se indiferentes e deixam de expressar emoções frente ao sofrimento dos outros. A consequências disso é a inibição de iniciativas e a supressão da criatividade, além do acirramento das competições e a falta de cooperação solidária para resolver problemas.

A depressão essencial:

Algumas pessoas com depressão psicossomática seguem suas rotinas de vida e trabalho normalmente, no entanto, não há sentimento em relação aos demais. Esta depressão precede o surgimento de outras enfermidades físicas, já que estes indivíduos são indiferentes e não possuem sequer sentimento de culpa.

Enfoque psicanalítico:

Joyce McDougall estudou o processo psicanalítico e os problemas psicossomáticos. Ela usa o termo desafetação ou normopatia, partindo da concepção de Freud, e acredita se tratar de uma estrutura defensiva que se opõe à energia vital. Na sua opinião, os afetos foram arrancados de sua função de ligação interrompendo a comunicação interna de uma pessoa consigo mesma.

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