Transtorno Personalidade Narcisista
Por: Oliveira Daniel • 6/6/2018 • Resenha • 928 Palavras (4 Páginas) • 396 Visualizações
Transtorno da Personalidade Narcisista
Transtorno da Personalidade Narcisista
O objetivo do presente trabalho foi pesquisar a respeito do transtorno de personalidade narcisista de modo a analisar o que a literatura Analítico Comportamental nos traz a respeito deste tema aqui abordado, visando principalmente compreender o que essa área do saber tem a nos acrescentar de modo que nossa compreensão enquanto alunos não fique limitada a somente o que alguns teóricos nos trazem.
O nome dado a este transtorno foi atribuído pelo personagem da mitologia grega chamado Narciso, onde o mesmo acabou morrendo afogado ao cair na água por estar admirando tanto a sua própria imagem que estava no reflexo da água. Sigmund Freud atribuiu este termo para comparar e classificar pessoas que são absortas em si mesmos, pessoas que têm uma visão de grandiosidade a respeito delas mesmas, necessidade de admiração, sentimento de possuir direitos que vão os favorecer em diferentes contextos da vida cotidiano, dentre outras características.
Pessoas com este transtorno da personalidade, são muito sensíveis a mágoas por críticas ou derrotas. Muitas vezes não demonstram isso e passam a se sentir humilhados, degradados e vazios. Já em alguns casos a reação pode ser de desdém, raiva ou agressivo. Por vezes essas vivências geram um afastamento nas suas relações de amizade, suas relações cotidianas são quase sempre comprometidas pelos problemas resultantes da presunção, necessidade de admiração e do relativo desrespeito pela falta de sensibilidade alheia. A abordagem Analítica comportamental foi desenvolvida e tomando forma na década de oitenta para novena por Robert Kohlenberg e Mavis Tsai, a proposta era discorrer diante essa visão criada por eles a interação terapêutica como um meio capaz de promover mudanças comportamentais. Normalmente este tipo de psicoterapia vem obtendo validação empírica e está se consolidando com uma psicoterapia eficaz para os casos clínicos considerados difíceis, que geralmente são aqueles que apresentam algum tipo de dificuldade nos relacionamentos interpessoais, como no caso do transtorno da personalidade narcisista essa teoria encaixaria como uma luva levando em consideração todo o repertorio comportamental e consequências deficitárias nas relações interpessoais do sujeito que vive com tal transtorno. Para uma análise comportamental seria fundamental o reconhecimento de relações de contingência. Sem uma indicação destas relações, não seria possível orientar o processo de intervenção comportamental, nem demarcar as condições para a produção de conhecimento sobre este tipo de transtorno. B. F. Skinner (1965) fala da análise funcional como um empreendimento voltado para a identificação de relações sistemáticas entre o comportamento (variável dependente) e alterações no ambiente (variáveis independentes) com o qual o organismo interage. Neste caso, o comportamento Narcisista precisa ser analisado de forma ampla, na qual o seu comportamento seja analisado e de forma profissional identificado o que mantém tal transtorno, desta forma a analise funcional propõe a especificação de uma relação, ou de uma história de interação entre organismo e ambiente, que explica o comportamento atual. A fim de atender à demanda por uma sistematização e chegar a modelos coerentes e replicáveis nas diferentes instâncias de intervenção, a análise funcional busca dois caminhos de desenvolvimento: primeiro, a especificação de métodos analíticos, na forma de regras razoavelmente definidas e em alguma medida assentidas pelo conjunto dos terapeutas a partir de um confronto entre propostas alternativas; e, segundo, a especificação de resultados analíticos. Através da psicologia analítico comportamental, também se utiliza de outros meios para que o resultado interventivo seja mais efetivo, a psicoterapia analítica funcional tornou-se um tipo de intervenção bastante adotado por psicólogos analítico comportamentais, pois permite que o profissional utilize a relação terapeuta-cliente como instrumento de intervenção e como veículo através do qual a mudança possa ocorrer. Este método é um procedimento terapêutico de grande utilidade para intervir sobre uma gama de comportamentos socialmente problemáticos, como: medos, dificuldades em expressar sentimentos, hostilidade, hipersensibilidade a críticas, ansiedade social, comportamentos obsessivos-compulsivos e outros transtornos de personalidade. Deste modo podemos inferir que o transtorno da personalidade narcisista se enquadra no meio desses comportamentos citados anteriormente, de modo que mesmo não sendo citado em primeira instancia e de forma direta, podemos aferi-lo e encaixa-lo pois se enquadra dentro de comportamentos como esses que foram ditos. De modo geral, a literatura analítico comportamental não traz de forma direta este transtorno de personalidade abordado com ênfase em seus estudos. É uma ciência nova que ainda não teve a oportunidade de desenvolver o seu potencial de forma tão ampla, mas através de sintomas e comportamentos que a literatura nos traz, podemos aferir e enquadrar estre transtorno de modo que nos fomenta uma possibilidade a pensarmos a respeito da produção cientifica nesta área, de modo a contribuir com a sociedade cientifica e consequentemente com a sociedade humana no geral. Assim atribuindo até mesmo o que Skinner (1953) nos trouxe a respeito de que a ciência é uma prática cultural que tem como característica acumular o conhecimento, o que permite avanços e capacita os demais cientistas a irem um pouco mais além. É por meio da comunicação em ciência que se compartilham conhecimentos entre os cientistas e com a sociedade, proporcionando sua inserção cultural e o desenvolvimento tecnológico, características estas que sustentam a atividade científica da pesquisa.
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