Tribo Maori - Resenha Crítica
Por: cacaupsg • 1/9/2023 • Resenha • 1.090 Palavras (5 Páginas) • 64 Visualizações
Os Maori são o povo indígena nativo da Polinésia que migraram para as ilhas atuais da Nova Zelândia séculos atrás. Sua demonstração cultural de maior importância é a Haka, uma dança cerimonial que transformou-se em parte da tradição esportiva neozelandesa, sendo realizada antes de partidas esportivas, como as de rúgbi, por exemplo.
Evidências arqueológicas demonstram que os polinésios migraram em massa para a atual Nova Zelândia entre as décadas de 1320 e 1350. A mitologia Maori fala de seres fantásticos que já habitavam as ilhas, o que gerou muitas especulações sobre populações vivendo nas ilhas antes dos polinésios, o próprio termo "Maori" em seu idioma, significa natural, em paralelo ao mundo sobrenatural e espiritual. Tais especulações não puderam ser confirmadas por fim, já que não existem traços arqueológicos que comprovem a existência de povos, anteriormente aos maori, na ilha.
Essa migração foi feita usando grandes canoas oceânicas, chamadas de "Waka", que variam de tamanho, desde pequenas para apenas quatro pescadores até canoas de guerra com quarenta metros e nomes próprios.
Por cerca de 200 anos, o povo viveu pacificamente através da pesca e da caça de uma ave chamada Moa, que se assemelhava aos avestruzes. Entretanto, por volta do ano 1500 a caça tornou-se limitada e as Moas foram extintas devido à caça excessiva e ao crescimento da população humana. Durante esse período, os aspectos únicos da cultura local intensificaram-se, progressivamente se tornando a cultura Maori.
O aumento da população e a diminuição dos recursos naturais disponíveis fez com que os Maori se organizassem em comunidades locais, as "Iwi", com um forte componente guerreiro, disputando recursos e territórios entre si. As comunidades eram centradas em um forte, o "Pā", cuja engenharia foi refinada por séculos.
Os Maori faziam armas cortantes com "Pounamu" termo para os diferentes tipos de rochas presentes nas ilhas. Essas pedras também eram base para símbolos tradicionais e anzóis estilizados usados por pescadores, como proteção contra os perigos do mar. Outras armas dos guerreiros Maori eram as "Patu", porretes de madeira ou de rocha, as "Taiaha", pequenas lanças usadas para combate próximo feitas de madeira e ossos de baleia e que hoje se encontram presentes no brasão do exército neozelandês.
Armas de longo alcance e formas de proteção, como armaduras, eram pouco utilizadas pelos maori, eles preferiam os "Puapua" que consistiam em tecidos e folhas enrolados no braço esquerdo para bloquear golpes inimigos.
Outro elemento cultural muito conhecido são as marcações corporais chamadas de "Tā Moko", parte do ritual de passagem da infância para a vida adulta tanto para meninos quanto para meninas, mas com padrões distintos em diferentes partes do corpo. As Tā Moko eram realizadas talhando a pele com ossos de albatroz e pigmentos de cinzas de árvores.
Nos séculos 17 e 18 ocorrem os primeiros contatos entre os Maori e viajantes europeus, e a maioria desses encontros foram violentos, o primeiro deles foi com o neerlandês Abel Tasman em 1642, quando quatro europeus e um Maori morreram.
O nome Nova Zelândia inclusive é de origem neerlandesa. A partir do final do século 18, os contatos se tornaram mais frequentes e com isso os ânimos acalmaram por um período, embora com exceções, por exemplo, em 1809 os maori mataram cerca de 70 europeus em retaliação ao chicoteamento de um chefe local, e na tradição Maori os inimigos mortos eram devorados pelos guerreiros em um ritual antropofágico.
É no início do século 19 que a colonização europeia pega força e os colonos são chamados de "paqueha" pelos Maori. Resumidamente, as relações entre os Maori e os colonos europeus e seus descendentes pode ser dividido em quatro períodos: até meados do século 19 as relações foram em sua maioria pacíficas, com o intercâmbio de conhecimento entre as duas culturas, tradições orais e poemas Maori foram registrados por escrito.
Várias comunidades Maori conviveram com colonos europeus, compartilhando conhecimento sobre agricultura e os recursos nas ilhas.
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