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Síntese Raízes da Psicologia

Por:   •  2/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.590 Palavras (11 Páginas)  •  768 Visualizações

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Síntese Raízes da Psicologia

Introdução.

O estudo da história da Psicologia tem muitas razões para se colocar como imprescindível. É básico principalmente para aqueles que estão iniciando seus estudos. O tema será dividido em duas grandes partes: a primeira é a fase filosófica e a segunda é a fase cientifica.

1-Período Cosmológico: os filósofos e as primeiras raízes da psicologia (Idade Antiga)

Na Grécia se iniciou o estudo da filosofia, e a psicologia até então era parte da mesma. Os primeiros filósofos conhecidos surgiram por volta do século VI a.c, nas colônias gregas, num período chamado Cosmológico, onde a principal preocupação era explicar o cosmo. Eles partiram do pressuposto de que ele era composto por partes ou a mistura de elementos mais simples. E tudo que era complexo constituía o mundo das aparências. Esse período também era denominado de pré-socrático. Alguns dos filósofos desse período são:

Tales (640-548 a.c) de Mileto: Para ele a principal e fundamental substância era a água, elemento encontrado na maior parte do reino mineral, vegetal e animal, pois, ele pensava que se a água nutre todos os seres vivos, é possível que ela tenha lhes dado a origem.

Heráclito (540-475 a.c) de Éfeso: Considerava que o conflito, a luta e a contradição são a própria essência da dialética. Para ele, a variação era inevitável, e os processos eram mutáveis. Não encontrando nenhuma substância duradoura.

Pitágoras (570-496 a.c) de Samos: Acreditava que a essência permanente do mundo encontrava-se nos números e princípios matemáticos. Para os pitagóricos, essa essência prevalecia além do cosmo físico, mas também nas relações humanas e na educação. Levando a uma pedagogia conhecida como “magister dixit” (com autoridade cientifica não se discute).

Anaxágoras (499-428 a.c) de Clazômenas: Sua contribuição para a psicologia moderna está na atenção dada por ele ao processo psicológico, a sua valorização á disposição e ordem dos elementos no todo, são aspectos que fundamentaram a Gestalt.

Demócrito (460-370 a.c) de Abdera: Foi o verdadeiro e último elementista desse período. Para ele, o universo era composto por átomos materiais indivisíveis, que se distinguiam pela forma, ordem, tamanho e posição. Criou, assim, o primeiro e grande sistema materialista, marcado pelo determinismo. Onde a natureza se explicava por si mesma, sem causa primeira como alegava Anaxágoras, e existe desde toda a eternidade. Demócrito foi o filósofo que mais representou esse período. A partir daí, vieram os sofistas, trazendo a fase antropocêntrica, que deu um direcionamento novo ao pensamento grego (humanismo). Quando os problemas humanos passaram a ser investigados, começaram a surgir questões específicas de ordem psicológica.

2- Período Antropocêntrico da antiguidade: os filósofos e as verdadeiras raízes psicológicas

Os sofistas foram os primeiros a se preocuparem com questões de “como conhecemos”. Eram professores ambulantes que percorriam as cidades, ensinando as ciências e as artes aos jovens, com finalidade prática. Foram revolucionários, pois, passaram a ensinar o cidadão a exercer sua função critica. Para eles, não existia a segurança do conhecimento. Protágoras e Górgias são os representantes mais importantes dos sofistas.

Sócrates (436-336 a.c) de Atenas, Grécia: Confundido com os sofistas. Um dos mais conhecidos filósofos gregos. Dedicava-se a à educação dos jovens. Acreditava em um único tipo de conhecimento: o do próprio eu. Onde a maldade é o resultado da ignorância do homem, e a virtude é o saber, tendo a virtude como a própria felicidade. Seu princípio didático tinha como ponto de partida a consciência de sua própria ignorância. Sócrates criticou as tradições, e costumes da época, provocando uma revolução, que também lhe custou a vida.

Platão (427-347 a.c) de Atenas, Grécia: Aluno de Sócrates e também seu interprete. Platão segue a ideia de que o homem seria um ser dualista composto de mente x corpo. Essa ideia é considerada a raíz mestra da psicologia. A mente foi identificada com o belo e o bem, enquanto a matéria representava a parte inferior do homem e do universo. Partindo desse princípio a sociedade ideal seria dividida em três categorias: A dos servos e escravos – que estariam os industriais, comerciantes e agricultores. A dos soldados – homens da emoção, da coragem e do coração. E por fim, intelectuais – O homem da razão, este deveria governar. Para isso deveria ter sabedoria. Porém, essas classes não seriam determinadas por castas, mas sim pela educação.

Aristóteles (384-322 a.c) de Estagira, Macedônia: Discípulo de Platão, é seu opositor. Pois, não acreditava na existência de ideias inatas.  Apenas através da experiência se adquiria conhecimento, para ele a alma humana tem três principais elementos que compõem a dinâmica da alma em uma unidade, são eles: vegetativa, animal e racional.

 3- Período Teocêntrico: Idade Média

Foi marcado pelo cristianismo, onde uma nova ordem foi estabelecida em todo o ocidente, tendo como modelo Jesus Cristo e a Sagrada Escritura que para eles era um modelo de verdade. Assim esse período passou a ser teocêntrico, onde Deus passou a ser o centro da vida. Dividindo-se em dois momentos importantes:

- Patrística (século IV – V)

- Escolástica (a partir do século IX).

 A Patrística surgiu na alta idade média tendo os seguintes representantes: Santo Ambrósio (340-397), Trier-Alemanha; São Jeronimo (347-419), Stribo-Dalmácia; Santo Agostinho (354-430), Tagasta-Argélia. Sendo o principal representante Santo Agostinho, que baseava seu pensamento na psicologia Platônica, onde todo o conhecimento é fruto do iluminismo, o homem só vai encontrar a verdade elevando sua alma a Deus, evitando o pecado.

A Escolástica surgiu na baixa idade média, tendo como representante principal Santo Tomás de Aquino, seu pensamento se baseia a filosofia de Aristóteles, onde para ele a fé não alcança a razão, pois é a fé que auxilia razão, sem ela não é possível entender o sentido do mundo físico.

4 - Fonte ou raiz cientifica: como a ciência colaborou para o desenvolvimento da psicologia

A ciência chegou à idade moderna num estágio primitivo de desenvolvimento. E uma das causas foi a não existência do método cientifico. O renascimento então veio para despertar a importância dele. Ao ser utilizada a observação, a experimentação e a quantificação, o resultado foi a organização do método cientifico.

A época ficou conhecida como cientifica, por desencadear o processo de desenvolvimento de ciências como astronomia, a física e a química. Nesse período concluíram que a sensação não poderia ser medida, mas sim o estimulo que a provoca. Com isto, teriam encontrado a resposta para dualismos como: mente x corpo. O estudo sistema nervoso foi um dos maiores interesses da época, e a parte que mais chamou a atenção dos fisiologistas foi o cérebro. Pesquisando assim, a relação de características da personalidade com o tecido nervoso.

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