Resumo - Novas Práticas de Saúde da Psicologia
Por: Nathalia Karen • 3/11/2020 • Resenha • 1.748 Palavras (7 Páginas) • 170 Visualizações
NOVAS PRÁTICAS DE PSICOLOGIA DA SAÚDE
Parte 1 SIGNIFICADO DE FENÔMENO PSICOLÓGICO
Devemos garantir a pluralidade de visões dos fenômenos psicológicos e amplitude das teorias
• É necessária uma descolonização das nossas visões teóricas da psicologia (branco-burguesa-europeia-hetero). Contemplando a visão brasileira e latino- americana
• Precisamos questionar as noções de verdade (ex: visões que fortalecem a cultura de estupro ou democracia racial)
• Estamos em um processo histórico constante de mudança, as concepções de fenômeno mudaram bastante (pensem em como a depressão/ansiedade mudou ao longo do tempo)
• Continuamos tendo um saber-médico predominante
• A noção de saúde não deve ser vista de forma individual e sim coletiva. Saúde é sempre social.
• O sujeito deve ser visto enquanto coletividade. O que produz a enfermidade é a relação do indivíduo com o meio
• É uma responsabilidade da sociedade. Porém existe uma grande culpabilização do sujeito e seu adoecimento
• ‘’A forma que as doenças mentais tomam o sujeito depende de fatores institucionais sociais’’ – Frantz Fanon.
• É necessário se comprometer com o sujeito integrado
• Como a sociedade olha as formas de adoecimento pode causar mais sofrimento que a própria doença
• Medicalização é uma ferramenta social e econômica
Aspectos importantes do texto:
• Indivíduo inserido na sociedade (plena influência da sociedade na constituição do indivíduo e no seu processo de adoecimento).
• Sua constituição faz parte da sociedade, embora seja singular sua existência não está descolada da sociedade.
• O ser humano é datado historicamente (O ser do século XIX não é o mesmo ser de hoje. Temos outro acumulo e organização social). Mudamos porque a sociedade muda.
• Ser humano construído pela história e por outros homens
• A ideia de homem universal não cabe
Precisamos compreender:
• Como essa se tornou nossa história
• Entender as tensões sociais, as resistências
• Entender a arqueologia do saber (a origem das coisas e das verdades. Ex: história da loucura, história da sexualidade) – Como isso mudou ao longo do tempo e porque
• Entender o processo e o que esses sujeitos carregam desses processos
• Entender as imagens por trás dos estereótipos e doenças. Ex: Imaginário social que todo psicótico é violento
• Esses imaginários sociais levam a generalizações e justificativas para todos os sujeitos
• As pessoas ‘’loucas’’ são vistas como ameaças (insurgentes) – Ameaçam a ordem (o normal)
• A atuação no campo é uma práxis (mudança da realidade, reflexão).
Parte 2
Documentário – Saúde pública no Brasil.
• Privado x Público estão em pautas há anos
• Antes – Ricos (médicos particulares) e pobres (Benzedeiras, caridades e parteiras)
• Saúde em um debate constante entre responsabilidade individual ou coletiva
• Quem teria acesso se não tivéssemos o SUS?
• A concepção individual assume um caráter liberal, meritocratico e injusto, pois desconsidera as desigualdades sociais
Diferentes visões do que é saúde:
• Ausência de doença
• Saúde como estado completo de bem- estar biopsicossocial (OMS)
• Saúde Coletiva (Visão de saúde a partir da saúde coletiva (AMPLA) – Pensando na realidade Latino-americana. Saúde como processo social, considerando na sua análise os elementos que concretizam a reprodução da vida social.
Saúde/Reforma Sanitária do SUS
• Responsabilidade do Estado
• Direito de todos
• Precisa atuar e ser mais efetiva
• Promoção de Saúde digna
Saúde Coletiva
• O processo saúde-doença é determinado pelo modo que o homem se apropria da natureza
• Relação do ser humano com a natureza, produção histórica da humanidade nessa relação, relação dos homens entre si.
• Tudo isso implica em pensar uma nova realidade/sociedade
• Dimensões biológicas, sociais, psíquicas e ecológicas, trabalhando e articulando as faces individual e coletiva que correspondem respectivamente à doença vivida pelo paciente e ao processo saúde-doença
• Entender nosso lugar de responsabilidade histórica através das nossas interações. (EX: COVID, produzimos através das nossas interações e obtivemos uma resposta a isso)
Documentário – Herança Social
Uma doença antiga, estudada e negligenciada. O Rio de Janeiro é uma das capitais com mais casos de tuberculose. Mas por que para algumas pessoas a tuberculose é hereditária? Hereditária é a situação social. Os lugares mais pobres dos lugares mais ricos reúnem condições precárias de vida que propagam uma doença que não deveria mais existir. Ontem ou hoje a alvorada lá no morro nem sempre foi uma beleza. O documentário revela que há décadas partilhamos a mesma herança social.
• Quase nada mudou quanto às condições de vida dos moradores de lugares onde os direitos fundamentais do ser humano não chegam, o que só faz crescer os
...