A História do Serviço Social
Por: Seso1000 Convites • 1/7/2017 • Resenha • 602 Palavras (3 Páginas) • 180 Visualizações
A História do Serviço Social
A emergência e institucionalização do Serviço Social como especialização do trabalho ocorre nos anos 1920 e 1930, com as damas de caridade sob influência da igreja católica. A formação dos primeiros profissionais de serviço social aconteceu com a criação do Centro de Estudos e Ação Social (CEAS) em 1932 – Entidade fundadora e mantenedora da primeira escola de Serviço Social do país. Com o intuito de divulgar a doutrina e ação social da Igreja Católica. O CEAS desenvolvia cursos sobre filosofia, moral, legislação do trabalho, encíclicas papais, etc.
A “questão social”, neste momento, era vista a partir do pensamento social da Igreja: a questão moral, conjunto de problemas individuais dos sujeitos. Tratava-se de um foco conservador, individualista e moralizador da questão social. Foi, nessa relação com a Igreja Católica, que o Serviço Social brasileiro fundamentou a formulação de seus primeiros objetivos político-sociais, fundamentações de visão humanista conservadoras ao contrário dos ideários liberais e marxistas.
Nos anos 1940 e 1950, o Serviço Social brasileiro recebe influência norte-americana e suas matrizes positivistas. Onde avançam para um desenvolvimento técnico com caráter conservador da teoria social positivista. Uma supervalorização da técnica, com base na defesa da neutralidade científica. Esta reorientação acontece para atender às novas configurações do desenvolvimento capitalista. A profissão passa a ser reconhecida em 1949.
As exigências da reprodução social da vida de crescentes parcelas de trabalhadores empobrecidos explicitam-se em demandas por bens e serviços, pressionam o governo de Getúlio Vargas na época (Estado) por uma ação assistencial. Assim, criam-se instituições assistenciais estatais para intervenção do Estado no processo de reprodução das relações sociais. Podemos dizer que o primeiro suporte teórico-metodológico do serviço social foi a matriz positivista. A partir disso, gradativamente, o Estado impulsiona a profissionalização do assistente social e ampliando seu campo de trabalho em função das novas formas de enfrentamento da questão social, mercado esse que antes era proporcionado apenas pela igreja católica.
A questão social, então, foi transformada em problema de administração pública, sendo o Estado responsável pela criação e desenvolvimento de políticas e agências para a regulação da questão social nos mais diversos setores da vida nacional.
A institucionalização do Serviço Social como profissão se explica no contexto contraditório de um conjunto de processos sociais em choque com as relações entre as classes sociais na consolidação do sistema capitalista.
Nos anos 1960 e 1970, há um movimento de renovação na profissão, uma reatualização do tradicionalismo profissional e uma busca de ruptura com o conservadorismo. O Serviço Social se rompe com a igreja e passa a incorporar nos seus segmentos os setores subalternizados da sociedade. Estabelece interlocução com as Ciências Sociais e se aproxima dos movimentos “de esquerda”, tendo acesso ao marxismo. Onde a inserção na pós-graduação foi imprescindível.
Com a abertura democrática dos anos 1980, inaugura-se o debate da ética no Serviço Social, buscando-se romper com a ética da neutralidade e com o tradicionalismo
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