Resenha - Nunca lhe prometi um jardim de rosas
Por: AndrieliPlaki • 4/12/2017 • Resenha • 1.000 Palavras (4 Páginas) • 374 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP[pic 1]
Instituto De Ciências Humanas
Curso de Psicologia
ANDRIELI C. PLAKITIKA RA: C0087J-3
RESENHA DO LIVRO: “Nunca lhe prometi um jardim de rosas”
JUNDIAÍ
2017
O livro “Nunca lhe prometi um jardim de rosas” retrata o caso de uma adolescente de 16 anos, que passa pelo processo de internação em hospital psiquiátrico partindo de um diagnóstico de esquizofrenia. Os transtornos esquizofrênicos são caracterizados em geral por distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção e por afeto inadequado ou embotado.
Deborah pode ter desenvolvido a doença por fatores relacionados a relações familiares, um avô autoritário e orgulhoso que não a permitia expressar seus sentimentos; o ambiente escolar e os amigos que a hostilizavam por ser de origem judia, levando-se em conta as mudanças típicas da fase de adolescência. A adolescente teve uma infância um pouco destruturada, a mãe não sendo suficientemente boa para seu desenvolvimento acabou deixando-a ser cuidada por uma babá qual não deu todas as condições e necessidades de um bebê. Quando Deborah começa a ter alucinações, um fato relacionado com tais processos é ver grades em todos os locais e isso pode assimilar por passar maior tempo da infância no berço qual remete insegurança e limitação. Ainda como características de Deborah, ela sentia se fora das relações familiares presentes voltando mais para o seu mundo interior onde estava sempre se impondo da realidade.
A principal razão dos pais buscarem a internação psiquiátrica para Deborah foi devido viver constantemente em dois mundos totalmente extintos. O mundo exterior onde a família estava presente, os colegas de escola, tendo assim que conviver com seus medos e uma realidade dolorosa. Em seu mundo interior fantasiado pela psicose, Deborah cria um espaço onde não existiam emoções, sentimentos e tempo considerando assim o lugar em que consegue se proteger de todas as frustações presentes na realidade. No decorrer do livro a autora deixa explicita o desinvestimento libidinal em si própria e automaticamente nas outras pessoas.
Após Deborah ser internada e ter contato de um terceiro mundo, inicia se o processo terapêutico onde aos poucos começou a criar vínculo e a construção da comunicação devida ter muitos conceitos utilizados por seu próprio vocabulário. Em algum tempo Deborah começa a transitar entre o mundo conflitante e assim identificar algumas experiências do mundo real e os sintomas da esquizofrenia. No decorrer do processo, a adolescência relata algo traumático que quando mais nova havia jogado sua irmã mais nova pela janela, mas logo em seguida consegue entender que era apenas uma imaginação, devido sentir ciúmes e carência por parte da família. A partir dai Deborah, começa a identificar mais questões do seu passado e percebesse o quanto alguns fatos foram marcantes e influenciadores para seu desenvolvimento.
Durante as sessões terapêuticas, a Doutora que acompanhava Deborah fazia com que ela pudesse entender e entrar em contato com o seu mundo externo, assim ao ter esse contato começou a descobrir o que sentia tanto pavor e o que não sentia parte daquele mundo. Assim a adolescente foi se descobrindo perante a realidade, em meio a um processo difícil e doloroso com os sentimentos confusos que compartilhava no seu mundo interno. Ainda no decorrer do processo Deborah, começou a descontruir fantasias o que levava a consciência que estava em um novo surto, pedindo ajuda para que não houvesse a cisão com a realidade. Para os pais da adolescente o processo também era de extrema angústia e receio sobre a sua recuperação.
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