Sintese de conceitos da Psicanálise

FANTASIA

É um processo onde o indivíduo representa, de forma simbólica, os seus desejos inconscientes. É apresentado de forma simbólica devido aos seus processos defensivos e desta forma, esse desejo pode ser parcialmente satisfeito.

A fantasia consciente faz o remanejamento do conteúdo do sonho, e a fantasia inconsciente trata-se da origem da formação do sonho.

ASSOCIAÇÃO LIVRE

Método no qual o paciente é orientado a dizer o que lhe vier à cabeça diante de uma série de palavras, imagem, ou qualquer representação, desde que sejam cuidadosamente escolhidas, de forma espontânea e sem discriminação.

CATARSE

Procedimento no qual o indivíduo evoca e revive acontecimentos traumáticos, de forma a eliminar seus afetos patogênicos dos quais estão ligados à esses eventos traumáticos. É, portanto, capaz de eliminar esses afetos que interferem na vida do indivíduo.

HIPNOSE

É um estado alterado de consciência, provocado pela sugestão do terapeuta ao paciente. Para que se alcance este estado de consciência, o terapeuta aplica um conjunto de técnicas que provoca no cliente (passível de sugestão), uma alteração de consciência, a fim de obter acesso a tudo que a consciência não consegue encontrar.

REPRESSÃO

Também conhecida como “supressão”, é o termo utilizado para definir uma operação psíquica consciente, que tem por objetivo fazer desaparecer da consciência um afeto desagradável.

RESISTÊNCIA

É o conjunto de ações e palavras que o indivíduo manifesta ao ser analisado, a fim de criar obstáculos para dificultar o acesso ao seu inconsciente. É, portanto, uma “oposição” do paciente frente às descobertas de seu conteúdo inconsciente.

CONDENSAÇÃO

Termo utilizado para explicar a fusão de conteúdos inconscientes em uma única imagem para que possa ser observada no conteúdo manifesto, isto é, consciente. É mais observada no sonho e equivale a “um resumo de um grande texto”, ou seja, todos os conteúdos são condensados em uma representação única para serem observados no conteúdo manifesto. Esta fusão é bastante observada nos sonhos.

DESLOCAMENTO

É um processo psíquico inconsciente que transforma conteúdos latentes em detalhes secundários de conteúdo manifesto.

É um fenômeno observado no sonho e acontece quando duas forças psíquicas entram em confronto: uma força que tenta memorizar fatos importantes e outra que é a resistência que se opõe à esta memorização. Este conflito termina e então acontece o deslocamento: a imagem original da memória é substituída por uma segunda imagem de memória, sendo que a primeira esbarrou no processo de resistência e só pode ser acessada por análise.

EGO

É uma instância construída enquanto o indivíduo percebe e internaliza o mundo aO seu redor. Por ser o “defensor” do psiquismo, tem a função de mediar e harmonizar as pulsões do id, bem como as exigências do supergo, entrando em ação com seu mecanismo de defesa.

O ego também pode ser chamado de “eu”, pois ele está formado quando o indivíduo tem consciência de si, de eu, de como ele é.

Embora seja uma instância mediadora, o ego não tem autonomia total, sendo ela apenas relativa, apesar de ser ativo.

Esta instância obedece ao principio da realidade e pode ser visto como a “racionalidade”, pois age como facilitador das demandas do id e o mundo externo.

COMPLEXO DE ÉDIPO

É um conceito que descreve um acontecimento que se desenvolve em crianças entre 03 a 05 anos. Trata-se dos desejos amorosos e sexuais da criança pelo genitor do sexo oposto e pela hostilidade pelo genitor do mesmo sexo.

No menino, o complexo de Édipo se desenvolve pelos desejos incestuosos para com a mãe, tornando-se rival do pai, o qual se torna um obstáculo entre o menino e a mãe. Embora o pai seja seu maior rival, esta relação é ambivalente pois o menino tem como objetivo ser igual ao pai para possuir a sua mãe.

Na menina, o complexo de Édipo se desenvolve pela descoberta da castração e pela inveja do pênis, e tem como característica o desejo de ter um filho do pai.

Este complexo se apresenta durante a fase fálica e seu declínio dá entrada ao período de latência. É destruído pelo complexo de castração no menino e na menina que aceita a castração como um fato por não possuir um pênis.

CONSCIENTE

É o termo utilizado por Freud para nomear dois aspectos: um estado psíquico e a localização de processos que constituem o aparelho psíquico, estando o consciente junto com o pré-consciente e inconsciente. O consciente encontra-se na periferia do aparelho psíquico e recebe informações tanto do mundo exterior quanto do interior, isto é, lembranças e memórias.

INCONSCIENTE

É um sistema construído por conteúdos recalcados, situado além da consciência e do qual ela não tem acesso direto.

Esses conteúdos recalcados só podem vir à consciência na forma de sonhos, chistes, atos falhos, ou até mesmo com o tratamento psicanalítico, no qual uma vez superada as resistências impostas pelo inconsciente, esses conteúdos podem ser acessados.

Esses conteúdos não são as pulsões de fato, mas representações das mesmas, e são regidas pela condensação e deslocamento. Esses conteúdos buscam descarregar-se de seus investimentos (afeto ligado a uma representação mental), retornando à consciência, mas somente depois de terem sido submetidos à censura.

PRÉ – CONSCIENTE

É uma instância, descrita por Freud, que recebe informações do inconsciente para que essas informações possam alcançar o consciente. Essas informações chegam ao pré-consciente de forma a serem simbolizadas pela “censura”, para que não cheguem ao consciente da mesma forma que estão no inconsciente, ou seja, sua função é a de selecionar esses conteúdos a fim de proteger