SÍNDOME DO X FRÁGIL
Por: and_iwish • 14/5/2016 • Trabalho acadêmico • 974 Palavras (4 Páginas) • 204 Visualizações
A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E A APLICAÇÕES DE TESTES
O artigo escrito por Caroline TozziReppold e Léia Gonçalves Gurgel, publicado no livro Psicometria, 1 ed. Porto Alegre, 2015, p. 147-164, servirá de base para a realização de uma resenha crítica acerca da avaliação psicológica e a aplicações de testes, onde ambas as autoras são grandemente conceituadas no assunto. Caroline TozziReppold, formada em psicologia, possui pós-doutorado em Avaliação Psicológica pela Universidade São Francisco, além de coordenar inúmeras atividades ligadas ao assunto. Já Léia Gonçalves Gurgel é Fonoaudióloga formada e atua buscando evidências de validade de instrumentos de avaliação.
OBJETIVO
O artigo possui como foco e objetivo dar suporte aos estudantes e profissionais de psicologia fornecendo informações essenciais a respeito da avaliação psicológica e a aplicação de testes.
RESUMO
A avaliação psicológica caracteriza-se como um processo abrangente, que possui como foco a obtenção de dados detalhados sobre o individuo ou a situação a ser avaliada. É possível descrever comportamentos a partir de diversos procedimentos, onde o teste psicológico é um deles. É essencial que a avaliação psicológica seja objetiva, pois ela é a base da tomada de decisão nas práticas profissionais do psicólogo. De acordo com Pasquali (2001) a avaliação é composta por quatro etapas, onde a primeira refere-se a identificação do problema ou a situação a ser avaliada, a segunda etapa é a integração dos dados coletados. Já a terceira etapa caracteriza-se como a inferência de hipótese, que nada mais é do que a interpretação dos dados obtidos e possivelmente os diagnósticos ou conclusões obtidas após a avaliação. A última etapa refere-se intervenção, que formula programas de intervenção e/ou orientação a partir dos dados coletados e da inferência de hipóteses realizadas. Entretanto, nem todos os casos que chegam para uma avaliação inicial necessitam de fato de uma avaliação psicológica e que em alguns casos em que uma avaliação pode ser realizada através de técnicas psicológicas que prescindem da ajuda de testes. Assim, os testes podem ser úteis na medida em que oferecem através de uma normatização, um parâmetro de comparação do sujeito ou da situação em relação a outros que apresentam características semelhantes, permitindo dessa maneira, a operacionalização e a verificação de diversas teorias psicológicas e a organização da intervenção mais adequada para cada caso. Há a realização de testes psicológicos em toda a área de atuação da psicologia, onde todos os casos devem ter propósitos claros e fundamentados, para que assim, se cumpra com todos os princípios éticos de beneficência que as técnicas devem respeitar.
O teste psicológico pode ser caracterizado como uma ferramenta sistemática, cujo objetivo é facilitar a tomada de decisões profissionais do psicólogo. Seu surgimento se deu por volta do fim do século XIX e início do século XX e é conceituado de acordo com a Lei n° 4.119/62, como um instrumento de mensuração de características psicológicas, considerado como método de uso privativo do psicólogo. Em suma, é um procedimento sistemático, voltado para a observação e o registro de comportamentos e das características psicológicas dos indivíduos, nas suas mais diversas formas de expressão. Atualmente, a temática da avaliação psicológica esteve presente em uma série de documentos norteadores e pesquisas que apontavam preocupações semelhantes voltadas para a qualidade das técnicas avaliativas, a formação básica do psicólogo e a prática profissional. De acordo com Noronha (2002), há falta de preparo por parte dos estudantes nessa área acerca dos instrumentos psicológicos, uma fez que a formação do psicólogo tem como objetivo oferecer um conhecimento mais abrangente possível voltado para a avaliação psicológica. Entretanto, é possível observar que quando a formação acadêmica em sua base é bem estruturada e abrangente, os profissionais saem da graduação bem mais habilitados e informados sobre as áreas em que há necessidade e maior especialização e de busca de conhecimento mais aprofundado.
Para Chiodi e Wechsler (2008) os instrumentos psicológicos devem apresentar manuais claros, para que assim, de fato auxiliem os profissionais na compreensão dos construtos abordados e na avaliação proposta. De acordo com Tavares (2010) é essencial que o teste psicológico também apresente uma fundamentação teórica bem estruturada, relacionada ao constructo em questão e empírica. Entretanto, a avaliação psicológica não se resume apenas à aplicação de instrumentos, mas envolve também, técnicas variadas que serão utilizadas de acordo com a demanda.
A questão central referente ao teste psicológico deve estar focada na organização dos contextos e objetivos dos procedimentos, técnicas ou estratégias utilizadas na área, possibilitando que a avaliação psicológica, como ciência, seja capaz de incluir os inúmeros modos de agir do psicólogo. Embora a avaliação psicológica não se resuma na aplicação de testes psicológicos, é inegável sua importância para tal prática. Independentemente da abordagem utilizada, a avaliação deve, obrigatoriamente primar pelos princípios éticos que guiam a profissão e ser fundamentadas em bases teóricas sólidas.
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