Relações Entre Psicologia & Educação
Por: samyt • 7/4/2021 • Trabalho acadêmico • 676 Palavras (3 Páginas) • 230 Visualizações
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – UNISUL
Curso: Psicologia
Unidade de Aprendizagem: Relações entre Psicologia e Educação
Professora: Gisely Botega
Acadêmica: Sâmara Ravine Correa Tasca
PSICOLOGIA & EDUCAÇÃO
A Educação é um instrumento de transformação. É através dela que garantimos nosso desenvolvimento social, econômico e cultural. Suas diversas áreas de conhecimento contribuem para a capacitação humana e representam um espaço de diferentes mediações. Para Antunes (2008), é constituída por múltiplos determinantes, dentre os quais os fatores de ordem psicológica; portanto, a psicologia tem contribuição para a educação. A psicologia educacional e psicologia escolar são intrinsecamente relacionadas, mas não são idênticas, nem podem reduzir-se uma à outra, guardando cada qual sua autonomia relativa. A primeira é uma área de conhecimento (ou sub-área) e, grosso modo, tem por finalidade produzir saberes sobre o fenômeno psicológico no processo educativo. A outra constitui-se como campo de atuação profissional, realizando intervenções no espaço escolar ou a ele relacionado, tendo como foco o fenômeno psicológico, fundamentada em saberes produzidos, não só, mas principalmente, pela sub-área da psicologia, a psicologia da educação. (ANTUNES, 2008).
Segundo Guzzo (2010), ao psicólogo escolar cabe a função de contribuir, junto com educadores, para a promoção da aprendizagem e do desenvolvimento das crianças, a partir de uma perspectiva mais integral do sujeito do que vem enfatizando a escola. Ou seja, além do desenvolvimento cognitivo, deve-se promover o desenvolvimento emocional, social e motor por meio de intervenção com as crianças, suas famílias e comunidade. No entanto, a atuação deste profissional ainda encontra-se vinculada na realização de práticas individualizantes dentro de espaços educacionais. Desse modo, há uma necessidade de se contextualizar a ação desses profissionais nesses espaços, visto que, em alguns casos ainda há um distanciamento entre o papel atribuído a este profissional no campo teórico e as demandas que estes espaços carecem no cotidiano.
Para tanto, defende-se que a atuação do psicólogo escolar deve privilegiar o acompanhamento das práticas pedagógicas no próprio contexto educativo a favor do desenvolvimento de processos de conscientização nos educadores sociais quanto a características de sua identidade profissional. Tal conscientização, mediada pelo psicólogo escolar, poderá evidenciar, criticar e denunciar concepções deterministas de desenvolvimento humano; práticas domesticadoras e autoritárias de ensino e de aprendizagem; processos de exclusão, marginalização e discriminação camuflados em processos avaliativos ou em procedimentos pedagógicos pouco críticos e autônomos em sua intencionalidade (Caro & Guzzo, 2004; Guzzo, 2005; Marinho-Araujo & Almeida, 2005 apud SOARES, ARAÚJO, 2010). O profissional nesses espaços deve contribuir para a efetivação das ações pedagógicas as quais possibilitam processos de transformações, visando potencializar a escola como instituição formadora.
Uma grande conquista no campo da educação foi a Lei 13.935, que dispõe sobre a prestação de serviços de Psicologia e de Serviço Social nas redes públicas de educação básica. Na prática, isso significa por exemplo, promover novas ações que mostrem a importância e a urgência da inserção desses/as profissionais (assistentes sociais e psicólogos/as) na educação básica, dando destaque para as contribuições no desenvolvimento, na aprendizagem e no enfrentamento às questões e desafios do cotidiano escolar, em uma sociedade marcada profundamente pela desigualdade. (CFESS, 2019). As equipes multiprofissionais atuarão nas mediações das relações sociais e institucionais, fomentando a qualidade do processo ensino-aprendizagem. Cada vez mais se vê necessário a atuação conjunta dessas equipes, garantindo portanto uma visão mais ampla acerca das demandas escolares e formação integral do aluno englobando aspectos sociais, psicológicos, pedagógicos e afetivos.
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