VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: AS (IN) VISÍVEIS SEQUELAS, NO ENFOQUE DA GESTALT-TERAPIA

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: AS (IN) VISÍVEIS SEQUELAS, NO ENFOQUE DA GESTALT-TERAPIA

As autoras Wanderléa Ferreira e Adelma Pimentel, abordam em seu referido artigo cujo título é Violência psicológica: as (In) Visíveis Sequelas, no Enfoque da Gestalt-Terapia, a respeito da violência de gênero e consequências Psicológicas causadas na mulher a partir de um estudo de caso de um casal que evidencia que o cônjuge provocou o sofrimento Psicológico e a desestruturação da família. A intervenção será realizada através abordagem Gestáltica, cuja ação terapêutica evidencia o conflito trazido pelo cliente e busca em um curto espaço de tempo através de o acesso à consciência do sujeito auxiliar a compreensão e promover ajustes saudáveis para a vida pessoa.

As autoras ressaltam que a violência contra a mulher não é um assunto novo, porem ainda nos dias atuais é causada diariamente não somente de forma física, como também de forma Psicológica. Atualmente há diversos estudos para compreensão das causas violência de gênero.  A Organização Mundial da Saúde baseado em seus relatórios classificou alguns tipos de violência de gênero como: Violências auto infligidas está relacionada a comportamento suicida e autodestrutivo, violências Interpessoais está relacionada ao ambiente familiar e social, violências coletivas que estão relacionadas a comportamentos agressivos no ambiente social, político e econômico, como também a violência expressa, classificada por maus tratos e agressões físicas, violência psicológica com o intuito de humilhar com ofensas verbais ou gestuais e violência sexual relacionada a aliciamento e ou violência física. As autoras enfatizam que não há causa especifica, porém uma inter-relação de fatores que contribuem com a manifestação da violência.

Apesar de diversas ações como movimentos feministas, auxílios do Governo Federal, criação de delegacias e leis como a Lei 11.340/2006, ou Lei Maria da Penha, com a finalidade de proteger e auxiliar as mulheres ainda constata-se que há muita violência de forma explícita e velada, de modo que inúmeras vezes não são registradas queixas contra o agressor. De acordo com as autoras é fundamental a resignificação das atitudes e formas de se relacionar com o outro com o diferente e aprender a praticar o respeito e a empatia com o outro.

Criando dessa forma estratégias para que possam ser trabalhados os relacionamentos, através de apoios psicológicos, educacionais, sociais entre outros serviços e auxílios. Sendo assim as autoras ressaltam a escolha da abordagem Gestalt-Terapia devido a sua visão de homem e a oportunidade do sujeito resignificar seu comportamento e atitudes, dessa forma buscando um equilíbrio para sua existência e qualidade de vida própria e das pessoas de seu convívio, contando com o auxilio da terapia e as práticas do terapeuta que o auxiliará no processo de resignificação.