Resenha O Monge e o Executivo

RESENHA

O monge e o executivo

        Sempre que tentamos compreender como é desafiador lidar com pessoas e seus problemas em ambientes que convivemos dia a dia, notamos que somos desafiados a trabalhar nosso interior e refletir sobre qualidades que o ser humano devem desenvolver ao longo de sua vida para conviver em sociedade. Para a psicologia, a resiliência desenvolvida no individuo, nesse momento é colocada em teste e somos levados a controlar nossos estímulos para construir um lugar acolhedor, aconchegante e receptível, pois convivemos em sociedade.

        O livro de James C. Hunter, o monge e o executivo, através de uma história envolvente nos levam a compreender como é possível desenvolver habilidades de influenciar pessoas, através de comportamentos pensando no bem comum.

A história

        A vida de um executivo repleto de reuniões e afazeres é completamente rica em desafios constantes e muita vezes conciliar ideias, pensamento e ações para manter uma vida social e profissional, é quase impossível. Sobrecarregado da vida agitada, eis que Sr. John Daily decide se desafiar em um mosteiro para entender como seria possível organizar sua vida de maneira eficaz, sem sofrer com as cobranças da vida profissional.

        Convencido que sua vida andava quase fracassada por ocasião da falta de tempo em se dedicar a família, Sr. John é persuadido pelo pastor de sua igreja, a pedido de sua esposa, a ausentar-se em um retiro Espiritual no mosteiro da Ordem de São Bento, onde os frades viviam premissas oração, trabalho e silêncio.

        Levado ao mosteiro por sua esposa Rachel, John relutante, lembra do Sr. Len Hoffman, um antigo executivo de renome, respeitado entre os homens de negócio e que possivelmente se retirou desse mundo para viver sob os cuidados desse mosteiro, então convencido que teria a oportunidade de conversar com Len Hoffman, Jonhn se apresenta ao mosteiro.

        Nomeado pelo reitor Lee, Sr. Len Hoffman, agora chamado Simeão o talentoso ex-executivo conhecido pelos homens de negócios que alavancava empresas falidas para se transformarem em entidades com potencial no crescimento fora transformado em outra pessoa.

        Após um encontro inesperado com Simeão, John percebe que o antigo executivo demonstra-se ser uma pessoa transformada e transmitira sua paz interior com muita serenidade. Convicto em extrair conhecimento de Simeão na área dos negócios, Jonhn convida-o a conversarem diariamente durante o tempo que permaneceria no mosteiro, porém com muito compromisso ficaria difícil esse encontro, então já sabendo que haveria uma reunião no salão, ambos combinam antes desse encontro, mas ao longo do dia John descobriria que Simeão palestraria e apresentaria sua ferramenta de comunicação, a Liderança.

        Todos os convidados se apresentam no encontro, John é visivelmente desatencioso e sua dificuldade em escultar é claramente percebida, pois demonstra ter mais preocupação em falar que em dar atenção nas palavras das pessoas.

        Logo, Simeão percebe que era a hora de apresentar alguns conceitos básicos sobre liderança, e escreve ao quadro a diferença entre Poder e Autoridade. Inicialmente deixando o grupo conceituar o que é Liderança. Então foi definido pelo grupo que:

“Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir a objetivos identificados como sendo para o bem comum”.

        Após, conceituarem a Liderança, Simeão se encarregou de explicar dois conceitos comuns atrelados a chefia. O Poder e a Autoridade.

“Poder: E a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua

vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse

não o fazer. 

Autoridade: A habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa

vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal.

        Embora o conceito é claro, todos em sala sentiram na necessidade em aprender um pouco mais, e são levados a refletirem em silêncio como trabalham esses atributos no dia a dia. A reflexão é dolorosa e inquietante, e todos percebem que de fato esses adjetivos são carregados de ações malsucedidas.

        Simeão pede ao grupo que pensassem em alguém que tivera uma influência muito grande em suas vidas e listassem as qualidades que mais gostara nelas, e inconscientemente foram unânime em dizerem que a honestidade, bom exemplo, cuidado, compromisso, bom ouvinte, conquista das pessoas, tratamento com as pessoas com respeito, encorajamento das pessoas, atitude positiva e gosto pelas pessoas foram as frases repentinas, levando-os a perceberem que esses atributos são capazes de fixar uma relação com o liderado e que esses atributos são qualidades indiscutíveis.