Resumo : A palavra Mandala tem origem no sânscrito, língua da Índia antiga, e significa “círculo”
Por: 270219877 • 8/11/2017 • Resenha • 590 Palavras (3 Páginas) • 819 Visualizações
A palavra Mandala tem origem no sânscrito, língua da Índia antiga, e significa “círculo”. Pode ser vista etimologicamente como a composição da expressão manda que significa “essência” e da expressão la que significa “conteúdo” podendo ser entendida como o “círculo ou esfera da consciência” ou ainda como “o que contém a essência”. Refere-se a uma figura geométrica em que o círculo está circunscrito por outro círculo ou quadrado. em algumas tradições religiosas é tida como a “imagem do mundo” ou como a manifestação do Divino no espaço. Com as próprias palavras de Jung: “A palavra sânscrita Mandala significa “círculo” no sentido habitual da palavra. No âmbito dos costumes religiosos e da Psicologia, designa imagens circulares que são desenhadas, pintadas, configuradas plasticamente, ou danças.” (Os arquétipos e o inconsciente coletivo).
Da conceituação da Mandala, pode ser compreendida simbolicamente como círculo mágico e na psicologia de Jung é uma representação da totalidade psíquica e do arquétipo self. O centro da mandala na psicologia junguiana no movimento em que tudo dele irradia pode ser vista como a expressão da totalidade da psique, por sua vez, o movimento para o centro em que tudo converge pode ser vista como a expressão da individuação que é a busca de si mesmo. Sua figura pode ser utilizada para harmonização psíquica e para auxiliar a meditação profunda. Pode ser também uma representação do próprio universo e em seu interior estão abrigadas todas as forças da natureza e a própria criação.
A Mandala tradicional hinduísta faz parte do ritual de orientação e do espaço sagrado central, que são: o altar e o templo. Ela é a passagem de um estado para outro, ou seja, do material ao espiritual. Seu centro é uma entidade; sua periferia é a perfeição. Instrumento visual para a concentração ou meditação que conduz à realização das formas sobrenaturais que se encontram. As mandalas tântricas é uma das mais importantes da Índia, pois mostra as leis que governam o Cosmos, as quais estão submetidos tanto os homens como a natureza em si mesma. Essas figurações concêntricas das mandalas são imagens dos dois aspectos que são complementares e idênticos à realidade: o aspecto da razão original, que é inata nos seres humanos (e que utiliza imagens e idéias do Mundo material, ilusório) e o aspecto do conhecimento terminal produzido pelos exercícios físicos e mentais que são adquiridos pelos Budas (Iluminados) e que se fundem uns com os outros, na intuição do estado da mais alta felicidade possível, chamado Nirvana. Admite-se que esse estado mental é de grande liberdade e espontaneidade interior em que a mente humana goza de tranquilidade suprema, pureza e estabilidade.
Jung descobriu que as mandalas na tradição budista tibetana derivam do conhecimento religioso dos lamas. Essa expressão, lama, significa guru, na tradição hinduísta, mestre. Nesse sentido, os lamas consideram a verdadeira mandala uma imagem interior que, gradualmente, é construída nos momentos de equilíbrio psíquico perturbado ou quando um pensamento não pode ser encontrado e deve ser procurado, porque não está contido na doutrina sagrada. A mandala tradicional hinduísta faz parte do ritual de orientação e do espaço sagrado central - o altar e o templo. É o símbolo espacial da presença divina, no centro do mundo. A pesquisadora Monalisa Dibo, da PUC-SP, afirma que a Mandala tântrica é uma das mais importantes da Índia, pois mostra as leis que governam o Cosmos, às quais estão submetidos tanto os homens quanto a natureza em si mesma. O objeto é pintado ou desenhado como suporte para meditação, assim como riscado no chão para os ritos de iniciação.
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