Sindrome de boderline
Por: ErikMaciel • 4/5/2015 • Trabalho acadêmico • 889 Palavras (4 Páginas) • 333 Visualizações
Borderline
O Borderline ou transtorno de personalidade Limítrofe é uma grave doença psicológica. Os indivíduos Borderline vivem no limite entre a normalidade e os surtos psicóticos. A dificuldade para se relacionar, oscilações de humor e impulsividade são alguns dos problemas enfrentados pelo indivíduo Borderline e pelas pessoas que o cercam. Esses sintomas começam a se manifestar na adolescência e se tornam concretos na vida adulta. O termo borderline foi usado pela primeira vez em 1938 por Adolf Stern, referindo-se a pacientes que não se beneficiavam da psicanálise clássica, nem se encaixavam nas categorias "neuróticos" ou "psicóticos". Ele os classificou como possuindo um tipo de neurose borderline.
(F60.30) denominado Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável: Um transtorno de personalidade no qual há uma tendência marcante a agir impulsivamente sem consideração das consequências, junto com instabilidade afetiva. A capacidade de planejar pode ser mínima, e acessos de raiva intensa, podem com frequência levar à violência ou à explosões comportamentais, estas são facilmente precipitadas quando atos impulsivos são criticados ou impedidos por outros.
Para o subtipo Borderline (F60.31), além das características citadas acima, acrescenta-se a autoimagem, objetivos e preferências internas (incluindo sexual) do paciente são com frequência pouco claras ou perturbadas. Há em geral sentimentos crônicos de vazio. Uma propensão a se envolver em relacionamentos intensos e instáveis, podendo causar repetidas crises emocionais e pode estar associada com esforços excessivos para evitar abandono, e uma série de ameaças de suicídio ou atos de autolesão.
No DSM IV
Como sempre, a melhor descrição da Personalidade Borderline está no DSM.IV (Manual de Diagnóstico e Estatística das Doenças Mentais, da Associação Norte-Americana de Psiquiatria). Pelo DSM.IV vê-se que a característica essencial do Transtorno da Personalidade Borderline é um padrão comportamental de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na autoimagem e nos afetos. Há uma acentuada impulsividade, a qual começa no início da idade adulta e persiste indefinidamente.
Segundo o DSM-IV para o diagnóstico de TPB, é necessário que o indivíduo preencha cinco ou mais dos critérios apresentados na tabela abaixo (Tabela 1).
Critérios Diagnósticos |
1. Esforços para evitar um abandono real ou imaginário – são pessoas intolerantes à solidão. 2. Padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, em que a pessoa alterna entre extremos de idealização e desvalorização. 3. Perturbação da identidade – instabilidade constante da autoimagem ou do sentimento do “eu”. 4. Impulsividade em duas ou mais áreas, prejudicando significativamente a sua vida (sexo, abuso de substâncias, comer compulsivo, etc.) 5. Comportamentos, gestos ou ameaças de suicídio ou de comportamentos automutilantes. 6. Instabilidade afetiva – oscilação frequente de humor; 7. Sentimentos crônicos de vazio. 8. Raiva intensa ou dificuldade em controlar a raiva. 9. Episódios de ideação paranóides relacionados ao stress e a sintomas dissociativos intensos. |
A maior diferença entre o distúrbio borderline e os outros distúrbios de personalidade consiste na presença de atos autodestrutivos ou tentativas de suicídio. Cerca de 70-75 % dos pacientes apresentam pelo menos uma tentativa de suicídio das quais 9 % são fatais.
Mulheres
Sabemos que 75% dos pacientes são mulheres. Não chega a ser uma grande surpresa se pensarmos que o transtorno está relacionado a uma hiperatividade do sistema límbico, que é o nosso verdadeiro coração, a região do cérebro que regula as emoções. No border, o sistema funciona demais, no extremo das emoções. Como a questão das emoções já é naturalmente mais marcada para as mulheres, é de se esperar que elas sejam a maior parte dos pacientes. Por outro lado, os homens, com cérebros mais racionais, são a maioria dos que sofrem de transtorno de psicopatia — em que o sistema límbico não funciona ou funciona muito pouco, o que os torna incapazes de ter empatia, de se sensibilizar com o sofrimento dos outros.
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