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Teoria Da Aprendizagem

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Por:   •  17/11/2013  •  1.082 Palavras (5 Páginas)  •  663 Visualizações

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1 TEORIA DA APRENDIZAGEM VERBAL SIGNIFICATIVA

A Teoria da Aprendizagem Verbal Significativa é baseada nos estudos do psicólogo Ausubel , que descreve esse método de conhecimento através do aprendizado continuado advindo de experiências anteriores, não se atendo ao aprendizado mecânico, onde o aluno, no caso, aprende por “osmose” o que o professor lhe incute durante as aulas.

Ausubel crê, piamente, no fato do aprendizado ser caracterizado pela complexidade das relações que determinado tema terá com as crenças e conhecimento prévios do aluno. Criando um emaranhado de ideias interligadas, que geram novo conhecimento, contrapondo-se ao excesso de teorias novas que seriam imbuídas ao aluno.

A aprendizagem só será sustentada nos pilares de Ausubel caso seja significativa para o aluno, que não tem a obrigação de conhecê-la [a aprendizagem], mas deve incorporá-la a conceitos já existentes, não podendo ser “armazenados” isoladamente ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva.

Ausubel foi muito feliz em aceitar o aprendizado como método continuado, visto que, desde os primórdios todos os conhecimentos se deram por assimilação e observação. Tanto que, ainda nos dias de hoje os animais “irracionais” bem como nós mesmos, aprendemos e ensinamos através dessa metodologia. Em um mundo como o nosso – o da informação, aceitar as ideias de Ausubel é partir do correto, não analisado cegamente, pode criar um paralelo importante entre homem e máquina (computadores), que justamente trabalham a partir de conhecimento novo, transcrito através de programadores com conhecimento prévio.

2 TEORIA GENÉTICA DA APRENDIZAGEM

Uma das teorias mais importantes, descritas por Piaget , onde o conhecimento é dado através do aprendizado focado em cada etapa da vida.

Entendem-se como etapas da vida os anos adquiridos de uma criança “normal”. Que enxerga o mundo a partir da diversidade e complexidade das tarefas que é submetida. Interação essa que gera conhecimento através de duas ferramentas: assimilação e acomodação.

A primeira é uma técnica pela qual o aluno, no caso, interpreta e dá significado para as coisas que acontecem com ele, de acordo com um esquema correto de ações e correlações aprendidas por ele.

Já o segundo, a acomodação se dá através da mudança desses esquemas, onde o aluno tem de modificar o que aprendeu, não descartando, mas atualizando o que já possui, gerando novos reajustes, em um ciclo vicioso de aprendizado.

Para Piaget cada idade interage diferente diante de um estímulo. Para tanto desenvolveu através dos seus estudos uma definição, batizado como: os estágios do desenvolvimento cognitivo, que pode ser dividido em 4 (quatro) tempos bem definidos:

2.1 Estágio da Inteligência Sensório Motora (0 - 2 anos)

Durante este período, o comportamento é basicamente motor. A criança ainda não representa eventos internamente e não "pensa" conceitualmente, apesar disso o desenvolvimento "cognitivo" é constatado à medida que os esquemas são construídos.

 O comportamento é basicamente motor;

 Inicia com os movimentos reflexos;

 Reação Circular: todos os movimentos do bebê são assimilados aos esquemas anteriores, construindo totalidade cada vez mais ampla;

 Noção de objeto permanente.

2.2 Estágio de Pensamento Pré-Operacional (2 - 7 anos)

Este estágio é caracterizado pelo desenvolvimento da linguagem e outras formas de representação e pelo rápido desenvolvimento conceitual. O raciocínio, neste estágio, é pré-lógico ou semi-lógico.

 Desenvolvimento da linguagem e outras formas de representação

 Função semiótica: evocações simbólicas através da linguagem e imagens mentais;

 Imitação diferida: imitação de um modelo, mesmo estando longe dele;

 Jogo simbólico ou jogo de imitação e imaginação.

2.3 Estágio das Operações Concretas (7 - 11 anos)

Durante esses anos a criança desenvolve a habilidade de aplicar o pensamento lógico a problemas concretos.

 Caracterizado por mudanças significativas, tanto do ponto de vista afetivo como cognitivo;

 A criança desenvolve a habilidade de aplicar o pensamento lógico a problemas concretos;

 Jogo de regras;

 Desenvolvimento da socialização e da autonomia moral e intelectual.

2.4 Estágio das Operações Formais (11 - 15 anos)

Neste estágio, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento, e as crianças tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.

 Estruturas cognitivas do sujeito alcançam seu nível mais elevado do seu desenvolvimento;

 As crianças tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas;

 Capacidade hipotético-dedutiva;

 Programa de vida: disciplina e possibilidade de cooperação.

3 A TEORIA SOCIOCULTURAL DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO

Teoria criada por Vygotsky , em suma contrapõe-se à teoria de Piaget, que era voltada à “equilibração ” como base para o desenvolvimento cognitivo. Vygotsky afirma que o desenvolvimento deve partir do contexto social e cultural no qual ocorre.

Para Vygotsky o pensamento, a linguagem, o comportamento volitivo, a atenção consciente, a memória voluntária, dentre outros pensamentos superiores tem suas origens em processos sociais. Para tanto se faz uso de instrumentos e signos para essa aprendizagem.

Portanto, para Vygotsky, não é através do desenvolvimento cognitivo que a pessoa adquire novos conhecimento e passa a interagir socialmente, mas sim quando da mediação do conhecimento por meio de instrumentos e signos.

Instrumentos podem ser entendidos como ferramentas para execução de determinada tarefa, podendo carregar vários significados, porém todos partirão do pressuposto de que é algo utilizado para se atingir um determinado fim. Já para signos temos três tipos diferentes de descrição:

 Indicadores: relação de causa e efeito, por exemplo, fumaça é sinal de fogo;

 Icônicos: como o próprio nome já diz, são ícones, por exemplo, desenhos e imagens; e/ou

 Simbólicos: abstratamente são imagens que remetem a alguma coisa, por exemplo, uma bandeira.

Para melhor exemplificar, peguemos a matemática, que nada mais é do que um sistema de signos, onde cada número representa um intento, e a soma, subtração ou divisão de um signo por outro gera um novo signo.

Para Vygotsky é justamente a interiorização desses signos que se dá o desenvolvimento cognitivo.

E para que haja a aprendizagem, obrigatoriamente deve-se existir um contato sociocultural com uma pessoa ou ser mais competente na utilização desses signos e sistemas de símbolos. Vemos claramente o distanciamento entre Vygotsky e Piaget nessa afirmação, pois para Piaget é necessário o enfoque do indivíduo como unidade de análise, enquanto que, para o primeiro [Piaget] é obrigatoriamente necessário a interação social.

Vygotsky afirma, em contrapartida a Piaget novamente, que não necessariamente deve-se esperar a formação de determinada característica para o aprendizado, as estruturas mentais, segundo ele, formar-se-ão através do contato com indivíduos mais “socialmente” capacitados.

Faz-se mister apontar a necessidade de respeitar o que Vygotsky batizou como Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que vai do nível de desenvolvimento real até o nível de desenvolvimento potencial. Variando de individuo para individuo; é o que podemos chamar de limiar do aprendizado.

Nesse ponto Ausubel, Piaget e Vygotsky comungam do mesmo ideal, pois todo o aprendizado se constrói a partir do conhecimento já adquirido. O professor é o principal responsável pelo aprendizado, devendo perscrutar todas as teorias relevantes a fim de despertar o interesse no aluno, gerando novo conhecimento.

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