Uma Psicologia para a Amazônida
Por: Ana Rebouças • 24/5/2018 • Trabalho acadêmico • 552 Palavras (3 Páginas) • 133 Visualizações
Exercício
1. Aponte o principal objetivo do capitulo elaborado por Ranciaro.
As primeiras iniciativas de defender esse patrimônio etnográfico já demostravam que os conhecimentos produzidos pelas populações tradicionais constituem a especificidade de uma cultura que embora nos tempos atuais se preocupe em salvaguardar pedaços da natureza, ela própria se tornou objeto de discussão nacional e internacional. E mesmo que há muito se estudem esses povos e seus processos socioculturais, ainda hoje, se faz necessário dar visibilidade a esses homens e mulheres e tornar claro o corpus e a práxis que determinam a sua formação e os processos culturais que permeiam essa constituição. Percebe-se assim que o processo de ocupação humana nas áreas geográficas denominadas de “povoados rurais amazônicos” assume uma dimensão naturalmente diferenciada. São áreas de um cenário onde paisagens e vidas são historicamente estruturadas de acordo com as condições e circunstâncias das relações estabelecidas entre o homem e a natureza. Espaços ditos tradicionais, e população ditas tradicionais, resguardam, por isso mesmo, seus traços peculiares, tecidos por uma “teia de significados” que confere a esses povos o seu caráter de particularidades simbólicas emaranhadas nessa mesma teia de significações.
2. Qual o principal posicionamento da autora quanto a concepção da Amazônia como vazio demográfico?
Para superar os níveis de complexidade que envolvem a região amazônica, seja do ponto de vista geográfica ou de ordem socioeconômica, política e cultural, o estar lá alude superar distancias e assumir um posicionamento crítico que se proponha dar voz àqueles sujeitos anônimos, silenciados. À guisa de minuciosos estudos sobre a importância dada às populações tradicionais, garantir também que seja preservada a diversidade cultural que mescla a vida dos ribeirinhos e agricultores de modo geral, é uma das contribuições que este estudo sugere. A preocupação se volta para a ameaça resultante do modo como vários ciclos econômicos capturam e, desgovernadamente, continuam a capturar a Amazônia. Tais mudanças ocorridas no contexto da vivência cotidiana certamente alteraram as relações de habitabilidade do homem interiorano. A história de vida desses indivíduos deve ser aquilatada em face da capacidade com que os antropólogos são capazes de levar a sério seus relatos.
3. Quais os impactos macroeconômicos apontada pela autora no contexto amazônico?
Em termos macroeconômicos tais efeitos foram percebidos a partir dos impactos de tensão, decorrentes dos processos desencadeados na região amazônica. Ou seja: do ecossistema abalado pelas queimadas e pela intensa devastação da floresta, provocada pela concorrência desleal nas empresas local ou estrangeiras, processadora e exportadora de madeira, atingindo-se, entre outras coisas, a organização da produção agrícola; da pesca predatória que além de comprometer a biodiversidade, ameaça profundamente a vida dos que praticam a pescaria como atividade de subsistência. E, mais ainda, da repercussão que isso possa representar como impacto planetário gestado em meio às catástrofes ambientais, provavelmente provocadas por essas práticas inescrupulosas.
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