Um Estudo sobre grupos sob o enfoque do existencialismo moderno
Por: Larissa Martins • 16/5/2018 • Seminário • 1.249 Palavras (5 Páginas) • 313 Visualizações
Um estudo sobre grupos sob o enfoque do existencialismo moderno
Acadêmicas: Cinthia Leite, Julia Mello e Larissa Martins.
Jean-Paul Sartre
Fonte: http://culturaalternativa.com.br/jean-paul-sartre-livros-em-pdf-para-download/
Filósofo e escritor.
Nasceu em Paris em 21 de junho de 1905.
Logo após se mudou para Alsácia (Alemanha), e retorna para Paris em 1920.
Escreveu seu primeiro romance com 7 anos (Pour un papillon – Por um borboleta)
(MORRIS, 2009)
Jean-Paul Sartre
Em 1921-1922, entrou para a Escola Normal Superior e conheceu Simone de Beauvoir no seu último ano.
Prestou serviço militar na Guerra da Argélia, na Guerra do Vietnã e na Guerra Fria.
Durante esse período ele escreveu; envolveu-se em vários casos amorosos; editou revistas e jornais; engajou-se em movimentos e protestos políticos.
Recusou honrarias e prêmios (incluindo o Prêmio Nobel de Literatura); deu entrevistas tanto coletivas quanto para revistas e jornais; fez palestras em todo o mundo; escreveu.
Foi um dos maiores precursores do existencialismo.
Morreu em 15 de abril de 1980.
(MORRIS, 2009)
Existencialismo
“O existencialismo tem como objeto o ser humano singular, mas inserido no campo social. [...] O ser humano é sempre em relação, e suas vivências no mundo serão sempre mediadas pelo outro. De certa forma, somos meio, uns para os outros, para realizarmos nosso projeto existencial.”
(VIEIRA JUNIOR; ARDANS-BONIFACINO; ROSO, 2016, p.124)
Grupo
Uma multiplicidade de indivíduos, não têm necessariamente que se constituir um grupo, pois a necessidade de formação de um grupo provém da escassez do meio, fazendo com que os homens se unam contra o perigo comum, projetando-se numa unificação em direção a um objetivo.
O grupo está em constante movimento de integração.
Passa pela fusão, organização e instituição e vai gradativamente adquirindo uma maior complexidade.
(MAHEIRIE et al.,1986)
Totalização
O grupo será sempre uma totalização não totalizada, será transformação, movimento.
Uma totalização é um ato que modifica os membros e as relação entre estes. Nós nos “constituímos” a nós mesmos e aos outros em coletividades sociais por meio de atos de totalização. A totalização se constitui através de uma organização de coisas, unificando-as no trajeto em direção de um determinado fim.
Exemplo: Melodia.
(MAHEIRIE et al.,1986)
Série
A série será, portanto, uma multiplicidade não-unificada, formada a partir de um objeto-comum. Este é vai substituir as relações humanas diretas por ações individuais solitárias.
Exemplo: Vestibular.
Portanto o que caracteriza a série é esta “multiplicidade de solidões”. É negado qualquer elo entre os projetos individuais, surgindo a solidão como um projeto para tal fim.
(MAHEIRIE et al.,1986)
Grupo-em-fusão
Para formar um grupo é necessário que os indivíduos de agreguem contra o perigo comum. Isto quer dizer que existe no exterior uma escassez, algo enfim, que provoque a necessidade nos indivíduos. É preciso que o conjunto destes indivíduos sintam esta necessidade e lancem um projeto em comum, para poder alcançar, suprir esta necessidade.
Essa coletividade que se agrega contra o perigo comum, chama-se de grupo-em-fusão.
(MAHEIRIE et al.,1986)
Grupo-em-fusão
Portanto, no grupo-em-fusão aparece o terceiro, significando a inexistência de chefes, líderes ou soberanos, senão de forma provisória. Cada um é o terceiro, cada um media as relações e é mediado por elas.
Exemplo: Turma em conflito com o professor
(MAHEIRIE et al.,1986)
Juramento
O juramento resolve dialeticamente a contradição da permanência do grupo, ou sua dissolução, uma vez que o terceiro já não é mais a garantia suficiente do grupo.
É o contrato afirmado com a finalidade de manter o grupo junto
O grupo cria e recria sua própria organização. O grupo aqui se trabalha para poder trabalhar seu projeto, e é enquanto se faz o grupo todo momento
Exemplo: O contrato de sigilo.
Violência e terror
As expressões de terror começam a esboçar-se no grupo, a medida que ele entra na fase de organização. É o temor frente a possibilidade da desorganização do grupo e a semente está no juramento.
O terror é o próprio medo da volta da serialização, sendo a violência um poder, uma atuação sobre o outro, no sentido de garantir a unidade.
Os indivíduos encontram, cada qual, seu próprio terror no outro, idênticos todo. Está aqui e em toda parte.
Exemplo: Tentativa de sair os mais enfermos por temor de invasão
Função
Ela está relacionada a criatividade individual, ela é uma determinação indeterminada.
É realizada para o grupo e a partir do projeto do grupo, onde aparece o indivíduo agindo com todos os outros na totalização da práxis. É necessária para o grupo enquanto
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