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Resenha Crítica - Saúde Mental no Trabalho

Por:   •  18/8/2017  •  Resenha  •  1.147 Palavras (5 Páginas)  •  1.654 Visualizações

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[VASCONCELOS, Amanda de; FARIA, José Henrique de. Os Paradoxos entre a Saúde Mental no Trabalho e as Estratégias Organizacionais de Promoção de Saúde do Trabalhador: Um Estudo de Caso. XXXI Encontro da ANPAD, 2007, p.1-16.]

Amanda de Vasconcelos possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná (1999), especialização em Saúde Mental, Psicopatologia e Psicanálise pela PUC -PR (2002) e Mestrado em Administração pela UFPR (2007) cujo tema da dissertação é 'Saúde Mental no Trabalho'. Tem experiência profissional na área de Psicanálise Clínica e Institucional de Psicanálise e Saúde Mental no Trabalho. Eunice Ribeiro Durham possui graduação em Ciências Sociais, mestrado em Ciência Social (Antropologia Social) e doutorado em Ciência Social. Atualmente é professora titular da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Imigração Italiana, atuando principalmente nos seguintes temas: Ensino superior, universidade, avaliação, política educacional e américa latina.

José Henrique de Faria, Professor Titular do Programa de Mestrado Interdisciplinar em Organizações e Desenvolvimento - FAE/Centro Universitário, Professor Sênior da Universidade Federal do Paraná, Economista (FAE-PR), Mestre em Administração (UFRGS), Doutor em Administração (FEA-USP) e Pós Doutor em Relações do Trabalho (University of Michigan - ILIR).

O trabalho é o local onde a maioria das pessoas passa a maior parte do seu dia, desse modo o ambiente de trabalho irá refletir diretamente sobre a personalidade do indivíduo. Atualmente as empresas tem a ideia que o ambiente organizacional reflete na saúde mental do trabalhador, que por sua vez reflete nos resultados e na reputação da empresa com o mercado. Através disso os autores buscam identificar e analisar, através de um estudo de caso, as contradições existentes acerca das estratégias organizacionais adotadas sobre Saúde Mental no Trabalho, tendo como referência a percepção dos trabalhadores.

José Henrique e Amanda Vasconcelos passam a idéia que para que o ambiente de trabalho ofereça todas as condições necessárias para o desenvolvimento harmônico das atividades entre os setores é necessário que existam metas palpáveis e acima de tudo sinergia entre os colaboradores e que isso só é possível quando são utilizados métodos contemporâneos de integração organizacional. Como por exemplos: a ginástica laboral, o clube de caminhada, os esportes gratuitos, palestras sobre saúde, laudos ergonômicos e etc.

Tratam também das constantes pressões por resultados cada vez melhores que podem ter um efeito extremamente prejudicial tanto para a empresa quanto para o trabalhador e passa dados baseados em estatísticas fazendo uma relação das doenças mentais, seu principal motivo e o gasto estatal pelo INSS relacionado ao pior problema que, no caso é o estresse. Esses transtornos psicológicos só tendem a aumentar em empresas que deixam de lado o aspecto humano do seu colaborador e rechaça a importância que as organizações contem com profissionais de psicologia dentro do seu corpo de funcionários. Esse profissional através dos seus conhecimentos pode agir em diversas áreas que envolvam a saúde mental do colaborador, que vão desde o acompanhamento psicológico individual à palestras motivacionais e atividades voltadas à melhora do clima organizacional. Porém as organizações se sentem mais preocupadas na produtividade, lucro e ideologia e acabam esquecendo o indivíduo e seu “eu” na organização. No artigo desdobram o absenteísmo e a rotatividade como as situações que mais preocupam os gestores e reforçam o tema quando utilizam a expressão “Os programas de saúde estão dentro dessa função de tradução ideológica e mais relacionados à estratégia de lucro da organização do que com uma real preocupação com a saúde física e mental dos integrantes da organização” (2007, p.8) e também na “Finalmente, as constatações deste estudo permitem formular uma tese: a organização preocupa-se com a saúde mental de seu trabalhador a partir do ponto em que a doença afeta a produtividade do trabalho e não por qualquer motivo humano. (2007, p.15)

Além disso importante a forma como desdobram os temas e nos fazem acionar nosso senso crítico principalmente quando reforçam bastante o tema através de entrevistas e dando exemplos através da área de recursos humanos das organizações e passam um posicionamento uniforme e linear sobre o assunto. O ponto onde pensam de uma maneira uniforme é frisado quando esclarecerem sobre a forma em que o trabalho se organizou até os dias atuais em nossa sociedade com o foco nas repercussões psíquicas sob o prisma da análise sociopsicológica sobre o sentido e a jornada de trabalho e seu impacto na saúde física e, em especial, a saúde mental do trabalhador. A área da saúde mental está tentando buscar subsídios que proporcionem melhores condições para a saúde da população, além do que a psicopatologia tradicional. Como proposto no artigo, a discussão está voltada para as pessoas vulneráveis. Os autores argumentam que os transtornos mentais mais graves não são causados pelo trabalho, mas, dependem da “pré-disposição” da estrutura psíquica do sujeito e de condições ambientais, podendo manifestar-se antes da inserção do sujeito no mercado de trabalho.
Entretanto, quando o contexto do trabalho não oferece condições adequadas ao bom desenvolvimento do trabalhador, as psicopatologias pré-existentes em estado “latente” ou menos severas, podem tornar-se crônicas e o trabalho passa a ser encarado como “causador de sofrimento”. E, essa questão torna-se sensível quando pensada sobre o ponto de vista do trabalhador que é cada vez mais exigido em qualificação pelo mercado de trabalho, mesmo quando se trata de funções simples e mecânicas. Deixa claro também que seu artigo não encerra o assunto abordado e abre mais espaço a teorias e outros questionamentos quando diz:

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