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Resenha A Pele que Habito

Por:   •  10/4/2025  •  Trabalho acadêmico  •  725 Palavras (3 Páginas)  •  4 Visualizações

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"A Pele que Habito" é um filme do renomado cineasta espanhol Pedro Almodóvar que adentra nas complexidades da identidade de gênero, transformação física e psicológica. A trama gira em torno do brilhante cirurgião plástico Robert Ledgard, interpretado por Antonio Banderas, que se envolve em experimentos sombrios e obsessivos com uma paciente, Vera Cruz, interpretada por Elena Anaya. O filme aborda temas como identidade, poder, controle e ética médica, proporcionando a possibilidade de críticas e estudos sobre gênero. Primeiramente, o filme examina a construção social do gênero e como ela é internalizada e expressa pelos personagens. Robert Ledgard representa uma masculinidade tóxica, manipuladora e dominadora, que busca controlar não apenas o corpo de Vera, mas também sua identidade e existência. Vera, por sua vez, é uma figura enigmática que desafia as expectativas de gênero, resistindo ao controle de Robert e lutando por sua autonomia e liberdade.

"A Importância de Discutir Gênero na Psicologia" e "A Emergência do Gênero" são textos que exploram como as questões de gênero permeiam todos os aspectos da sociedade, incluindo a psicologia. Eles abordam como as normas de gênero moldam as experiências e identidades individuais, bem como influenciam as relações de poder e as estruturas sociais.

Além disso, o filme levanta questões éticas e morais relacionadas à manipulação do corpo e da identidade em nome da ciência e do poder. A conduta de Robert como cirurgião representa uma violação profunda da integridade física e psicológica de Vera, destacando os perigos do abuso de poder e da objetificação do corpo feminino. Isso ressoa com as discussões nos textos sobre a medicalização do gênero e a necessidade de uma abordagem mais crítica e sensível às questões de identidade e expressão de gênero na prática clínica e na pesquisa psicológica.

Por fim, "A Pele que Habito" desafia as noções binárias de gênero ao explorar a fluidez e a mutabilidade das identidades de gênero. Vera é submetida a transformações físicas radicais que desafiam categorias tradicionais de masculinidade e feminilidade, questionando a rigidez das normas de gênero e sugerindo a possibilidade de uma expressão de gênero mais livre e autêntica.

Em suma, "A Pele que Habito" é uma obra cinematográfica rica e provocativa que abre espaço para uma reflexão profunda sobre as questões de gênero, poder e identidade. Ao articular o filme com os textos sobre a importância de discutir gênero na psicologia e a emergência do gênero, podemos ampliar nossa compreensão das dinâmicas complexas que moldam as experiências humanas e informam as práticas sociais e psicológicas.

Os textos destacam como o gênero é uma construção social e cultural, moldado por normas e expectativas que variam ao longo do tempo e em diferentes contextos. "A Pele que Habito" ilustra essa construção ao retratar personagens como Robert Ledgard, cuja masculinidade é construída em torno de noções de poder, controle e dominação. A obsessão de Robert em moldar o corpo de Vera para atender a seus desejos reflete a rigidez das normas de gênero e a maneira como elas são internalizadas e expressas pelos indivíduos.

Os textos também abordam a medicalização do gênero e os dilemas éticos associados ao uso da ciência para moldar corpos e identidades. Em "A Pele que Habito", a conduta de Robert como cirurgião plástico representa um exemplo extremo dessa medicalização, onde a busca pelo controle sobre o corpo de Vera ultrapassa os limites éticos e morais. Isso levanta questões sobre consentimento, autonomia e o papel dos profissionais de saúde na promoção do bem-estar e da integridade dos pacientes.

Os textos discutem a emergência de uma compreensão mais fluida e complexa de gênero, que reconhece a diversidade de identidades e expressões de gênero para além das categorias binárias de masculino e feminino. Em "A Pele que Habito", a transformação física de Vera desafia essas categorias, questionando a ideia de que o gênero é fixo e imutável. A resistência de Vera ao controle de Robert e sua busca por autonomia e liberdade destacam a importância de reconhecer e respeitar a diversidade de identidades de gênero e as formas como elas são vivenciadas e expressas pelos indivíduos.

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